Reflexões: Momentos Inesquecíveis



Eu caminho e reflito: como as pessoas estão agredindo-se por minúcias. Quanta violência! Tanto vandalismo. Coisas que não levam a nada; resultados dentro de cada um: Corações magoados e partidos por não saberem reagir no cotidiano às situações que se apresentam. Cada qual querendo provar para o outro que tem mais força dentro de si; mais agressividade.

Devemos sempre sair de casa com o coração e a mente fixados em Deus para nos proteger. Isto para quem tem fé.

Gostaria de ver mais alegria nos semblantes, mais esperança. Fito as pessoas e percebo no olhar de cada um muita expectativa e uma apreensão, como se estivessem indagando a si mesmos; como será o meu dia?

Somos uma imensidão no planeta terra a fazer tantas considerações e criamos muitos conflitos.

Recordo-me: quando eu era criança, era tão risonha e feliz. Brincava de boneca e pulava amarelinha; patinava na calçada perto de minha casa, nadava, corria desatinada brincando de pique esconde e andava de bicicleta. Nas tardes de verão, depois da chuva gostava de apreciar o arco-íris e ficava maravilhada. Conversava com os animais e a minha infância foi muito feliz.

Hoje, as crianças, têm outro tipo de brincadeira; abandonam cedo as bonecas e não brincam tanto ao ar livre como eu me lembro.Não vejo aqui na minha rua ninguém andando de bicicleta ou brincando de pique. Lamento por elas, que deixam a inocência cedo demais. É tão bom ser criança no parque, na rua, no cinema, de mãos dadas com alguém que cuida com amor. Ter um cachorrinho ou outro animalzinho e cuidar dele com carinho.

Atualmente, os pais trabalham tanto para dar sustento no lar, que não encontram tempo para seus filhos. Em geral é isto que observo. Muitos pensam em suprir todas as necessidades, fazendo-lhes todas as vontades e com isto não percebem que um dia esta criança vai crescer e normalmente transforma-se num tirano. Começam a pensar que todos vão satisfazer os seus desejos e assim muitos adultos são infantilizados e custam a adaptar-se na sociedade.

É assim a mudança dos hábitos que a modernidade nos traz. As pessoas mais velhas que observam e comentam, com os mais jovens que estão neste caminho, são alvo de risinhos abafados e críticas picantes e desconsideradas. Felizmente, há famílias mais conservadoras e tradicionais, que conseguem educar, com mais sabedoria; contudo vão encontrar muitas dificuldades no caminho, pois quando as crianças atingem a idade de ir para a escola, vão compartilhar suas vidas com outras de educação totalmente diferenciada.

Os pais precisam ter muito diálogo, não só entre eles, mas também com os filhos; afinal, a riqueza de conhecimentos, acompanhada de discernimento, começa dentro de casa, com um casal maduro, de preferência que creiam em Deus e possam pautar o seu comportamento numa aprendizagem onde haja lógica e não devaneios, colocando incertezas na educação.

Como é gratificante poder olhar os filhos na idade adulta e fazer um balanço de suas vidas na infância. A caminhada lado a lado, os risos, as broncas na hora certa, as estórias contadas ao lado da cama antes de dormir, o afago nos cabelos.

Estas recordações, eu trago comigo, como bagagem da minha vida.

Creio que o saldo foi positivo. Valeu à pena! Continuo seguindo e observando!!!


Autor: Célia Rossi


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