A Solução



Sim, isso é muito clichê. É um desses clichês que deveriam figurar em séries norteamericanas medianas... tipo, o álcool não é problema, é solução. Logo, estou tendo "soluções" com álcool. É o que tudo indica. Os médicos, os colegas de trabalho, minha família, meus amigos, eu, o carro batido...

Minha amiga até me disse, essa querida que escreve "quase tão bem como um homem escreveria", que escrevo, que me expresso melhor em poemas do que em contos ou crônicas. Tudo bem, eu nem sabia que conseguia me expressar... é como um simples murro na boca do estômago. Somente sentindo e fazendo com que o baque das teclas sejam parte do pulso que ainda pulsa. Dançando a dança do teclado e do vazio das garrafas sob a fumaça.

Eu andei pensando em algo muito genial e, como não estou bêbado, eu posso ser genial, né, Nando Reis? Vou ser ainda mais pretensioso... Ah, acho que posso até arriscar algumas letras e depois dar para minha professora da quarta-série que nunca me deixava ir ao banheiro, avaliar...

A imortalidade é o primeiro passo rumo ao suicídio. Entende isso? É que, quando todos os anjos estão do seu lado, a coisa fica tão chata e tediosa... buscamos a vida toda por isso e eis que está aqui, me salvando da minha morte, da minha falência múltipla de órgãos e eu achando tudo isso um espetáculo tragicômico, como a ópera que deu errado e terminou em longas e cínicas gargalhadas.

Seguimos assim, sentindo que existe um santo dos intensos, inconformados, bêbados e drogados... seguimos achando os bukowskis, fantes, kerouacs, thompsons e todos os anjos mortos e assassinados pela vida. Deixarei a próxima linha para quando estiver genialmente sóbrio. Deixarei o veredicto para depois, depois da morte, talvez...


Autor: Diego Rosinha


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