QUEM SOMOS?



Lembremo-nos que há muito tempo descobrimos que a medida exata entre o poder de pensar as grandes causas da vida se detém no simples pensar, na nuança entre a simetria da “arte real” e o redescobrir dos enigmas já conhecidos das Ciências Naturais. Sabemos que acima das “Leis Universais” está o equilíbrio entre o universo e as chamadas Leis do Mentalismo, da Correspondência, da Vibração, da Polaridade, dos Ciclos, da Causa - Efeito e do Gênero, as quais dão a perfeita ordenação ao cosmos.                                               São todos estes entendimentos que dão sentido ao nosso “ser”, a nossa sensibilidade. Sem eles seriamos ignorantes e falsos conhecedores das ciências e da Natureza  - lembrem-se da existência de outras lógicas que hoje nos parecem um tanto irracionais; um tanto estranhas a nossa percepção e que talvez ainda não tenham sido percebidas pela nossa sensibilidade! - Creio que alguns filósofos já tinham conseguido a muito tempo captá-las e percebê-las. Falar de uma pequena prova disto é a crença em crer: “De onde viemos - Quem Somos? ”.                                                                                             A resposta mais lógica a esta questão talvez esteja no reflexo de algo desconhecido e muito fora de nosso alcance. De algo que Pitágoras catalogou de "inteligível" e ao mesmo tempo "sensível" quando disse que "inteligível" é o mundo das idéias e que "sensível" é o mundo da lógica, sensível apenas ao chamado mundo dos fenômenos. Fenômenos e movimentos somente percebidos pelos nossos sentidos. A este mundo que, para Pitágoras é sensível, é um mundo puramente ilusório que representa a sombra do mundo real. Para entendermos esta idéia é só imaginarmos algumas abelhas. Desta idéia nos vêem a mente inúmeros tipos de abelhas, porém, a idéia de “abelha” é "Una" e imutável. Então, a única verdade que passa a ser a realidade é a idéia - abelha - em uma única forma generalizada. Por esta lógica, Pitágoras assume a idéia de que dentro do mundo sensível esta o mundo das idéias, chamado por ele de "inteligível". Fala ainda que no topo de sua hierarquização se encontra a pura consciência do "Bem", sendo a mais “perfeita das idéias”. Isto para nós que estamos conscientes e que percebemos o mundo real é o retrato de nossas ações na medida em que participamos do Bem. Contudo, pelo entendimento de que o “Bem Supremo” é o "Bem Perfeito" na forma do próprio Deus. Já para Platão é possível que o homem ultrapasse este mundo ilusório e de fenômenos no momento em que se torne “puro espírito”, pura energia, momento em que contempla a totalidade do mundo de suas idéias sem o limite de seu corpo, no entanto quando se torna novamente homem passa a se aprisionar em um corpo, momento que para Platão o homem encontra novamente o “túmulo da alma”, para então de tudo se esquecer e novamente voltar a sua verdadeira essência.                                                                                                                 Nestes primeiros pensamentos percebemos que os sentidos se aguçam no mundo sensível de Pitágoras, “o mundo da idéias”, e que é nele mesmo que as lembranças adormecidas novamente reaparecem. Lembranças que hoje conhecemos como "sentimento de reminiscência'. Porém, sabemos que não é exatamente esta a explicação correta. A verdade é algo inatingível que nos atraí com uma força irresistível, ela é muito vasta, muito vivaz, muito livre e muito sutil para se deixar prender, imobilizar e petrificar na rigidez de um sistema filosófico. Sistema que nos oferecem apenas oportunidades de nos concentrar em nós mesmos indo ao centro de nossos pensamentos para que com complacência consigamos aproximar-se da mais pura fonte da verdade. Temos o caminho para afastar-se das nótulas das imperfeitas definições e dos vazios conceitos: lembrais sabiamente que ‘o simples ignorante está mais próximo da verdade que o fátuo que se jacta de uma ciência enciclopédica, apoiada unicamente em falsas noções”. Nunca saberemos se o homem ao se libertar das correntes e amarras que o aprisionam na Terra terá a oportunidade de conhecer a “Palavra Perdida”. Talvez para conhecê-la não é preciso morrer, mas é preciso a renovação do renascer para se captar toda energia que com certeza nossa mente é capaz de sentir e de interagir, pois já sabemos que somos formados de átomos e que estes são pura energia na forma mais compactada possível - eis o mistério da origem do mundo. Mas, somos limitados, nosso cérebro registrar somente o que nossos olhos percebem. Nossa mente faz todo o registro que temos consciência. É difícil imaginar algo que nunca vimos. Então, o que realmente existe não são coisas, mas sim, movimentos de consciência das escolhas de nosso subconsciente. As coisas existem no mundo pela colaboração do subconsciente de cada um. É fato, pois, ao olharmos num microscópio o movimento de um átomo veremos que pode estar em dois ou mais lugar ao mesmo tempo. Então, é simples: quando não estamos olhando para alguma coisa, o que existe são apenas ondas eletromagnéticas e, quando estamos olhando, o que existe são partículas das experiências que nossos olhos um dia registraram. Estas ondas eletromagnéticas que se propagam nos dão as infinitas possibilidades que a física quântica nos oferece. São as possibilidades de consciência que existem, da experiência que temos que vem a tona. Então, quando nossos olhos registram estas ondas eletromagnéticas nosso cérebro capta apenas uma possível posição desta partícula, que é uma imagem que se torna a experiência que molda nossa realidade. Isto na física quântica é chamado de superposição. Por isso que cada um é dono de seu destino, de sua realidade, pois escolhe a superposição que deseja. Temos que ser positivos e otimistas e escolher as possibilidades positivas que o universo nos oferece. Pitágoras estava no caminho certo em seu mundo "consciente" e "sensível".                                                                                             Mas afinal de contas o que realmente somos? Por que estamos encapsulados em uma realidade particular a cada um. Será que quando perdemos a capa corporal se dissipamos em pura possibilidade de ondas eletromagnéticas, sem perder a capacidade de pensar e sem limitações. Ou será que estas possibilidades e incertezas eletromagnéticas ao passarem de um lugar para o outro estejam sendo percebidas em outra dimensão, a final o mundo é “uno” e somos parte de um todo! Assim algo que nunca tínhamos idéia que existisse é muito difícil de perceber até que sejamos convencidos de que aquilo realmente exista. Contudo, achamos na meditação sobre a simbologia numérica, a compreensão para todos estes fenômenos. É nela que cada vez mais é evidente que somos parte do todo, do tudo que participa das propriedades intrínsecas dos números. Assim tudo que compreende o mundo é arquitetado por meio de dados abstratos e ligações particulares às propriedades numéricas. As chamadas propriedades das “infinitas possibilidades”, propriedade em que a matemática e os números direcionam as possíveis possibilidades que podem levar a um evento acontecer. Então, são infinitas as possibilidades de se entender a origem do universo por ser ele um transbordar de possibilidades infinitas das quais nós fazemos parte, o que é chamada por Wagner Heisenberg de "teoria da incerteza".                                                           Hoje sabemos que um elétron tem inúmeras chances de estar em vários locais impossíveis de se prever. A matemática, através da física quântica “talvez” nos possibilita prever estes possíveis locais: lembremos que segundo Jó 38:11: “Aqui chegaste, daqui não passarás!".  A final de contas, quem somos! Será que o princípio da essência do puro e verdadeiro conhecimento esta em nossas mãos? Será que o grande mistério da vida se deve a Deus como um todo? Será que o mundo em nossa volta realmente não seja fruto de nossos desejos e nossas frustrações e que talvez por isso, não seja inteiramente compreendido? A quem fazer estas perguntas e como entender estes mistérios?  Sem dúvidas o pouco que sabemos se deve aos grandes pesadores e aos grandes cientistas. Deles, a idéia de que além dos átomos, ainda, existem outros elementos ainda menores da matéria, tais como: os fótons e os glúons[1]. Então, pensemos! A partir deste raciocínio veremos que a matéria na realidade não existe. Na verdade é apenas energia que aparece estar condensada. É real esta afirmação, é fato confirmado por Einstein quando disse: E=m*c2 – qualquer massa possui energia associada e vice-versa. Einstein foi o primeiro a propor que a equivalência da massa e energia é um princípio geral conseqüente das simetrias do espaço e do tempo, então, está claro que a matéria é pura energia e que todas estas subdivisões dos átomos nos levam a origem cientifica da vida, nos levam ao início onde tudo era o "caus", energia cósmica em absoluto repouso e equilíbrio, ao nada, ao estado não manifesto, a temporal. Então, percebas a explosão da vibração da origem: "No princípio era "O verbo”, para São João; ou o "Big-Bang" para os físicos; o Damaru - o tambor de Shiva - para os Tântricos. É neste momento que se engendrou o espaço-tempo, tão valoroso à Einstein; “O verbo”, o som original – cujo eco vibrará no universo até a dissolução final – se diversificou num infinito derramar de seres e formas, pois, como a matéria é energia e vice-versa, tudo no universo ou em um grão de areia, é um campo de forças em perpétuo estado vibratório. – Einstein esta certo!... Ele, idealizou, pensou, e muito pensou, e nunca deixou de pensar, trouxe tudo isso para sua realidade, para seu “Eu”, assim, associou sem saber, o pensar e a matéria.  A isto muitas culturas dão diferentes nomes, como: Mana, Axé, Ki, Ji, Taiji, Manitó, Prana, Pneuma, Elã, Espírito, Magnetismo ou simplesmente “a Força”. Esta energia invisível não é uma substância, mas um padrão formado por vibrações de uma espécie de força subjacente a toda realidade que chamamos de espaço, vácuo ou plano astral. Esta é a força "Do segredo" de quem consegue manipular as vibrações do espaço de forma adequada a ponto de provocar efeitos surpreendentes sobre o mundo real, sem causa física aparente. É como se conseguisse puxar fios invisíveis, puxar tecidos pelo lado avesso da realidade. Cada pensamento ou movimento tem alguma espécie de padrão de sensibilidade que é capaz de identificar e entrar em ressonância com a realidade invisível a ponto de produzir o efeito que desejar.                                                                Como Einstein, somos capazes de inventar, de construir e reconstruir nossas vidas. De formarmos e termos a convicção de que não estamos perdidos no universo, sem o amor e sem a compaixão do "Grande Criador". Mas apesar de percebermos tudo isto, ainda nos permitimos à idéias quiméricas, a idéias distorcidas que nossa mente permite entorpecer nos de ilusões, distrai-nos do caminho correto do otimismo para o falso do pessimismo. É bem fácil, partir para um caminho depressivo e tortuoso. Lembremo-nos do grande épico “Dom Quixote de La mancha”, em que o intrépido Dom Quixote, que após perder o juízo devido a sua obsessão por cavaleiros, adoece e passa a ser refém da loucura quando resolve se empreender em uma jornada de feitos grandiosos e dignos a homens que jamais poderia existir, de grandes batalhas e vitórias que jamais a humanidade conhecerá. Porém, quando foi convencido de que fora derrotado por outro cavaleiro e que tudo não passava de insanidade, lhe abateu a frustração e, por fim, sentiu-se triste e aquebrantado e, a doença e a morte foi o seu fim. É deste caminho depressivo e nostálgico que se perde o senso da realidade e se perde os trilhos da razão. São estes os caminhos da ilusão e da realidade, unidos e ao mesmo tempo separados. Este é o cuidado que devemos ter para não nos perdermos entre a ilusão e a realidade que construímos. Mas qual o poder que nossa mente infere em nossa realidade e em nosso destino? Porque temos o poder de registrar o passado, sentir o presente, mas não de captar o futuro? Será que a linha do tempo é apenas uma convenção humana, devido a limitação de nosso corpo material? Será que a percepção da realidade é diferente para cada um de nós?  Creio que a Ciência é bem capaz de apresentar algumas explicações para todas estas questões, em particular a física quântica em suas concepções da relação entre a matéria e energia, como acima já foi dito aos gloriosos feitos do grandioso físico “Einstein”.                                 Com certeza é no universo que está o espírito de todo conhecimento onipotente e incondicional sobre a vida. Somos reféns das intrigas dos ensinamentos, porém, não sou tão hábil a declamar sobre a ciência! Sinto apenas que o filosofar é construir, é edificar, é ensinar, é simplesmente “o pensar”. É simplesmente entender que o pensamento é o estado único e incondicional de sensibilidade e inferência com o “Ser Supremo”, que sim, apenas a Ele, “que é o que é”, que cabe a arte planejar e arquitetar. O pensamento é simplesmente uma oração! Oração de nós para com Deus e de Deus para com nós, momento em que nos tornamos um só a sua semelhança. Somos o único e o todo. O todo poderoso no que pensamos. Somos todos capazes, deuses de nossas verdades. Se realmente acreditarmos que não estamos perdidos no universo, sem o amor e sem a compaixão do "Grande Criador", é evidente que não teremos energia vital suficiente para encher nosso espírito de prazer e de alimentar a nossa Fé no criador, pois sentir o que é realmente "Amar" é ter o poder de amar o próximo e de amar ao criador. É ter este amor na forma da auto-estima, é ter o poder de construir uma realidade e de influenciar a matéria e nossas vidas. São essas verdades que transformam o mundo e que nos transformam e, que ainda transformam tudo em nossa volta. E é só por isso que temos a obrigação de sermos os verdadeiros “construtores sociais”. 

 

[1] Estes pequenos fragmentos de matéria chamados fótons e glúons são a mais pura energia por Einstein batizados de partículas de luz; os fótons, e de partículas mensageiras; os glúons, pelos fato de se ligarem aos quarks – que é outro tipo de partícula subatômica do interior dos prótons e dos nêutrons. Entre as menores partículas que têm alguma massa, a menor é o neutrino. Ele pode ter 4 x 10-33 grama. Isso equivale a um bilionésimo de trilhionésimo de grama – que dá uma massa 100 milhões de vezes menor que a de um próton, que tem 1,67 x 10-24 grama. Para ter uma idéia do que isso significa, se o próton fosse do tamanho de uma bola de gude, o átomo seria o equivalente a um estádio de futebol. Seria necessário enfileirar 50 milhões desses Maracanãs microscópicos para poder formar uma linha de apenas 1 centímetro. Ao contrário dos prótons, os neutrinos não são como tijolinhos que compõem matéria e, sim, partículas ejetadas por átomos a partir do interior de estrelas como o Sol. Acredite: bilhões e bilhões delas atravessam nosso corpo agora mesmo, enquanto estamos reunidos.


Autor: Adalberto Borges de Carvalho


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