COMO FUNCIONA A CABEÇA DO ELEITOR





 

Atualmente pesquisas recentes revelaram que o eleitor leva em conta, acima de tudo, o benefício imediato que o candidato lhe trará.

 

            No ano passado um estudo de um sociólogo causou muita polêmica ao mostrar que a parcela mais educada da população – a elite brasileira – tem uma característica menos preconceituosa, menos estatizante e com valores sociais mais sólidos do que as camadas menos escolarizadas. Na época foi um alarde geral, pois até então o que se apregoava aos quatro cantos era o contrário.

 

            Analisando ‘algumas’ eleições - municipais, estaduais e presidenciais, estudos demonstram que a lógica na decisão do voto na cabeça do eleitorado é muito mais simples do que supunha a maioria do 'marqueteiros'.

 

            Atualmente, o que orienta a escolha de um candidato por parte do eleitor é muito simples: ele vota a favor do governo ou do candidato do governo considerando se sua vida está boa ou melhorou, e vota no candidato da oposição se considera que sua vida está ruim ou piorou.   Por incrível que pareça, questões como ética, corrupção, separação entre o público e o privado não entram nessa conta. O eleitorado, sobretudo o de baixa renda, vota em função de suas necessidades imediatas e da satisfação dessas necessidades, e isso é o resultado do atual sentimento de individualidade que permeia o dia-a-dia dos brasileiros.

 

            Elencamos abaixo cinco percepções que compõe a lógica “simples, direta e pragmática” que orienta o eleitor nos dias atuais:

 

            1º- A avaliação do governo - quanto mais básicas a necessidades do eleitor, mais pragmático será o seu voto, atualmente, não se ganha eleição só com projetos e planos de governo;

 

            2º- A necessidade do candidato apresentar uma 'identidade clara' – atualmente vivemos em um universo com pouca informação política;

 

            3º- O grau de lembrança (tecnicamente chamamos de recall) – quanto mais disputa um cargo político mais o candidato é lembrado;

 

            4º- A forma como o candidato utiliza o seu currículo de atividades ligadas ao público - isso porque é preciso captar o que o eleitor quer, e tanto melhor para o candidato se a realização desse desejo estiver relacionada a uma capacidade que o político já demonstrou ter;

 

            5º- O potencial do crescimento do eleitorado - não raro, o eleitor é prejudicado quando o candidato é muito conhecido, já que, nesse caso, ele tende a ter também uma alta taxa de rejeição.

 

            Todas essas cinco percepções citadas podem ser subsidiadas por estudos nas eleições ocorridas não só em Gurupi como em grandes metrópoles como Rio, São Paulo, Belo Horizonte, etc., no Estado do Tocantins e em outros, e nas eleições para presidente ocorridas após a queda da ditadura no Brasil...      

 

*Heráclito Ney Suiter é bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Ambiental, atua como publicitário e jornalista a mais de 15 anos, tendo prestado serviços em campanhas políticas no Tocantins e em Goiás. Esse O texto foi publicado em mídia impressa em junho de 2008.

 


Autor: HERÁCLITO NEY SUITER


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