Haverá oposições construtivas?... Não obstante oposições caminhem em mesma boa direção?...



A Rosa, Bela Rosa

(E no jardim havia uma Rosa, que se foi; um Cravo, e seu amigo...)

*

Enquanto alguns lutam por se destruir e tornar a vida infeliz, sem unirem forças para vencer os obstáculos à felicidade de todos, um diálogo corre em um ponto da existência...

*

Amoreu: - Ótimo dia!!! Vamos ver a Rosa?! (com alegria)

Depreu: - Rosa, coitada da Rosa, tem tantos espinhos! (triste, depressivo)

Amoreu: - Rosa nem liga, Rosa na cabeça tem uma flor, tem perfume, olor tão suave que nos faz sentir... tão bem...!

Depreu: - E seus espinhos, coitadinha, deve fazê-la sofrer tanto...

Amoreu: - Espinhos?... Fazê-la sofrer?!... Que nada, seus espinhos a protegem, a fortalecem... Rosa, é uma FORte! Creia nisso, ela... é FORte!

Depreu: (alegrando-se) - Vitória da Rosa! Vitória da Rosa, Amoreu! Pétalas macias, cor, beleza, viço...

Amoreu: - Bem isso, amigo, BEM ISSO! Assim que se pensa, belas imagens, postiva mente, otimismo, esperança... Vamos em frente! A vida é bela!!

Depreu: - É, bastante bela, Amoreu, tanta esperança... (já triste novamente) Ou desesperança?!...

Amoreu: - Não se entristeça, Depreu... Terá ela vivido plena e bela! Perfumando, embelezando, um amorzinho de existir! Não acha que ela merece bons pensamentos de nossa parte?! Vamos alegrá-la onde estiver na sua essência!

Depreu: - Essência?... Juventude perfumada é tão bom, tão passageira... Existência... Como entendê-la?...

Amoreu: - Não a entenda, a sinta! Sinta a sua beleza, o seu perfume, o Sol sobre ela!!

Depreu: - As pétalas um dia se verão caindo... Murchará a Rosa, que pena..., que pena...

Amoreu: - Não lamente. Diga: Adeus, Rosa, vá com Deus, feliz, bela sempre, nas lembranças... Rosa, onde estiver seja feliz, esteja feliz!

Depreu: - Onde estiver seja feliz?!... Onde?! Só a vejo nas lembranças..., nas saudades... Ela ontem era, e se foi... Ontem conversávamos, hoje é um silêncio..., uma tristeza tão grande... Quanta depressão... Que vazio, que perda! Que solidão, Rosa, Deus... Deus... Por que separas existências que se cativam, que se amam, que se gostam!? Gostam de viver... a vida... tão juntos... tão juntinhos, quentinhos, felizes... Agora o frio tétrico da morte os desuniu... (já em lágrimas, desconsolamento, sem quase forças a continuar a viver...) Não mais sinto vontade a viver, Amoreu, quero também morrer, deixar de existir, que Deus também leve minha alma, que a leve!...

Amoreu: - Não fique assim triste, amigo, porque a solidão não existe!... Ninguém perde alguém que se ama e seja amado também... Rosa, sempre aquela Rosa de sempre festeira e bela estará ela bonita e bela no lugar onde estiver neste momento com seu perfume separada de ti por breves momentos e esperando encontrar-te, em futuro que Deus sabe, para se reverem e reviverem o passado, e lá planejando, é certo, novas aventuras e conquistas em bom porvir! Essências como a Rosa, tão bela e viçosa, inesquecível... vivem imortais, na eternidade..., esperando os seus amores...
Autor: sergio carneiro de andrade


Artigos Relacionados


Uma Rosa E Um Jardineiro 2

Amar (poesia)

PoconÉ Cidade Rosa, Um Grande Equivoco

Rosa Flor, Rosa Mulher

Um Jardineiro E Uma Rosa

"uma Rosa"

Uma Rosa E Um Jardineiro