ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS NA CAFEICULTURA DA REGIÃO SERRANA: PROPOSIÇÕES PARA SOLUÇÃO DE ARMAZENAGEM



O objetivo deste artigo é realizar uma pesquisa sobre o processo de utilização da administração de materiais na cafeicultura na região serrana do Espírito Santo. Dessa forma, a partir de uma pesquisa bibliográfica, inicia-se o discurso sobre o tema em questão, sendo abordado os seguintes itens: a cafeicultura no Brasil; alguns problemas encontrados no processo de armazenagem de café no Brasil e na região serrana do Espírito Santo; e proposições para solução de problemas de gestão de materiais. Todos os esforços de pesquisa, visam agregar valor no debate ao tema em questão, com intuito de promover melhoria da administração de materiais e, conseqüentemente, promover a elevação da informação aos gestores rurais, devido as grandes mudanças que ocorrem nos últimos anos na gestão das empresas rurais . Palavras-chave: Administração de Materiais. Armazenagem.

1 INTRODUÇÃO

A riqueza de um país é mensurada por seu produto nacional bruto – o resultado dos bens e serviços produzidos pelo país durante determinado periodo de tempo. Bens são objetos físicos, algo que se pode tocar, sentir e ver. Serviços constituem o desempenho de algumas funções úteis.

Para se obter o máximo valor de recursos, devem-se projetar processos de produção para tornar os produtos eficientes ao máximo. Uma vez definido o processo é necessário administrar sua operação para produzir bens de maneira mais econômica. Administrar as operações significa planejar e controlar os recursos utilizados no processo: trabalho, capital e material. (ARNOLD, 1999).

Nesse sentido, esse artigo tem por objetivo realizar uma pesquisa do processo de administração de materiais na cafeicultura na região serrana do Espírito Santo. Inicialmente é realizada uma reflexão sobre o que é administração de materiais. Em seguida, identifica-se o processo histórico de produção e da administração da armazenagem de cafés no Brasil, informando que a necessidade de uma boa estrutura para armazenagem é fundamental para o sucesso da cafeicultura e gestão da empresa rural. Ademais, as últimas indagações a respeito do tema, perfazem a idéia, que uma boa administração de materiais na parte de armazenagem de café deve contribuir no processo de produção e rentabilidade da atividade cafeeira na região serrana do Espírito Santo; para isso é necessário que à propriedade esteja preparada, dispondo do auxílio das tecnologias, proporcionando as empresas rurais melhores níveis de armazenagem, rentabilidade e sustentabilidade do ciclo de produção e de cafés.

Mas qual é a fonte da riqueza? Ela é mensurada pela quantidade de bens e serviços produzidos, mas de onde provém? Embora um país possa ter recursos naturais abundantes em sua economia, como reservas naturais, terras de fazendas e florestas; estas são apenas fontes de recursos potenciais. A função de produção é necessária para transformar tais recursos em produtos úteis. Este processo ocorre em todos os tipos de transformação – extração de madeira, pesca e a utilização desses recursos para se fabricarem produtos úteis (ARNOLD, 1999 p 4).

Dessa forma, a partir de uma pesquisa bibliográfica, com contribuições de vários autores, surge o seguinte problema de pesquisa:

·Como utilizar os princípios e conceitos da administração de materiais no processo de armazenagem de cafés na região serrana do Espírito Santo?

Armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logíticas. Seus custos podem absorver de 10 a 40 por cento das despesas lógisticas de uma empresa. Ao contrário de um sistema de transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, a armazenagem e o manuzeio de materiais, acontecem, na grande maioria das vezes, em algumas localidades fixadas , pois seus custos envolvem elevada porcentagem dos custos totais logísticos da empresas, a preparação adequada do planejamento logístico proprõe melhores níveis de rentabilidade e sustentabilidade ao processo como um todo (POZO, 2002).

2 A CAFEICULTURA NO BRASIL

O café foi introduzido no Brasil em 1727, no estado do Pará, com sementes e mudas oriundas da Guiana Francesa. A história conta que o então Governador do Maranhão e Grão Pará, João da Maia Gama, ouvira falar do grande valor comercial do café, decidindo enviar o sargento-mor Francisco Mello Palheta para uma viagem àquele país vizinho, com duas missões: uma oficial e outra secreta, para resolver problemas de delimitação de fronteiras e trazer o café para nosso país (MATIELLO, 2005).

Na capital da Guiana, em Caiena, o Governador possuia um pequeno pomar de café em sua residência, cujas sementes foram presenteadas a ele por um francês, que as tinha obitido de plantações no Suriname pelos holandeses. Palheta cumprio bem sua missão, contando-se que para isso teve de usar seu charme para com a esposa do Governador da Guiana, que, assim, lhe presenteou com algumas sementes e cinco mudas de café, trazidas em seu retornoe cultivadas em Belem do Pará (MATIELLO, 2005).

Em seguida o café foi plantado no Maranhão e dai se expandiu, em pequenas plantações, para os estados vizinhos, tendo atingido a Bahia em 1770. em 1774 o café foi trazido do Maranhão para o Rio de Janeiro, estado onde os cafezais se ampliaram. Do Rio de Janeiro as plantações de café se expandiram pelos contra-fortes da Serra do Mar, atingindo em 1825 o Vale do Paraíba, tendo alcançado daí os estados de São Paulo e Minas Gerais (MATIELLO, 2005).

No Centro Sul do país, o café chegou ao Oeste paulista, em 1840, quando Campinas plantou suas Primieiras Lavouras, alcançando o Noroeste paulista e o Norte da Paraná entre 1928 -1930. No Rio de Janeiro e o Espírito Santo a partir de 1920. Assim estava implantado no Brasil o ciclo do café, após os cilcos do ouro e da cana, explorando terras virgens e usando primeiramente mão-de-obra escrava, depois a dos colonos imigrantes. Em 1845 o Brasil já era considerado o principal produtor, colhendo 45% da produção mundial da época (MATIELLO, 2005). Um breve olhar sobre a cafeicultura do passado e cafeicultura no período atual, denota que, ainda existem grandes lacunas que demandam tecnologia e vasto conhecimento da aplicação da administração como um todo no processo quanto empresa rural.

O Espírito Santo tem hoje um total de 56.169 propriedades rurais produtoras de café, sendo 33.456 de Conilon e 22.713 de arábica. É importante salientar que o Espírito Santo tem o café como maior empregador de mão-de-obra. No arábica 15.911 (68%) proprietários moram nas propriedades rurais; é uma atividade que mantémas pessoas dentro das propriedades. 7.428 (32%), proprietários não moram na propriedade. Do total de famílias na área do arábica, 23.339 (44%) são proprietários, 26.813 famílias (51%) são parceiros, e famílias de empregados rurais são 5%, com 2.715 famílias perfazendo um total de 52.687 famílias (TEIXEIRA, 1998 p,43).

O segmento do café no contexto nacional requer maior eficiência, profissionalismo; adequada administração e comercialização adequada dos cafeicultores. Ações em grupo, melhoria da imagem do produtor brasileiro e das regiões. O cafeicultor de sucesso precisa ser um bom observador, um grande comerciante e ter a prudência de um administrador para planejar e exercer controle de sua atividade. Entretanto a cafeicultura só é uma atividade lucrativa se for administrada com competência. O mercado de café é bastante exigente e não dá margem para o amadorismo; isto vale para todos os tipos café, seja especiais, orgânico, arábica ou conilons (ZAMBOLIM, 2001).

Na área do café conilon podemos observar que temos 25.510 proprietários (70%) moram nas propriedades e 11.097 (30%) não moram na propriedade, um percentual muito próximo ao da área de café arábica. Na soma das famílias de proprietários rurais verificamos um empate: 47% são proprietários (36.607), 47% são parceiros (36.821), e 6% de famílias de empregados rurais (4.606), perfazendo um total de 78.031 famílias, o que representa para nós o universo da mão-de-obra empregada na cafeicultura do Espírito Santo (TEIXEIRA, 1998 p, 44).

No Brasil e em muitos outros países, a administração da propriedade rural, deve ser encarada como ponto de estrema importância para o sucesso da atividade cafeeira. A administração de uma fazenda deve buscar o uso racional e integrado dos diversos fatores de produção, para tornar o processo produtivo eficiente e econômico, ou seja, representa o uso correto ou a gestão aplicada dos recuros materiais, financeiros e humanos. É perceptivel como a introdução da alta administração e o planejamento moderno tem sido introduzido no cotidiano da cafeiculta nacional (MATIELLO, 2005).

Nos pontos acima foram abordados os fatores que mostram a importância da cafeicultura como fonte geradora de renda, nos próximos pontos estaremos observando como a utilização da administração de materiais pode trazer benefícios consideráveis no processo de armazenagem do café e auxiliando no planejamento da propriedade como um todo. Levando em consideração que o processo de armazenagem pode comprometer de forma significante o sucesso da empresa rural se for empregada de forma inadequada.

3 Alguns problemas encontrados no processo de armazenagem do CAFÉ

A manutenção da qualidade do café resultante do processamento e da secagem, dependerá das condições de armazenagem, o qual passa a ser uma etapa significativa sob o aspecto de comercialização, tendo em vista que grande parte do café produzido é comercializado em um tempo relativamente curto, causando problemas com transporte e desvalorização do produto. Para que o café passe a ser ofertado durante um longo período, mantendo-se a elevada qualidade inicial, é conveniente se conhecer as alterações que ocorrem durante o armazenamento sob diferentes condições ambientais e, assim, determinar o controle necessário para sua adequada preservação (CORADI, 2006).

A localização dos armazéns, principalmentes aqueles que são destinados à armazenagem por períodos maiores, deve ser em regiõesde clima mais frio e seco. As temperaturase umidades mais altas, provocam a morte mais rápida dos tecidos dos grãos, levando-os ao aumento de volume e perda de peso, além da decaracterização de sua cor e aspéctos (passando de verde a esbranquiçada). Além disso essas condições favorecem ao ataque de pragas (carunchos e traças), assim uma unidade de armazenamento que não teve um planejamento consistente e adequado expôe ainda mais os lotes de cafés a consideráveis perdas quanto a qualidade que interferem diretamente no preço final (MATIELLO, 2005 p,407).

3.1 Alguns problemas encontrados no processo de armazenagem do café na região serrana do Espírito Santo

No Espírito Santo o café é a principal fonte de renda agrícola, com 86.200 propriedades rurais existentes no Estado; o café é cultivado em 56.162 delas, o que correspondea 68% do total. O café não só constitui como gerador mas também como distribuidor de renda, com grande capacidade de absorção direta e indireta de mão-de-obra, estima-se que atualmente o setor de produção abosrve diretamente 330 mil pessoas. A cafeicultura é o grande foco da fonte de economia das propriedades rurais do Estado. Cabe ressaltar que a Região Serrana do Espírito Santo, se destaca como segundo maior produtor de cafés da espécie coffea arábica em nosso Estado (DAHER, 1998).

O contraste da cafeicultura empresarial e a cafeicultura familiar nos mostra diferenças quanto ao contexto da estrutura das propriedades. Por um lado os grandes produtores, que possuem todos os veículos para execusão do trabalho de beneficiamento - fator transformação da produção. Por outro lado a falta de estrutura nas pequenas propriedades faz com que os cafeicultores tenham sua margem de lucro reduzida de forma significativa, o empobrecimento dos solos, a baixa produtividade por área, a descapitalização financeira e principalmente a falta de estruta para armazenar os lotes produzidos anualmente, faz com que os produtores não tenham capacidade de formular um planejamento consistente da saída de seu produto produzido, assim os cafeeicultores ficam a mercê dos grande compradores instalados nas comunidades locais onde existe produção cafeeira. Olhando por este horizonte é possível dizer que a atividade perde grande poder de negociação quanto ao ponto comercial, pois a partir do momento em que os cafeicultores entregam seus lotes produzidos para os comerciantes, é praticamente impossível a retirada do mesmo lote para ofertar em outra praça de mercado. Muitas vezes ocorre a grande desvalorização do produto, mediante aos custos adicionais aplicados pelos comerciantes para que os lotes fiquem armazenados em uma estrutura particular.

Como o grande ponto chave, o nível de estrutura nas empresas ruraisainda é precária e osvários métodos de controles administrativos precisam ser aplicados com certa urgência a fim de que a atividade tenha competitividade mercadológica, objetivando com um futuro globalizado onde não resta espaço para o amadorismo.

3.2 Relação entre colheita pós-colheita e armazenagem final do produto

A colheita constitui a operação mais importante, sob o ponto de vista econômico-social, na lavoura cafeeira. Ela tem grande participação no custo de produção do café, utiliza maior contigente de mão-de-obra e influi na qualidade final do produto. Essa importância fica evidente diante dos seguintes elementos: a operação de colheita manual envolve a utilização de cerca de 50 por cento de toda a mão-de-obra empregada anualmente na lavoura e representa 25 à 35 por cento do custo direto de produção do café. A utilização da colheita mecânica favorece a redução do custo da operação, em cerca de 40 por cento. A mecanização da colheita é realizada em terrenos de topografia plana, não sendo praticadas nas regiões motanhosas como: região serrana do Espírito Santo, Zona da Mata de Minas e outras regiões. A colheita é base para obtenção de uma boa matéria-prima, indispensável à preparação de cafés de qualidade (MATIELLO, 2005).

O período de pós-colheita ou processamento dos frutos de café, pode ser feito de dois modos: via-seca, resultando nos cafés de terreiros ou naturais, ou por via úmida, dando os cafés despolpados ou os cafés cerejas descascados. De modo que todos os pontos tem indispesável ponto de ligação; devido que estes fatores interferem diretamente na qualidade final do produto se forem mal conduzidos. Sendo assim, é realizada uma sequência operacional que liga a colheita até a armazenagem do café.

O armazenamento pode ser efetuado de formas principais: como café em coco ou pergaminho, ou logo após a secagem e antes do beneficiamento, sendo depositado em granel nas tulhas ou como café beneficiado, usualmente acondicionados em sacos de juta de 60,5 kg, empilhados em armazéns. Este processo serve para conservar adequadamente o café, regulando a oferta ao mercado, para venda de acordo com a conveniência do produtor (MATIELLO, 2005 p, 406).

Na região serrana do Espírito Santo; nem todas as propriedades possuem estrutura para tal finalidade. Geralmente o processo de colheita e pós-colheita é bem realizado, seguindo os parametros técnicos recomendados, mas quanto a armazenagem final do produto as pequenas propriedades são desprovidas de instalações adequadas para atenderem a quantidade de café colhido, e consequentemente manter a qualidade do produto durante o ano. Desta forma os produtores muitas vezes são obrigados a vender seus lotes devido a falta de estrutura de armazenagem; em períodos em que a demanda é crescente (safra), onde os preços geralmente acompanham a lei de oferta e demanda. Assim os cafeicultores não praticam a comercialização nos períodos de alta do mercado. A administração moderna tenta encobrir essas lacunas através da aplicação da administração de materiais.

4 Proposições para soluções de problemas de gestão de materiais

Para propor uma busca pelo sucesso, minimização dos erros e para sanar as lacunas da cafeicultura para o perfil da região serrana do Espírito Santo é preciso tecer a fundo os fatores que perfazem a busca pela excelência da cafeicultura. Dentro do conceito da Administração de Materiais, existem vários meios de controle que são utilizados no cotidiano das grandes organizações que podem muito bem atender o dia a dia das pequenas empresas cafeeiras. Sistemas como, Milk Run, podem propor novos meios de comercialização dos lotes de cafés. E conseqüentemente modificar os métodos de armazenagem do café e assim promover pontes entre a produção e o comercial.

Dessa forma o texto abaixo estará nos mostrando opções para a tomada de decisão mais coerente, de forma a ser aplicada como forma de experimento cientifico para a comprovação dos meios expostos.

4.1 Sistema Integrado de Milk Run

Este sistema é a coleta programada de peças, denominado Milk Run, que visa, num tempo previamente determinado, coletar as peças nos fornecedores, cumprindo-se determinadas rotas, visando minimizar o custo de transporte da operação e reduzir o estoque na cadeia de suprimentos (MOURA & BOTTER).

Este sistema de coleta programada de peças, Milk Run, pode ser realizado pela própria indústria automobilística: a montadora gerencia a melhor rota para seu veículo de coleta, determinando a quantidade de peças necessárias para coletar em cada fornecedor, dentro de uma determinada rota, visando aproveitar melhor a capacidade de seu veículo de transporte (MOURA & BOTTER, p,3 artigo).

Outra forma de trabalho, dentro do sistema Milk Run, é a montadora executar o trabalho de encontrar a melhor roteirização e determinar a quantidade de peças necessárias que devem ser coletadas de cada fornecedor em cada viagem, e a coleta, propriamente dita, ser realizada por terceiro (transportadora). Uma terceira forma de trabalho é a montadora determinar a quantidade de peças a serem coletadas, quando estas peças serão necessárias em suas plantas e um operador logístico executar a tarefa de determinar a melhor roteirização para a coleta das peças, visando sempre atender o plano de produção da montadora para que a linha de montagem dos automóveis não venha a ficar desabastecida de peças ou componentes (MOURA & BOTTER).

O sistema apresentado acima mostra o contexto das grande montadoras automobilísticas, assim perfazendo uma forma de trabalho onde aempresa montadora promove todo o deslocamento logístico, na mesma forma aoinverso do Just Time. A adpitação deste termo na administração de materiais para a empresa rural, pode ser visualizada da seguinte forma.

Os cafeicultores são resposáveis por produzir, colher, processar, beneficiar seus produtos (fornecedores), e os agentes responsáveis pelo mercado simulam o papel da indústria (montadora de carros). Assim pode ser estabelecido um elo entre o mercado indústrial – torrefação, ou comprador – exportador, promovendo a eliminação de agentes memores, como corretores que tendem a aproveitar dos mecanismos comerciais e não permitir que os produtores possam gozar dos preços finais praticados pelos exportadores ou até mesmo pelas indústrias de torrefação em nosso pais, ou até mesmo no exterior.

A proposta de se estabelecer umelo de ligação entre o cafeicultor e exportador final se da entre contratos futuros, títulos de CPR, compras a fixar, entregas direta na indústrias.

·Como introduzir este processo no contexto da administração das empresas rurais ?

A proposta de se estabelecer ligação entre o produtor e o mercado direto seria formada do principio básico da sustentabilidade da agricultura, cada vez mais as propriedades estão se adequando para poder atender as normas internacionais para produção mais sustentável e conseqüentemente abrangir mais uma parcela do mercado.

Com a proposta de instalar o processo de certificação na agricultura, as propriedades passam a ter mais confiabilidade sobre os produtos produzidos, com o intuito de se desenvolver produtos mais seguros. Os fatores mercadológicos entram como fonte de capitalização e melhor remuneração pelos produtos.

O sistema de Milk Run pode promover através de contratos com os produtores a solução para que as comunidades cafeeiras tenham melhor remuneração, uma vez que em acordos com as indústrias – exportadores, possam retirar os lotes de acordo com suas demandas, e conseqüentemente os cafeicultores ficam a disposição de monitorar e se certificar de que a qualidade será fiel aos acordos. Por sua vez os grandes comerciantes no setor cafeeiro possuem condições de executar perfeitamente esta proposta, pois eles muitas vezes elevam seu custo na aquisição dos produtos, devido o grande número de intermediários que existem nas praças comerciais.

FIGURA 1 SISTEMA CONVÊNCIONAL DE COMERCIALIZAÇÃO DE CAFÉ

FIGURA 2 – SISTEMA MILK RUN APLICADO A ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Considerações finais

A apresentação de todos os tópicos abordados neste texto mostram que é possível promover a adapitação do sistema de milk run na administração de materiais para a cafeicultura na região serrana do Espírito Santo. Dessa forma é preciso ir a fundo na pesquisa de campo, através de experimentos que comprovem que é viável ligar os produtores diretamente aos exportadores e consequentemente a indústria, de forma que os preços possam ser melhorados para os produtores, e que os mesmos possam aplicar melhor as técnicas de armazenamento em suas propriedade.

Se pensarmos no futuro próximo é possível ver por este prisma que a cada dia temos a tecnologia e a informação contribuindo para nosso crescimento, o caminho para a busca de excelência na cafeiculura é longo, porém mudanças ocorrem o tempo todo, antes da aplicação deste método é preciso saber quais os impáctos financeiros para o mercado e para os produtores, por isso que dessa forma é preciso que seja realizado o experimento de campo para comprovação dos métodos.

Referências

ARNOLD, J.R Tony. Administração de Materiais. Ed atlas S.A 1999.

CORADI, Qualidade de café natural e despolpado após difrentes tipos de secagem e armazenamento Disponivel em: http://www.agriambi.com.br/revista/v12n2/181.pdf. Acesso em 09 de abril de 2008.

DAHER, F. A,Simpósio Estadual do Café, ED 1998, Vitória – ES.

MATIELLO, A Cultura de Café no Braisl, Novo Manual de Recomendações, ED

2005 –Revisada, ampliada e ilustrada.

ZAMBOLIM, L Tecnologias de Produção de Café com Qualidade, ED Universidade Federal de Viçosa – MG, 2001.

MATIELLO, A Cultura de Café no Braisl, Novo Manual de Recomendações, ED

2005 –Revisada, ampliada e ilustrada.

MATIELLO, A Cultura de Café no Braisl, Novo Manual de Recomendações, ED

2005 –Revisada, ampliada e ilustrada.

MATIELLO, A Cultura de Café no Braisl, Novo Manual de Recomendações, ED

2005 –Revisada, ampliada e ilustrada.

DAHER, F. A,Simpósio Estadual do Café, ED 1998, Vitória – ES.

MATIELLO, A Cultura de Café no Braisl, Novo Manual de Recomendações, ED

2005 –Revisada, ampliada e ilustrada.

MATIELLO, A Cultura de Café no Braisl, Novo Manual de Recomendações, ED

2005 –Revisada, ampliada e ilustrada.

MOURA e BOTTER, Caracterização do sistema de coleta programada de peças, Milk Run, Artigo RAE Eletrônica, ED 2002.

POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. ED atlas São Paulo, 2002.

TEIXEIRA, Simpósio Estadual do Café, ED 1998, Vitória – ES.

ZAMBOLIM, L Tecnologias de Produção de Café com Qualidade, ED Universidade Federal de Viçosa – MG, 2001.


Autor: Lucas Louzada Pereira


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