O Baile da Fazenda e as nossas festas



No momento não pretendo narrar a estória de um baile na fazenda, como sugere o título da música, ou uma festa qualquer em qualquer outro lugar. Mas, sim fazer um breve paralelo entre o tipo de  festa  de outrora,   descrita na música assinada pelos  cantores e compositores Roberto Carlos e Erasmo Carlos, e as festas que acontecem hoje em nosso meio social, ou seja, as festas que são oferecidas a nossa  juventude e a quem queira e goste de participar.A festa a que os compositores se refere na música" o baile da fazenda" que por sinal, ficou muito boa e bonita na voz do nosso rei do romantismo Roberto Carlos, é uma festa que além de começar cedo, termina bem mais tarde, vai até o dia amanhecer, seu término é marcada pela  presença dos raios solar, que ilumina e aquece aquele momento que parece mágico. Trata-se de uma festa sem malícia, menos barulhenta, sem a presença de bebidas alcoólicas e outros  tipos de entorpecentes, mesmo que a letra da música não expresse de forma explícita esta diferença, mas, pela simplicidade em que os compositores descrevem os fatos,  fica bem claro em nossa mente as diferenças culturais, pois uma festa onde todos dançam ao som de uma sanfona, o som da sanfona ao acompanhar as músicas, com certeza é bem menos barulhento do que as músicas tocadas com os instrumentos musicais  que são utilizados nos dias atuais, as letras das músicas tocadas naquele tipo de festa, são bem mais tolerantes aos nossos ouvidos, do que as que  são tocadas nas baladas hoje. A música narra da chegada das pessoas ao anoitecer, ao sentimento melancólico da saída ao amanhecer, uma festa onde todos brincam com  liberdade para se divertir, mas, sem fazer uso de nenhum tipo de libertinagem, onde os  casais jovens e  românticos dançam e trocam olhares, se abraçam e namoram de forma simples e singela, "uns dançando pelo prazer da dança, outros pelo prazer de se abraçarem". Uma festa que não falta alegria, namoro, romantismo, comprometimento para o futuro, amor secreto e, sobretudo tranqüilidade, sem a preocupação com o passar do tempo, tudo na maior naturalidade e respeito. O que nos faz viajar no tempo e comparar com as festas da atualidade. Observa-se que em nenhum momento, os compositores se referem a brigas, a presença da polícia, a prisão de  alguém,em  segurança no local; parece até que tudo ocorre em perfeita harmonia, de planejada e realizada para agradar a todos participantes, onde todos cantam, dançam  e até reclamam quando  o dia amanhece , querendo que a madrugada que  passou, não tivesse terminado. Com relação às festas de hoje, o que é mais visado é o lucro dos promotores do evento, ficando o bem estar dos participantes para o segundo plano; a começar pelo barulho do som, tão alto que não se pode conversar, das letras das músicas tocadas que não da para se escutar, pois, na verdade, quando não são compostas só com pornografias, nada acrescenta para melhorar nosso conhecimento. Além do mais, no dia posterior a festa, não se sabe quantos brigaram, quantos partiram para outra dimensão, quantos foram presos, ou quantos amanheceram ébrios dormindo pelas calçadas ou nas ruas da cidade, causando preocupação a seus familiares, tudo em nome  da busca de um felicidade falsa, que procuram nas bebidas ou em outros tipos de drogas. E são nestas festas, totalmente contrárias as festas narradas na música em referência, que o futuro dos jovens é comprometido e muitas vezes sem consciência de seus atos acabam entrando num mundo sem volta. E quanto ao baile descrito na música, para nós fica apenas a saudade, saudade de um tempo saudável e tempo no qual se vivia bem melhor, quando havia confiança, respeito e responsabilidade para com o próximo.


Autor: Francisco Costa


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