A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL



Gilvânia Aparecida dos Santos¹

Renato Rodrigues²

RESUMO

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO INFANTIL

Gilvânia Aparecida dos Santos¹

Renato Rodrigues²

RESUMO

Sabe-se que um dos mecanismos decisivo e significativo para a formação participativa do alunado no contexto escolar e fora dele, é o método de ensino utilizado pelo professor nas ações pedagógicas. Sendo assim, para o alcance dos ideais educacionais, os métodos de ensino utilizados devem estar fundamentados em metodologias que possibilitem a participação dos alunos na construção das aulas. A participação no contexto escolar e fora dele, como princípio de cidadania deve ser apreendido desde as séries iniciais de ensino, como forma de constituição do sujeito social. O desenvolvimento psicológico é fator preponderante na prontidão para a aprendizagem e interação social, a utilização dos jogos, brinquedos e brincadeiras no contexto escolar, buscando o desenvolvimento psicológico infantil, é uma estratégia que vem ganhando adeptos em contraposição a estratégias tidas como tradicionais. Considerando o exposto, a presente pesquisa busca identificar de forma consistente como os jogos, brinquedos e brincadeiras podem contribuir no desenvolvimento psicológico infantil no contexto escolar. Brincar é uma atividade universal encontrada nos vários grupos humanos, a criança ao brincar vai criando experiências, construindo conhecimentos acerca do mundo. Diante disso, é notado que se as aulas forem planejadas e organizadas, é possível que as crianças aprendam brincando, através de atividades recreativas do seu interesse, sendo assim, apresenta-se a seguinte questão problema: Até que ponto é possível conciliar no espaço escolar o brincar e o aprender? Sendo a pesquisa uma atividade científica pela qual descobrimos a realidade, e considerando as características deste estudo, optou-se aqui por desenvolver uma pesquisa exploratória descritiva conforme aponta Gil(1999).

Palavras-Chave:

Jogos. Brincadeiras.

Desenvolvimento Psicológico

THE IMPORTANCE OF THE GAMES, TOYS AND TRICKS IN THE SCHOOL AND THE INFANTILE PSYCHOLOGICAL DEVELOPMENT

GilvâniaAparecida dos Santos

Renato Rodrigues²

ABSTRACT

One of the mechanisms decisive and significant for the participativa formation of the alunado one in the pertaining to school context is known that and is of it, is the method of education used for the professor in the pedagogical actions. Being thus, for the reach of the educational ideals, the used methods of education must be based on methodologies that make possible the participation of the pupils in the construction of the lessons. The participation in the pertaining to school context and is of it, as citizenship principle must be apprehended since the initial series of education, as form of constitution of the social citizen. The psychological development is preponderant factor in the promptitude for the learning and social interaction, the use of the games, toys and tricks in the pertaining to school context, searching psychological the development infantile, are a strategy that comes gaining adepts in contraposition the had strategies as traditional. Considering the displayed one, the present research searchs to identify of consistent form as the games, toys and tricks can contribute in the infantile psychological development in the pertaining to school context. To play is a found universal activity in the some human groups, the child when playing goes creating experiences, constructing knowledge concerning the world. Ahead of this, it is noticed that if the lessons will be planned and organized, it is possible that the children learn playing, through recreativas activities of its interest, being thus, presents it following question problem: Until point is possible to conciliate in the pertaining to school space playing and learning? Being the research a scientific activity for which we discover the reality, and considering the characteristics of this study, it was opted here to developing a descriptive exploratória research as points Gil(1999).

Key-Words:

Games. Tricks. Psychological development

1 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO INFANTIL

O trabalho que se apresenta, trata de destacar a importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras na escola, enfatizando o desenvolvimento psicológico infantil. No entanto, não podemos deixar de considerar a existência de certo "preconceito" em relação ao assunto, pois a sociedade aumenta a cobrança pelo não brincar em determinados espaços, como por exemplo, na escola, tendo esta como função principal o ensino que historicamente vem sugerindo uma oposição ao brincar. Entende-se que as crianças e estes preconceitos da sociedade em relação ao "brincar", principalmente em relação ao fracasso escolar, foram internalizados pelos adultos. Mas é possível transformar a escola em um lugar onde o "brincar" não seja entendido como sinônimo de "bagunça", mas sim como necessidade humana e um direito inquestionável, sobretudo das crianças.

A escola é vistapelas crianças como um lugar privilegiado pela infância. Ao que tudo indica os pais ao levarem seus filhos à escola ainda possuem pouca clareza quanto às questões que envolvem o processo de ensino-aprendizagem, onde se percebe geralmente que a preocupação está centrada na obrigatoriedade de estudar não importando onde, como e quando. Estes desconhecem muitas vezes que às crianças interessa apenas aquilo que tem significado para elas e normalmente, o que nós supomos ser do interesse delas, nada ou pouco significa. É neste momento que os jogos, os brinquedos e as brincadeiras "entram em cena" demonstrando a sua relevância, pois é a partir desses elementos que a criança avança no processo de desenvolvimento psicológico.Desta maneira este estudo buscou apresentar e fundamentar a idéia de que brincar é pertinente ao ato de aprender, uma vez que o "brincar", tem como principal característica instigar o imaginário das crianças, desenvolverem a criatividade, espontaneidade entre outros e com isso proporcionar o desenvolvimento psicológico infantil. Portanto, se uma aula for planejada e orientada na sua essência é possível que as crianças aprendam brincado, através de atividades recreativas do seu interesse, sendo assim, questiona-se qual a relevância do brincar na escola? Até que ponto é possível conciliar no espaço escolar o brincar e o aprender? E o que efetivamente as crianças aprendem através das brincadeiras, dos jogos e dos brinquedos nas aulas?

Como objetivo central buscou-se compreender a importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras, como elementos contributivos no desenvolvimento psicológico infantil no contexto escolar. A pesquisa caracteriza-se com exploratória descritiva, através da qual pode-se identificar a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento psicológico infantil.

  1. O DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DA CRIANÇA NO ÂMBITO ESCOLAR

Desde o surgimento da escola, á ela foi delegada a função de formação das novas gerações em termos de acesso à cultura socialmente valorizada, de formação do cidadão e de constituição do sujeito social. Isso, a transformou em espaço social privilegiado de convivência e em ponto de referência fundamental para a constituição das identidades de seus alunos. Se a escola, como instituição social, não se limita ao acesso à cultura/conhecimento socialmente valorizado é preciso que, dentro de condições historicamente determinadas, ela procure dar conta tanto do acesso à cultura como de se constituir em espaço de convivência social que favoreça e estimule a formação da cidadania. Como espaço de convivência que favoreça o exercício da cidadania, a escola possui formas de organização, normas e procedimentos que não são meramente aspectos formais de sua estrutura, mas se constituem nos mecanismos pelos quais podemos permitir e incentivar ou, ao contrário, inibir e restringir as formas de participação de todos os membros da comunidade escolar. (BUENO,2001).

Um dos mecanismos decisivo e significativo para a participação do alunado no contexto escolar e fora dele, é o método de ensino utilizado pelo professor nas ações pedagógicas. Sendo assim, para o alcance dos ideais educacionais, os métodos de ensino utilizados devem estar fundamentados nas metodologias críticas da educação, principalmente nas idéias de Dermeval Saviani e Paulo Freire.

A participação no contexto escolar e fora dele, como princípio de cidadania deve ser algo apreendido desde as séries iniciais de ensino, como forma de constituição do sujeito social. O desenvolvimento psicológico é fator preponderante na prontidão para a aprendizagem e interação social, a utilização dos jogos, brinquedos e brincadeiras no contexto escolar, buscando o desenvolvimento psicológico infantil, é uma estratégia que vem ganhando adeptos em contraposição a estratégias tidas como tradicionais.

Considerando o exposto, justifica-se a presente pesquisa pela necessidade de identificar de forma consistente como os jogos, brinquedos e brincadeiras podem contribuir no desenvolvimento psicológico infantil no contexto escolar.

3 APRENDER BRINCANDO

Tendo em vista que brincar é uma atividade universal encontrada nos vários grupos humanos, independente de classe econômica ou social, ou seja, a criança é criança em qualquer parte do mundo e o brincar envolve o universo infantil. Pode-se dizer que o brincar preenche as necessidades da criança. Assim, a mesma ao brincar vai criando experiências, contribuindo e construindo conhecimentos acerca do mundo e com quem se relaciona. Diante disso, é notado que se as aulas forem planejadas e organizadas, é possível que as crianças aprendam brincando, através de atividades recreativas do seu interesse, sendo assim, apresenta-se a seguinte questão problema: Até que ponto é possível conciliar no espaço escolar o brincare o aprender?

4 Os jogos, as brincadeiras e brinquedos e a educação

Quando se fala sobre os jogos, as brincadeiras e os brinquedos na educação, não raramente aparece certa polêmica, pois muitos não concebem que esses aspectos podem ser inserido na escola por se tratar de atividades que não são vistas como sérias.

Vários autores, tem buscado superar essa visão, pois a criança, seja nos parques, nas ruas, em casa ou em qualquer lugar, quase sempre está jogando ou brincando de alguma coisa e aprendendo algo de novo.

Volpato(2002), aponta que já na Grécia antiga Platão afirmava que as crianças desde pequeninas deveriam se ocupar com jogos educativos, enfatizando a importância dos mesmos e da cultura intelectual, que para este pensador deveriam estar ligados, direcionados para a formação de sua personalidade.

Com o Renascimento, o "sentimento de infância" se fortaleceu e aliou a criança a palavras como jogo, brincadeira e brinquedo. Essas atividades tiveram uma certa reabilitação na vida das crianças, ou seja, passaram a ter influência em sua educação.

Mas segundo Platão para educar as crianças, elas deveriam em seus jogos, imitar as atividades dos adultos, como uma forma de preparação para vida futura.

É nesse espaço de representação e experimentação que a brincadeira possibilita a aprendizagem, isto quer dizer que, no momento em que a criança representa a professora, ela não cria uma professora, ela obedece às regras do comportamento de uma prática de sala de aula, quando conhece.

Pelos brinquedos e jogos, a criança, aprende, verbaliza, comunica-se com as pessoas que tem maior conhecimento, internaliza novos conhecimentos e conseqüentemente se desenvolve.

No controle social, também há certa influência dos brinquedos, sobretudo com os brinquedos e jogos industrializados que atingem diretamente o imaginário infantil. A criança forma seu imaginário social, cultural e lúdico através de seu pensar, agir, sentir que até a idade adolescente configura-se especialmente pela brincadeira e pelo jogo.

A brincadeira é entre outras coisas um meio da criança viver a cultura que a rodeia tal como ela é verdadeiramente e não como ela deveria ser.

Através de pesquisas atuais vem se revelado o quanto os jogos e as brincadeiras podem render frutos para as crianças também no espaço escolar.

É valido ressaltar a importância do jogo e da brincadeira no processo de aprendizagem das crianças. De acordo com Oliveira (2002) o jogo humano requer a capacidade de se relacionar com diferentes parceiros e com ele comunicar-se por meio de diferentes linguagens, para criar o novo e tomar decisões.

O jogo é o tipo de atividade senão predominante pelo menos principal da idade pré-escolar. Contem as tendências do desenvolvimento, é fonte de desenvolvimento e cria zonas evolutivas do mais imediato jogo. Para Vygotsky (2002), a brincadeira de faz-de-conta é a principal atividade da criança em idade pré-escolar.

No jogo de faz de conta à criança torna-se aquilo que ainda não é, age com objetos que substituem aqueles que ainda lhe são proibidos, interage segundo padrões que se mantêm distantes do que lhe é determinado pelo lugar que , na realidade, ocupa no espaço social. O faz-de-conta possibilita para criança uma liberdade, permitindo-lhe ultrapassar os limites dados por seu desenvolvimento real, e configurando instâncias de constituição do seu desenvolvimento proximal.

Fontana e Cruz (1997) apresentam algumas concepções vigentes que falam sobre as brincadeiras, que são facilmente encontradas. Uma delas pode ser traduzida na frase "criança vai à escola para aprender e não para se divertir" (p. 119).

Outra concepção é de que a criança tem necessidade natural de brincar, porem na escola é preciso separar brincadeira de tarefas sérias.

A terceira concepção é a de que os jogos e as brincadeiras podem e devem ser introduzidos como recursos didáticos importantes, pois "brincando é que se aprende".

Muitas vezes o jogo e a brincadeira são negados ou vinculados somente a objetivos didáticos, privilegiando-se assim as atividades cognitivas em detrimento de seu caráter lúdico. Fontana e Cruz (1997) afirmam:

Quando perde sua dimensão lúdica, sufocada por um uso didático que restringe a ser papel técnico, a brincadeira esvazia-se, e a criança rapidamente usa o material esgotando-se. Isso se da quando em vez de aprender brincando, a criança é levada a usar o brinquedo para aprender(p.139).

As brincadeiras e os jogos são as formas mais originais que a criança tem de se relacionar e se apropriar do mundo.

É preciso compreender que a criança constrói o conhecimento também através da brincadeira, concordando-se com Wajskop (2001), quando diz esta afirma que ao contrário do que se pensa brincar não é algo inato do indivíduo, pois a criança aprende brincando nas relações sociais que estabelece com o mundo. Brincar é uma atividade social na qual a criança se apropria e recria as experiências sócio-culturais dos adultos.

No brinquedo a criança sempre se comporta alem de seu comportamento habitual de sua idade, alem de seu comportamento diário, no brinquedo é como se ela fosse maior do que ela é na realidade. Uma criança brincando com suas bonecas ou com outras crianças, pode estar imitando sua professora quando está dando aula.

Segundo Piaget (1975), pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das crianças, em todo lugar onde se consegue transformá-lo em iniciativa de leitura ou de ortografia observa-se que as crianças se apaixonam por ocupações antes tidas como maçantes. É errôneo pensar que exista uma diferença entre educação e diversão, contudo nunca deixou de ser verdadeiro que aquilo que agrada ensina de forma muito mais eficaz.

O jogo possibilita as mais variadas experiências de movimentos. O correr, o saltar, o puxar, e o esconder-se entre outros movimentos não são ações isoladas do indivíduo, nem tampouco atos mecânicos, isentos de sentidos e significados. A importância do componente lúdico se dá porque o brinquedo, o jogo e a brincadeira são gostosos, dão prazer, trazem felicidade.

Nas sociedades urbanas contemporâneas ler, escrever e estudar torna-se as atividades fundamentais para as crianças em idade escolar, e os jogos e as brincadeiras só têm lugar na pratica pedagógica quando auxiliam a elaboração e construção de conhecimentos sistematizados.

5 CONCLUSÃO

Um ponto importante, que pode ser uma alavanca para essa questão, será a de que os profissionais da educação deveriam interar-se, aprender mais sobre o verdadeiro papel dos jogos, brincadeiras e brinquedos no conteúdo didático pedagógico. Acredita-se que muitos professores não têm o entendimento de que brincar é uma atividade muito complexa, onde a criança mistura a ficção com a realidade. Segundo Vygotsky (2002) é nesta movimentação que a criança vai construindo novos conceitos sobre o mundo em que vive.

"

Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento". (ANDRADE, 2001, p.129).

Sendo as pesquisas de maneira geral um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico, estas devem seguir caminhos específicos para produção de conhecimentos aceitáveis. (GIL, 1999).

É com base nesses enunciados que se apresenta o tópico a seguir, apontando os caminhos na construção desta pesquisa.

A partir da necessidade de obtenção de conhecimentos mais seguros que os fornecidos por outros meios desenvolveu-se a ciência, que constitui um dos mais importantes componentes intelectuais do mundo contemporâneo. Ciência significa conhecimento. A ciência pode ser considerada como uma forma de conhecimento que tem objetivo de formular mediante linguagem rigorosa e apropriada, leis que regem os fenômenos. A ciência pode ser compreendida como forma de conhecimento objetivo, racional sistemático, geral, retificável e falível. (GIL, 1999).

O comportamento humano é complexo e por isso muito mais mutável que o comportamento de rochas e metais. O que não significa ser impossível tratar cientificamente do comportamento humano; fenômenos humanos não devem ser quantificados o que torna menor o grau de precisão. Um grande obstáculo para a pesquisa social está no fato de o pesquisador estar envolvido na pesquisa podendo assim admitir valores, que são impossíveis de serem superados. (GIL, 1999).

Destaca Demo (1987, p.23) que "a pesquisa é uma atividade científica pela qual descobrimos a realidade [...]. É um fenômeno de aproximações sucessíveis e nunca esgotadas, não é uma situação definitiva, diante da qual já não haveria o que descobrir".

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2001.

BUENO, J. G. Função social da escola e organização do trabalho pedagógico. Curitiba: Editora da UFPR, n. 17, p. 101-110, 2001.

FONTANA, R. & CRUZ. M. N. Psicologia do trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.

DEMO, P. Introdução à metodologia da ciência. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1987.

GIL, A. C.

Métodos e técnicas de pesquisa social

. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

OLIVEIRA, Z. R. de. Educação infantil: fundamentos e métodos. In: Coleção Docência em Formação. São Paulo: Cortez, 2002.

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, sonho, imagem e representação. 2 ed. Rio de Janeiro:Zahar, 1975.

VOLPATO, Gildo. Jogo, brincadeira e brinquedo: usos e significados no contexto escolar e familiar. Florianópolis: Cidade Futura, 2002.

VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002. 

WAJSKOP, G. 

Brincar na pré-escola. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2001.

Sabe-se que um dos mecanismos decisivo e significativo para a formação participativa do alunado no contexto escolar e fora dele, é o método de ensino utilizado pelo professor nas ações pedagógicas. Sendo assim, para o alcance dos ideais educacionais, os métodos de ensino utilizados devem estar fundamentados em metodologias que possibilitem a participação dos alunos na construção das aulas. A participação no contexto escolar e fora dele, como princípio de cidadania deve ser apreendido desde as séries iniciais de ensino, como forma de constituição do sujeito social. O desenvolvimento psicológico é fator preponderante na prontidão para a aprendizagem e interação social, a utilização dos jogos, brinquedos e brincadeiras no contexto escolar, buscando o desenvolvimento psicológico infantil, é uma estratégia que vem ganhando adeptos em contraposição a estratégias tidas como tradicionais. Considerando o exposto, a presente pesquisa busca identificar de forma consistente como os jogos, brinquedos e brincadeiras podem contribuir no desenvolvimento psicológico infantil no contexto escolar. Brincar é uma atividade universal encontrada nos vários grupos humanos, a criança ao brincar vai criando experiências, construindo conhecimentos acerca do mundo. Diante disso, é notado que se as aulas forem planejadas e organizadas, é possível que as crianças aprendam brincando, através de atividades recreativas do seu interesse, sendo assim, apresenta-se a seguinte questão problema: Até que ponto é possível conciliar no espaço escolar o brincar e o aprender? Sendo a pesquisa uma atividade científica pela qual descobrimos a realidade, e considerando as características deste estudo, optou-se aqui por desenvolver uma pesquisa exploratória descritiva conforme aponta Gil(1999).

Palavras-Chave:

Jogos. Brincadeiras.

Desenvolvimento Psicológico

THE IMPORTANCE OF THE GAMES, TOYS AND TRICKS IN THE SCHOOL AND THE INFANTILE PSYCHOLOGICAL DEVELOPMENT

GilvâniaAparecida dos Santos

Renato Rodrigues²

ABSTRACT

One of the mechanisms decisive and significant for the participativa formation of the alunado one in the pertaining to school context is known that and is of it, is the method of education used for the professor in the pedagogical actions. Being thus, for the reach of the educational ideals, the used methods of education must be based on methodologies that make possible the participation of the pupils in the construction of the lessons. The participation in the pertaining to school context and is of it, as citizenship principle must be apprehended since the initial series of education, as form of constitution of the social citizen. The psychological development is preponderant factor in the promptitude for the learning and social interaction, the use of the games, toys and tricks in the pertaining to school context, searching psychological the development infantile, are a strategy that comes gaining adepts in contraposition the had strategies as traditional. Considering the displayed one, the present research searchs to identify of consistent form as the games, toys and tricks can contribute in the infantile psychological development in the pertaining to school context. To play is a found universal activity in the some human groups, the child when playing goes creating experiences, constructing knowledge concerning the world. Ahead of this, it is noticed that if the lessons will be planned and organized, it is possible that the children learn playing, through recreativas activities of its interest, being thus, presents it following question problem: Until point is possible to conciliate in the pertaining to school space playing and learning? Being the research a scientific activity for which we discover the reality, and considering the characteristics of this study, it was opted here to developing a descriptive exploratória research as points Gil(1999).

Key-Words:

Games. Tricks. Psychological development

1 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO INFANTIL

O trabalho que se apresenta, trata de destacar a importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras na escola, enfatizando o desenvolvimento psicológico infantil. No entanto, não podemos deixar de considerar a existência de certo "preconceito" em relação ao assunto, pois a sociedade aumenta a cobrança pelo não brincar em determinados espaços, como por exemplo, na escola, tendo esta como função principal o ensino que historicamente vem sugerindo uma oposição ao brincar. Entende-se que as crianças e estes preconceitos da sociedade em relação ao "brincar", principalmente em relação ao fracasso escolar, foram internalizados pelos adultos. Mas é possível transformar a escola em um lugar onde o "brincar" não seja entendido como sinônimo de "bagunça", mas sim como necessidade humana e um direito inquestionável, sobretudo das crianças.

A escola é vistapelas crianças como um lugar privilegiado pela infância. Ao que tudo indica os pais ao levarem seus filhos à escola ainda possuem pouca clareza quanto às questões que envolvem o processo de ensino-aprendizagem, onde se percebe geralmente que a preocupação está centrada na obrigatoriedade de estudar não importando onde, como e quando. Estes desconhecem muitas vezes que às crianças interessa apenas aquilo que tem significado para elas e normalmente, o que nós supomos ser do interesse delas, nada ou pouco significa. É neste momento que os jogos, os brinquedos e as brincadeiras "entram em cena" demonstrando a sua relevância, pois é a partir desses elementos que a criança avança no processo de desenvolvimento psicológico.Desta maneira este estudo buscou apresentar e fundamentar a idéia de que brincar é pertinente ao ato de aprender, uma vez que o "brincar", tem como principal característica instigar o imaginário das crianças, desenvolverem a criatividade, espontaneidade entre outros e com isso proporcionar o desenvolvimento psicológico infantil. Portanto, se uma aula for planejada e orientada na sua essência é possível que as crianças aprendam brincado, através de atividades recreativas do seu interesse, sendo assim, questiona-se qual a relevância do brincar na escola? Até que ponto é possível conciliar no espaço escolar o brincar e o aprender? E o que efetivamente as crianças aprendem através das brincadeiras, dos jogos e dos brinquedos nas aulas?

Como objetivo central buscou-se compreender a importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras, como elementos contributivos no desenvolvimento psicológico infantil no contexto escolar. A pesquisa caracteriza-se com exploratória descritiva, através da qual pode-se identificar a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento psicológico infantil.

  1. O DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DA CRIANÇA NO ÂMBITO ESCOLAR

Desde o surgimento da escola, á ela foi delegada a função de formação das novas gerações em termos de acesso à cultura socialmente valorizada, de formação do cidadão e de constituição do sujeito social. Isso, a transformou em espaço social privilegiado de convivência e em ponto de referência fundamental para a constituição das identidades de seus alunos. Se a escola, como instituição social, não se limita ao acesso à cultura/conhecimento socialmente valorizado é preciso que, dentro de condições historicamente determinadas, ela procure dar conta tanto do acesso à cultura como de se constituir em espaço de convivência social que favoreça e estimule a formação da cidadania. Como espaço de convivência que favoreça o exercício da cidadania, a escola possui formas de organização, normas e procedimentos que não são meramente aspectos formais de sua estrutura, mas se constituem nos mecanismos pelos quais podemos permitir e incentivar ou, ao contrário, inibir e restringir as formas de participação de todos os membros da comunidade escolar. (BUENO,2001).

Um dos mecanismos decisivo e significativo para a participação do alunado no contexto escolar e fora dele, é o método de ensino utilizado pelo professor nas ações pedagógicas. Sendo assim, para o alcance dos ideais educacionais, os métodos de ensino utilizados devem estar fundamentados nas metodologias críticas da educação, principalmente nas idéias de Dermeval Saviani e Paulo Freire.

A participação no contexto escolar e fora dele, como princípio de cidadania deve ser algo apreendido desde as séries iniciais de ensino, como forma de constituição do sujeito social. O desenvolvimento psicológico é fator preponderante na prontidão para a aprendizagem e interação social, a utilização dos jogos, brinquedos e brincadeiras no contexto escolar, buscando o desenvolvimento psicológico infantil, é uma estratégia que vem ganhando adeptos em contraposição a estratégias tidas como tradicionais.

Considerando o exposto, justifica-se a presente pesquisa pela necessidade de identificar de forma consistente como os jogos, brinquedos e brincadeiras podem contribuir no desenvolvimento psicológico infantil no contexto escolar.

3 APRENDER BRINCANDO

Tendo em vista que brincar é uma atividade universal encontrada nos vários grupos humanos, independente de classe econômica ou social, ou seja, a criança é criança em qualquer parte do mundo e o brincar envolve o universo infantil. Pode-se dizer que o brincar preenche as necessidades da criança. Assim, a mesma ao brincar vai criando experiências, contribuindo e construindo conhecimentos acerca do mundo e com quem se relaciona. Diante disso, é notado que se as aulas forem planejadas e organizadas, é possível que as crianças aprendam brincando, através de atividades recreativas do seu interesse, sendo assim, apresenta-se a seguinte questão problema: Até que ponto é possível conciliar no espaço escolar o brincare o aprender?

4 Os jogos, as brincadeiras e brinquedos e a educação

Quando se fala sobre os jogos, as brincadeiras e os brinquedos na educação, não raramente aparece certa polêmica, pois muitos não concebem que esses aspectos podem ser inserido na escola por se tratar de atividades que não são vistas como sérias.

Vários autores, tem buscado superar essa visão, pois a criança, seja nos parques, nas ruas, em casa ou em qualquer lugar, quase sempre está jogando ou brincando de alguma coisa e aprendendo algo de novo.

Volpato(2002), aponta que já na Grécia antiga Platão afirmava que as crianças desde pequeninas deveriam se ocupar com jogos educativos, enfatizando a importância dos mesmos e da cultura intelectual, que para este pensador deveriam estar ligados, direcionados para a formação de sua personalidade.

Com o Renascimento, o "sentimento de infância" se fortaleceu e aliou a criança a palavras como jogo, brincadeira e brinquedo. Essas atividades tiveram uma certa reabilitação na vida das crianças, ou seja, passaram a ter influência em sua educação.

Mas segundo Platão para educar as crianças, elas deveriam em seus jogos, imitar as atividades dos adultos, como uma forma de preparação para vida futura.

É nesse espaço de representação e experimentação que a brincadeira possibilita a aprendizagem, isto quer dizer que, no momento em que a criança representa a professora, ela não cria uma professora, ela obedece às regras do comportamento de uma prática de sala de aula, quando conhece.

Pelos brinquedos e jogos, a criança, aprende, verbaliza, comunica-se com as pessoas que tem maior conhecimento, internaliza novos conhecimentos e conseqüentemente se desenvolve.

No controle social, também há certa influência dos brinquedos, sobretudo com os brinquedos e jogos industrializados que atingem diretamente o imaginário infantil. A criança forma seu imaginário social, cultural e lúdico através de seu pensar, agir, sentir que até a idade adolescente configura-se especialmente pela brincadeira e pelo jogo.

A brincadeira é entre outras coisas um meio da criança viver a cultura que a rodeia tal como ela é verdadeiramente e não como ela deveria ser.

Através de pesquisas atuais vem se revelado o quanto os jogos e as brincadeiras podem render frutos para as crianças também no espaço escolar.

É valido ressaltar a importância do jogo e da brincadeira no processo de aprendizagem das crianças. De acordo com Oliveira (2002) o jogo humano requer a capacidade de se relacionar com diferentes parceiros e com ele comunicar-se por meio de diferentes linguagens, para criar o novo e tomar decisões.

O jogo é o tipo de atividade senão predominante pelo menos principal da idade pré-escolar. Contem as tendências do desenvolvimento, é fonte de desenvolvimento e cria zonas evolutivas do mais imediato jogo. Para Vygotsky (2002), a brincadeira de faz-de-conta é a principal atividade da criança em idade pré-escolar.

No jogo de faz de conta à criança torna-se aquilo que ainda não é, age com objetos que substituem aqueles que ainda lhe são proibidos, interage segundo padrões que se mantêm distantes do que lhe é determinado pelo lugar que , na realidade, ocupa no espaço social. O faz-de-conta possibilita para criança uma liberdade, permitindo-lhe ultrapassar os limites dados por seu desenvolvimento real, e configurando instâncias de constituição do seu desenvolvimento proximal.

Fontana e Cruz (1997) apresentam algumas concepções vigentes que falam sobre as brincadeiras, que são facilmente encontradas. Uma delas pode ser traduzida na frase "criança vai à escola para aprender e não para se divertir" (p. 119).

Outra concepção é de que a criança tem necessidade natural de brincar, porem na escola é preciso separar brincadeira de tarefas sérias.

A terceira concepção é a de que os jogos e as brincadeiras podem e devem ser introduzidos como recursos didáticos importantes, pois "brincando é que se aprende".

Muitas vezes o jogo e a brincadeira são negados ou vinculados somente a objetivos didáticos, privilegiando-se assim as atividades cognitivas em detrimento de seu caráter lúdico. Fontana e Cruz (1997) afirmam:

Quando perde sua dimensão lúdica, sufocada por um uso didático que restringe a ser papel técnico, a brincadeira esvazia-se, e a criança rapidamente usa o material esgotando-se. Isso se da quando em vez de aprender brincando, a criança é levada a usar o brinquedo para aprender(p.139).

As brincadeiras e os jogos são as formas mais originais que a criança tem de se relacionar e se apropriar do mundo.

É preciso compreender que a criança constrói o conhecimento também através da brincadeira, concordando-se com Wajskop (2001), quando diz esta afirma que ao contrário do que se pensa brincar não é algo inato do indivíduo, pois a criança aprende brincando nas relações sociais que estabelece com o mundo. Brincar é uma atividade social na qual a criança se apropria e recria as experiências sócio-culturais dos adultos.

No brinquedo a criança sempre se comporta alem de seu comportamento habitual de sua idade, alem de seu comportamento diário, no brinquedo é como se ela fosse maior do que ela é na realidade. Uma criança brincando com suas bonecas ou com outras crianças, pode estar imitando sua professora quando está dando aula.

Segundo Piaget (1975), pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das crianças, em todo lugar onde se consegue transformá-lo em iniciativa de leitura ou de ortografia observa-se que as crianças se apaixonam por ocupações antes tidas como maçantes. É errôneo pensar que exista uma diferença entre educação e diversão, contudo nunca deixou de ser verdadeiro que aquilo que agrada ensina de forma muito mais eficaz.

O jogo possibilita as mais variadas experiências de movimentos. O correr, o saltar, o puxar, e o esconder-se entre outros movimentos não são ações isoladas do indivíduo, nem tampouco atos mecânicos, isentos de sentidos e significados. A importância do componente lúdico se dá porque o brinquedo, o jogo e a brincadeira são gostosos, dão prazer, trazem felicidade.

Nas sociedades urbanas contemporâneas ler, escrever e estudar torna-se as atividades fundamentais para as crianças em idade escolar, e os jogos e as brincadeiras só têm lugar na pratica pedagógica quando auxiliam a elaboração e construção de conhecimentos sistematizados.

5 CONCLUSÃO

Um ponto importante, que pode ser uma alavanca para essa questão, será a de que os profissionais da educação deveriam interar-se, aprender mais sobre o verdadeiro papel dos jogos, brincadeiras e brinquedos no conteúdo didático pedagógico. Acredita-se que muitos professores não têm o entendimento de que brincar é uma atividade muito complexa, onde a criança mistura a ficção com a realidade. Segundo Vygotsky (2002) é nesta movimentação que a criança vai construindo novos conceitos sobre o mundo em que vive.

"

Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento". (ANDRADE, 2001, p.129).

Sendo as pesquisas de maneira geral um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico, estas devem seguir caminhos específicos para produção de conhecimentos aceitáveis. (GIL, 1999).

É com base nesses enunciados que se apresenta o tópico a seguir, apontando os caminhos na construção desta pesquisa.

A partir da necessidade de obtenção de conhecimentos mais seguros que os fornecidos por outros meios desenvolveu-se a ciência, que constitui um dos mais importantes componentes intelectuais do mundo contemporâneo. Ciência significa conhecimento. A ciência pode ser considerada como uma forma de conhecimento que tem objetivo de formular mediante linguagem rigorosa e apropriada, leis que regem os fenômenos. A ciência pode ser compreendida como forma de conhecimento objetivo, racional sistemático, geral, retificável e falível. (GIL, 1999).

O comportamento humano é complexo e por isso muito mais mutável que o comportamento de rochas e metais. O que não significa ser impossível tratar cientificamente do comportamento humano; fenômenos humanos não devem ser quantificados o que torna menor o grau de precisão. Um grande obstáculo para a pesquisa social está no fato de o pesquisador estar envolvido na pesquisa podendo assim admitir valores, que são impossíveis de serem superados. (GIL, 1999).

Destaca Demo (1987, p.23) que "a pesquisa é uma atividade científica pela qual descobrimos a realidade [...]. É um fenômeno de aproximações sucessíveis e nunca esgotadas, não é uma situação definitiva, diante da qual já não haveria o que descobrir".

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2001.

BUENO, J. G. Função social da escola e organização do trabalho pedagógico. Curitiba: Editora da UFPR, n. 17, p. 101-110, 2001.

FONTANA, R. & CRUZ. M. N. Psicologia do trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.

DEMO, P. Introdução à metodologia da ciência. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1987.

GIL, A. C.

Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

OLIVEIRA, Z. R. de. Educação infantil: fundamentos e métodos. In: Coleção Docência em Formação. São Paulo: Cortez, 2002.

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, sonho, imagem e representação. 2 ed. Rio de Janeiro:Zahar, 1975.

VOLPATO, Gildo. Jogo, brincadeira e brinquedo: usos e significados no contexto escolar e familiar. Florianópolis: Cidade Futura, 2002.

VIGOTSKY, L. S. 

A formação social da mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002. 

WAJSKOP, G. 

Brincar na pré-escola. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2001.


Autor: GILVÂNIA APARECIDA DOS SANTOS


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