A MULHER ADÚLTERA
A MULHER ADÚLTERA
No Evangelho de João, no capítulo 8, descobrimos Jesus indo pela manhã cedo para o templo. Era sua primeira atividade naquele dia. Talvez fosse esta sua primeira atividade dia após dia. Todo o povo vinha ter com ele e os ensinava.
O povo não procurava Jesus somente por causa das curas e milagres. Jesus, Paulo, Pedro e os demais apóstolos atraíam as pessoas pelo ensino ministrado com autoridade.
Naquele momento tão solene e maravilhoso os escribas e fariseus resolveram perturbar. Trouxeram uma mulher que tinha sido apanhada
Mas aqueles homens procuravam todo pretexto para desmerecer, denegrir, macular e desmoralizar o ministério do Mestre por excelência.
Realmente a mulher era adúltera. Nada de eufemismos. Era adúltera mesmo.
Eles imediatamente citaram a Lei, mas apenas pela metade. É o que muitos têm feito há tanto tempo...
Na Lei estava escrito: “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera”. Lv 20.10.
Mas, onde estava o homem? Por que trouxeram somente a mulher? Por que estavam usando dois pesos e duas medidas? O que era aquilo? Machismo patriarcalista?
Onde estava aquele sem vergonha? Era, por acaso, algum político? Era um homem importante? Era um peixinho dos sacerdotes? Era amigo ou parente dos fariseus?
Nós sabemos que não existiriam prostitutas, se não existissem homens covardes.
Os escribas e fariseus colocaram Jesus diante de um impasse. Somente o governo romano tinha autoridade para condenar alguém à morte. A intenção dos escribas e fariseus era simplesmente de tentá-lo, para terem de que o acusar. Foi quando ele demonstrou ser mais sábio do que Salomão:
“AQUELE QUE DENTRE VÓS ESTÁ SEM PECADO SEJA O PRIMEIRO QUE ATIRE PEDRA CONTRA ELA”.
Jesus não a absolveu, mas a perdoou e lhe deu uma sentença: “Vai-te e não peques mais”.
Na Lei aquela mulher deveria ser apedrejada. Na Graça a pessoa é mais importante do que a letra. Jesus usou a lei da liberdade, a lei do perdão, a lei da misericórdia, a lei da compaixão.
Graças a Deus pelo seu dom inefável.
Se não fosse assim, ai de nós!
Autor: Paulo de Aragão Lins
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