Prevenindo o câncer de mama: a importância do auto-exame



Aldean Maria de Alcântara Ribeiro e-mail: [email protected]
Aline Terra e-mail: [email protected]

RESUMO

A neoplasia mamária é o tipo de câncer que pode ser prevenido que mais mata mulheres em idade fértil em todo mundo. Esta contradição ocorre devido a deficiência da política de saúde pública, a ausência de profissionais orientados acerca da realização e a iniciativa da sociedade em prevenir este carcinoma. Este artigo tem como objetivo incentivar a equipe multidisciplinar a orientar a população feminina acerca da importância da realização do auto-exame da mama, afim de prevenir o carcinoma mamário. Foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica, sendo composto por livros e artigos publicados.

INTRODUÇÃO

As mamas segundo Jacob, Francone e Lossow (1990), são órgãos reprodutores acessórios que durante a gravidez secretam leite para a nutrição do recém-nascido. Cada glândula mamária está localizada anterior aos músculos peitorais e se estende como uma estrutura convexa da borda lateral do esterno À borda da axila.

O câncer de mama é um tipo de neoplasia que acomete a mama, englobando tubos que levam leite ao mamilo, os lóbulos da mama que são glândulas pequenas responsáveis pela produção do leite ou o tecido não glandular que é o tecido de sustentação da mama (LEITE, 2009).

No Brasil, o câncer de mama está em primeiro lugar em incidências nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste, sendo responsável, respectivamente, por 24,14%, 22,84% e 23,83% dos novos diagnósticos da doença. Entre os Estados brasileiros, o Rio Grande do Sul, é um dos que apresenta maiores taxas de incidência do câncer de mama em mulheres, além do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal (LEITE, 2009).

Países como Estados Unidos, Reino Unido, Suécia, Itália e Uruguai também apresentam taxas elevadas de incidência de câncer de mama. Devido ao amento nessas taxas, o câncer de mama é hoje considerado uma doença de extrema importância para a saúde pública de forma mundial, levando a discussões sobre medidas para promoção do diagnostico precoce e redução da morbidade e mortalidade (SCLOWITZ et al., 2005).

O tumor mamário pode aparecer uni ou bilateralmente e ainda se disseminar pelo organismo. O carcinoma da mama leva ao aparecimento de nódulos ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Esses tumores podem causar dor, secreção papilar e alterações de forma podendo ser percebidas durante a palpação ou ser indolor e percebida somente através de exames como mamografia, ultra-som, biopsia entre outros. Podem surgir também alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante à casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila (GONZALEZ, 2003).

Diante desse contexto, percebe-se a necessidade das pacientes com suspeita de câncer de mama de serem orientadas a realizar o auto-exame das mamas (AEM) e fazer consultas médicas periódicas mesmo após tratamento, principalmente as mulheres grávidas que também podem apresentar o câncer de mama, impedindo assim o risco da mãe e do feto.

Para Grube e Giuliano (2005) a realização do AEM é importante, pois eleva a possibilidade da detecção precoce, aumentando assim, a sobrevida das pacientes. Além de possuir a relevância de ser ensinado para mulheres jovens, tornando-se um hábito, incentivando-a conhecer o próprio corpo.

Logo o presente trabalho tem como objetivo incentivar a equipe multidisciplinar a orientar a população feminina acerca da importância da realização do auto-exame da mama, a fim de prevenir o carcinoma mamário.

METODOLOGIA

Este estudo foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica, que segundo Gil (2007) este tipo de pesquisa é realizada com base em materiais já publicados, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Sendo composta por 31 referencias bibliográficas.

Esta pesquisa foi realizada com mulheres que realizam o preventivo na Unidade de Saúde Hans Werner no bairro Vila Amorim na cidade de Barreiras-Ba, com o intuito de realizar educação em saúde para melhor informar as participantes que procuram atendimento na saúde pública.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CÂNCER DE MAMA

As mamas são órgãos glandulares responsáveis pela secreção do leite, propiciando ao recém-nascido o elemento essencial nos primeiros meses de vida, sendo então, considerados anexos do aparelho de reprodução humana. A mama possui uma grande importância fisiológica e patológica, sendo a maior glândula cutânea derivada do ectoderme, adquirindo no sexo feminino um desenvolvimento notável (PONTE, 1993).

Segundo Câmara (2001), a mama é um órgão que fica na face ventral de cada hemotórax, que possui contato com o músculo peitoral maior. A mama está desde a terceira até a sétima costela, em sentido longitudinal, e estende-se da linha paraesternal até a linha axilar-ventra em sentido transverso, possuindo como medida 10 cm de altura por 12 cm de largura. É um órgão que se apresenta em número par, podendo apresentar alterações principalmente axilares que geralmente se manifestam d forma incomoda no período gestacional.

Para Tortora e Grabowsk (2002), cada mama possui uma projeção pigmentada, que é chamada de papila mamária e várias aberturas de ductos lactíferos por onde sai o leite. A área circular é chamada de aréola da mama e se apresenta enrugada devido às glândulas sebáceas. Existe ainda os ligamentos suspensores da mama, que são responsáveis pela sustentação da mama; com a idade ou por meio de esforços excessivos, esses ligamentos ficam mais frouxos, sendo então necessário o uso do sutiã, já que este retarda o aparecimento de seios caídos.

Ainda conforme os referidos autores, as glândulas mamárias possuem funções essenciais como síntese, secreção e ejeção de leite. Essas funções são chamadas de lactação e estão associados À gravidez e ao parto. O hormônio prolactina é o responsável por estimular a produção do leite juntamente com a contribuição dos hormônios progesterona e estrogênio. Já, a ejeção do leite é estimulada pela ocitocina quando o recém-nascido suga a papila mamária da mãe.

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Nessa patologia ocorre um desenvolvimento anormal das células da mama. Elas multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno. O câncer de mama é uma doença que tem cura, se descoberto no inicio (BRASIL, 2008).

O crescimento desordenado das células forma os tumores, esses podem ser malignos (câncer) ou benignos. Os tumores benignos atingem um grau de crescimento e depois param, já, os malignos crescem de forma descontrolada, chegando a invadir as células normais. Para Quadros (1998), o câncer de mama é mais frequente entre as mulheres de 40 a 50 anos de idade e o mais comum é ela descobrir um caroço no seio de forma sozinha e em exames com o ginecologista, mas, isso não é a melhor forma, pois, quando um nódulo de 2 cm ou mais é palpado, sem crescimento já vem ocorrido há algum tempo, ficando assim, mais difícil o tratamento desse câncer. O correto é a realização da mamografia de maneira periódica, pois, é possível detectar a doença de forma precoce, antes mesmo da existência do tumor palpável.

A etiologia do carcinoma mamário é desconhecida e seus fatores de risco, quando considerados individualmente, são abstrações estatísticas da singularidade caótica do evento neoplásico inicial e sua progressão, na intimidade do tecido mamário até o diagnostico, muitos anos podem ter decorrido. Sua evolução natural é de maneira inexorável, para a morte, geralmente acompanhada de variados graus de sofrimento físico e emocional (FREITAS et al., 2006).

O câncer de mama consiste em um grupo de neoplasias epiteliais malignos com grande heterogenicidade estrutural. Os carcinomas são divididos em carcinomas não-inflamatórios ou in situ e carcinomas infiltrantes. O carcinoma in situ foi classificado em ductal ou lobular, baseando-se na semelhança dos espaços afetados com ductos e lóbulos. Porém, com todos esses termos descritivos utilizados, acredita-se que todos os carcinomas se originam da unidade lobular ductal terminal, entretanto, os termos ductal e lobular não implicam mais um local ou tipo celular de origem. Os tipos histológicos mais comuns de carcinoma invasivo ou infiltrantes são o carcinoma ductal (sem tipo especial), carcinoma tubular, carcinoma colóide (mucinoso), carcinoma medular carcinoma lobular e carcinoma papilar (COTRAN; COLLINS; KUMAR, 2000).

  • Carcinoma ductal invasivo (CDI) à responde pela maioria dos tumores invasores da mama, em geral acompanhado de infiltração direta do estroma, provocando frequentemente, reação desmoplástica com intensa fibrose, distorcendo a estrutura glandular. Os tumores de crescimento rápido tendem a formar massas multinodulares com permeação de vasos linfáticos, e espaços perineurais, assim quando predomina a proliferação intraductal, ocorre escassa reação do estroma proporcionando crescimento tuberoso que pode atingir grandes dimensões antes da detecção. As dimensões do tumor são inversamente proporcionais a prognóstico, dessa forma, quanto maior o tumor primário, pior o prognóstico, pois paralelamente existe relação linear entre o tamanho do tumor e a probabilidade de metástase auxiliares (FREITAS et al., 2006).
  • Carcinoma ductal in situ (CDIS) à é mais frequente em mulheres na pós-menopausa, manifestando-se como uma massa palpável com característica típica de um carcinoma ductal invasivo, sendo identificado pela mamografia como um grupo de microcalcificações ramificadas ou em forma de y(NORA; GIULIANO, 2005).
  • Carcinoma lobular à chamado também de neoplasia lobular, devido não reconhecer o potencial intrínseco de malignidade, mas sim, indicador biológico de aumento de risco para um futuro desenvolvimento de um tumor invasor. Costuma não ter nenhuma expressão clínica e os achados radiológicos são atípicos, muitas vezes, constitui-se em achado ocasional de biópsia mamária. Possuem como marcadores de risco a multicentricidade e a bilateralidade, além, de possuir atividade precursora, porém, é um carcinoma pouco freqüente. Já o carcinoma lobular invasor possui como achado típico uma área mal definida, infiltrada, espessada na mama com pouca expressão mamográfica, possuindo maior tendência à bilateralidade, contendo um comportamento em relação ao prognóstico parecido ao do CDI(FREITAS et al., 2006).
  • Carcinoma medular à este é o responsável por 1 a 5% de todos os tipos de carcinomas mamários e sua frequência é maior em mulheres mais jovens. Possui tamanho de 2 a 3 cm podendo chegar até 5cm; são consistentes moles e carnosos. Esses carcinosmas caracterizam-se por camadas sólidas com núcleos vesiculares frequentemente pleomórficos(COLLINS; COTRAN; KUMAR, 2000).
  • Carcinoma mucinoso à possui o crescimento geralmente lento, caracterizando-se pelo acumulo abundante de mucina ao redor das células tumorais, atingindo ás vezes grandes volumes(FREITAS et al., 2006).
  • Carcinoma tubular à este tipo de carcinoma representava apenas 2% de todos os carcinomas de mama, mas, a sua frequência tem aumentado bastante, chegando a constituir 10%. Os carcinomas tubulares são detectados como massas espiculadas através da mamografia. São tumores multifocais que consistem em túbulos bem formados e podem ser confundidos com a lesão esclerosante benigna(NORA; GIULIANO, 2005).
  • Carcinoma papilifero à ocorre preferencialmente na pós-menopausa, localizando-se geralmente na região central da mama, acompanhado de derrame papilar. Possui uma pequena dificuldade quanto ao seu diagnostico ao exame de congelação devido a sua singular configuração histológica (FREITAS et al., 2006).

De acordo com Freitas et al. (2006) a sobrevida raramente ultrapassa cinco anos após o diagnóstico, mesmo com novos fármacos e protocolos da poliquimioterapia. Geralmente, no momento do diagnóstico praticamente 100% dos casos apresentam a doença disseminada e o tumor é do tipo indiferenciado e altamente agressivo. Porém, é importante não confundir o carcinoma inflamatório com mastite infecciosa ou traumática, pois ele, não apresenta sinais sistêmicos de infecção aguda e inside em uma taxa mais elevada do que as puerperas e nem confundir com o câncer comum que invade e compromete a pele, ocasionando edema e eritema.

Os autores ainda relatam que a associação do câncer de mama com a gestação e lactação é pouco freqüente, porém, muitas gestações são complicadas pela neoplasia. Além disso, as alterações provocadas pela gravidez dificultam o diagnóstico, retardando-o em até 5 meses em relação ao carcinoma comum, sendo esse retardo, a principal causa do mau prognóstico do câncer mamário associado à gestação. Contudo, é preciso evitar a gestação nos primeiros dois anos após tratamento de câncer período no qual a maioria das neoplasias mais agressivas recidiva, mesmo não havendo comprovação de que engravidar após o tratamento do câncer de mama, tenha deletério sobre a mãe.

Segundo Goldman e Ausiello (2005), o câncer de mama é em geral detectado como uma massa palpável ou como uma alteração mamográfica, podendo também se manifestar por meio de uma secreção mamilar ou alterações na pele. A presença de massas palpáveis, discretas em áreas de espessamento assimétrico do tecido glandular da mama continuam a ser a manifestação mais comum e pode ser detectada frequentemente pela paciente.

As pacientes que apresentam secreção sangüínea ou aquosa, espontânea do mamilo, pode estar associada com uma malignidade subjacente, porém, em casos de secreção leitosa, quase sempre têm uma origem benigna. A dor no local é um sintoma comum em varias mulheres, podendo ser associada a um nódulo palpável ou a uma anormalidade mamográfica. Todavia, quando a dor está localizada em uma região específica da mama e ocorre durante todo ciclo menstrual, suspeita-se de uma lesão subjacente (GOLDMAN; AUSIELLO, 2005).

É importante ficar atento, a alguns tipos de sinais e sintomas do câncer de mama. O mais comum é o surgimento de um nódulo que não desaparece e não muda de aspecto quando apalpado. Vale salientar, que alguns desses nódulos podem ser benignos e apenas o médico é que pode identificá-los de forma correta. Alguns outros sinais podem ser observados como edemas, rugas, eritema, ulceração da pele, sangramento pelo mamilo, desvio do mamilo e alteração da aréola. Geralmente, no início não há a presença de qualquer tipo de dor, porém,quando ocorre a dor fora do período pré-menstrual é necessário um relato ao médico (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA, 2008).

O câncer de mama surge mais comumente no quadrante superior externo, onde há mais tecido mamário. As massas mamárias são diagnosticadas com maior freqüência pela paciente e com menor frequência pelo médico durante o exame de rotina da mama. O uso crescente de mamografia de rastreio, expandiu a capacidade de detectar anormalidades impalpáveis. O câncer de mama metastático, raramente pode ser encontrado como uma massa axilar sem malignidade evidente(BEREK et al., 2005).

Viana et al. (2001), afirma que a identificação completa, as historias menstruais e reprodutivas, o uso de drogas e as intercorrências anteriores da mama na paciente e seus familiares diretos são dados indispensáveis para diagnóstico das patologias ou para avaliar a epidemiologia e fatores de risco. O exame físico deve ser realizado em local iluminado, tranquilo, com a paciente assentada para inspeção estática e dinâmica e palpação axilar e supraclavicular. Em seguida a paciente é posicionada em decúbito dorsal para palpação completa das mamas. Devem ser anotados os dados referentes a qualquer achado físico como, por exemplo: assimetrias, secreções, lesões da pele e mamilos e características dos tumores, (principalmente tamanho, número, localização e mobilidade). Com todos os dados de anamnese e exame clínico, pode-se optar pela melhor forma propedêutica no intuito de um diagnóstico definido.

A realização da mamografia não parece diminuir o retardo no diagnóstico. Em pacientes jovens, abaixo de 35 anos, a mamografia pode mostrar-se falso-negativa em até 50% dos casos. A ultra-sonografia, também pode ser considerada valiosa no diagnóstico, pois, além de nos auxiliar na melhor caracterização do tumor mamário, pode se útil na investigação de metástases abdominais(REZENDE, 2005).

Para Sclowitz et al. (2005), a mamografia é o método principal de diagnosticar o câncer de mama em seu estágio inicial. Ela é capaz de detectar alterações ainda não palpáveis, ajudando no tratamento precoce, mais efetivo, diminuindo a agressão, melhorando os resultados estéticos.

O tratamento do câncer de mama inclui o tratamento médico, visando à conservação da mama (como a lumpectomia) e o tratamento cirúrgico, que tem como finalidade erradicar a presença do câncer localizado. Além desses tratamentos, existem ainda recomendações para tratamentos sistêmicos com quimioterapia, baseado no estado de menopausa da cliente e na presença de receptores hormonais e radioterapia(SMELTZER; BARE, 2004).

Segundo Smeltzer e Bare (2004), todas as terapêuticas citadas anteriormente, serão realizadas de acordo com a situação de cada mulher, tanto na pré-menopausa, quanto na pós-menopausa, determinando assim, qual o tratamento adequado. Como exemplo as mulheres na pré-menopausa que apresentarem câncer de mama sem e com envolvimento dos linfonodos, recebem terapia auxiliar em casos de alto risco de recidiva; já, as mulheres em pós-menopausa sem o envolvimento dos linfonodos, recomenda-se terapia hormonal em casos de positivo para receptor estrogênio.

A abordagem cirúrgica concentra a mastectomia radical que compreende a retirada da glândula mamária em monobloco com a musculatura peitoral e o conteúdo da axila, estabelecendo assim, o primeiro grande marco histórico na mastologia moderna. Essa cirurgia foi concebida com o conceito de que o câncer era uma doença de progressão locorregional e disseminação linfática ordenada, que poderia ser curada com tratamento cirúrgico, passando a se transformar em procedimento padrão para o tratamento de câncer operável(FREITAS et al., 2006).

Para Freitas et al. (2006) o que era um marco para medicina em termos de controle da doença e cura passou a ser o grande temor das pacientes, devido à mutilação provocada pela cirurgia, devido a mama ser um órgão que representa a própria essência da feminilidade. Em conseqüência desse temor, é que surgiu a quadratectomia com linfadenectomia axilar total complementado por radioterapia, demonstrando que poderia se obter o mesmo controle da doença sem a mutilação, inadequações funcionais e psicossociais geradas pela mastectomia. Assim ,desenvolveu-se um conceito terapêutico-estético e princípios técnicos de cirurgia plástica incorporada à rotina da cirurgia oncológica da mama.

A cirurgia conservadora segundo Quadros (1998), inclui a quadrantectomia, cujo nome vem da palavra quadrante e quer dizer retirada de uma parte da mama. Esta cirurgia deve ser completada pela radioterapia. Existe também a cirurgia radical que é a retirada total da mama, com ou sem o músculo peitoral que se encontra localizada abaixo da mama. Esses dois tipos de cirurgia são acompanhadas da retirada de nódulos linfáticos da axila, conhecidos como linfonodos.

Os tumores localmente avançados podem ter abordagem cirúrgica imediata, enquanto outros, devem obrigatoriamente receber poliquimioterapia (PQT) pré-operatória buscando redução da massa tumoral, permitindo assim, a cirurgia conservadora. As pacientes submetidas à PQT pré-operatória, são reavaliadas quanto aos critérios operabilidade após 3 ou 4 ciclos, porém, existem algumas situações consideradas inoperáveis em principio que podem ter grandes beneficio com a PQT, como o carcinoma inflamatório, metástase a distancia, fixação a parede torácica etc (FREITAS et al., 2006).

A radioterapia é a utilização de radiação para bloquear o crescimento das células. Pode ser utilizada antes da cirurgia (para diminuir o tamanho do tumor), ou após a cirurgia para evitar recidiva.Este tratamento requer um especialista que é o radioterapeuta além de equipamento sofisticado. São feitos alguns cálculos para que os raios possam atingir apenas o local desejado que é o tumor não afetando o tecido normal. Às vezes, isto pode ser feito com o auxílio de um computador. Para iniciar o tratamento, é realizada uma marcação com tinta na pele, para que a aplicação seja realizada sempre no mesmo local. As aplicações duram 15 minutos e são feitas todos os dias com variação de 25 a 30 aplicações (QUADROS, 2008).

A indicação para irradiar as drenagens linfáticas é igual tanto para as cirurgias conservadoras como para as mastectomias. A presença de um único linfonodo comprometido é o bastante para irradiar a fossa supra clavicular homolateral. Existindo acima de 4 linfonodos axilares comprometidos e em tumores centrais ou mediais, pode-se incluir os linfonodos da cadeia da mama interna, principalmente nos 3 primeiros espaços intercostais, pois a probabilidade de comprometimento é de 30%. As condições técnicas mínimas para a execução de radioterapia pós-operatória nas pacientes com carcinoma de mama incluem: Imobilização individualizada, Simulação e Homogeneidade da dose que tem variação de 8 a 12% (BARROS; BARBOSA; GEBRIN, 2001).

A quimioterapia é resumida como o uso de medicamentos potentes para o tratamento do câncer. Este tratamento complementa a cirurgia, e pode ser realizado antes ou depois da operação. A cirurgia e a radioterapia têm apenas efeito local, enquanto que a quimioterapia tem efeito em todo o corpo. O principal objetivo é evitar que o tumor volte ao local ou outros órgãos (QUADROS, 2008).

De acordo com Quadros (2008) a quimioterapia age através do uso de medicamentos pela corrente sanguínea, atingindo todas as partes do corpo. As células que mais sofrem a ação da quimioterapia são aquelas que crescem e se dividem muito, como as do câncer. Mas, outras células do nosso organismo também possuem estas características e acabam sendo ser atingidas, levando aos efeitos colaterais do tratamento. Essas células incluem:

  • Células produtoras dos glóbulos sangüíneos vermelhos e brancos, cujos efeitos são: anemia e diminuição da resistência a infecções.
  • Células do aparelho digestivo, possuindo como efeitos as náuseas, vômitos e diarréia.
  • Células do sistema reprodutor.Efeito: parada da menstruação e dificuldade para engravidar.
  • Células do folículo piloso, cujos efeitos são: queda de pêlos e cabelos.

Leite (2009), afirma que na dependência da extensão e expansão do câncer, ocorrerá a necessidade da quimioterapia. E em algumas situações, este tratamento pode ser recomendado antes mesmo da cirurgia, com o objetivo de diminuir o tamanho de um grande tumor, de maneira que ele possa ser retirado mais facilmente depois. A quimioterapia é quase sempre necessária em casos de recidiva.

A duração da quimioterapia depende do tipo de tumor, do estágio da doença, do resultado da análise dos nódulos linfáticos, da idade da mulher e da sensibilidade individual. É um tratamento que pode ser administrado pela via oral, intramuscular ou soroterapia. Porém, para o tratamento do câncer de mamãe recomendado a via endovenosa. Na maioria das vezes, não é necessário internação, onde a paciente passa pela consulta médica e estando com seus exames normais, recebe o soro com medicamento, durante algumas horas. Depois desse período retorna para casa. Após a quimioterapia, deve-se evitar tomar medicamentos sem orientação do médico; avisar a enfermeira caso no momento da administração da quimioterapia apareça uma dor forte no braço; ingerir dieta leve a base de liquido no dia do tratamento, evitando gorduras e alimentos de difícil digestão.(QUADROS, 2008).

De acordo com Smeltzer e Bare (2005), nem todos os distúrbios da mama são cancerosos, porém, em algumas condições pode progredir de um carcinoma benigno para maligno, como a doença proliferativa benigna da mama. Embora, não existam causas específicas conhecidas do câncer de mama a prevenção consiste principalmente no auto-exame das mamas, recomendado em casos de anormalidades sendo necessário procurar o médico para uma melhor avaliação e pratica de exercício vigoroso regular, diminuindo o risco do câncer de mama.

Goldman e Ausiello (2005) relatam como importância de prevenção o uso anual da mamografia em programas de rastreamento nas mulheres entre 40 e 74 anos de idade, reduz a probabilidade de óbito. Todavia, mulheres entre 40 e 49 anos, o uso da mamografia continua controvertido, mas dados obtidos em estudos revelaram redução no risco de morte por tipo de câncer. O exame físico realizado por um profissional de saúde deve fazer parte de todos os programas de rastreamento, devido a um número substancial de massas cancerosas serem detectados pela primeira vez no auto-exame da mama. A maioria dos especialistas aconselham que as mulheres com histórico familiar de câncer de mama, devem iniciar os testes de rastreamento após os 25 anos, fazendo com que a prevenção do câncer de mama continua a ser o objetivo de maior importância na detecção desse carcinoma.

È importante observar que nem todas as alterações significam câncer, porém, é aconselhável acompanhamento médico sempre que houver alguma modificação. As mulheres acima de 20 anos devem examinar suas mamas uma vez ao mês, no mínimo. Para aquelas que ainda menstruam, o ideal seria oito a dez dias após a menstruação, quando aquele edema e a turgescência das mamas, próprias do período menstrual, já desapareceram. Mulheres na menopausa ou pós-menopausa, devem realizar o auto-exame em qualquer época do mês, escolhendo um dia específico para ser realizado. O dia não é importante, o que importa é realizar o exame e se conscientizar de sua importância (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA, 2008).

Para Doenges et al. (2003), a unidade de cuidado em que esta cliente vai ser encaminhada será a enfermaria cirúrgica para casos agudos, onde serão observadas as seguintes prioridades de enfermagem:

1.Ajudar a paciente/EQ a lidar com o estresse da situação;

2.Prevenir complicações;

3.Estabelecer um programa de reabilitação individual;

4.Fornecer informação sobre processo de doença, procedimento, prognóstico e necessidades de tratamento.

Onde para Doenges, Moorhouse e Geissler (2003) a obtenção de alta necessita das seguintes habilidades: lidar com situações da realidade; prevenir/minimizar complicações; iniciar esquema de exercício; compreender processo de doença, prognóstico e esquema terapêutico e planejar colocar em pratica o atendimento às necessidades de alta.

O autor acima citado, ainda destaca ações e prescrições de enfermagem para os cuidados pré e pós-operatórios:

1.Redução da ansiedade:

·Verificar que informação a paciente tem sobre diagnóstico, intervenção cirúrgica esperada e terapias futuras. Observar a presença de negação ou ansiedade;

·Explicar o propósito e preparação para os testes diagnósticos;

·Proporcionar uma atmosfera de interesse e disponibilidade, como privacidade para a paciente/EQ. Sugerir que o EQ esteja presente sempre que possível;

·Estimular questionamentos e dar tempo para que expresse medos. Dizer à paciente que o estresse relacionado ao câncer de mama pode persistir por muitos meses e buscar ajuda;

·Avaliar o grau de suporte disponível para a paciente. Estimular/proporcionar visita de uma mulher que tenha recuperado de mastectomia;

·Discutir o papel da reabilitação após a cirurgia.

2.Cuidados com o local da incisão:

·Avaliar curativos/feridas para características da drenagem. Monitorar quantidade de edema, vermelhidão e dor na incisão;

·Realizar avaliação de rotina do braço envolvido. Elevar a mão/braço em um ângulo apropriado e repousar o antebraço em uma cunha ou travesseiro, como indicado;

·Monitorar temperaturas;

·Administrar antibióticos como indicado;

·Avaliar os drenos da ferida, observando periodicamente quantidade e características da drenagem.

3.Controle da dor

·Avaliar relato de dor e rigidez, observando localização, duração e intensidade (escala 0-10). Observar relatos de dormência e inchaço. Estar ciente de evidencias verbais e não verbais;

·Discutir a normalidade das sensações de mama fantasma;

·Ajudar a paciente a encontrar uma posição de conforto;

·Dar medicação apropriada para dor, baseado em um planejamento regular, antes que a dor se torne intensa;

·Administrar narcóticos / analgésicos como indicado.

4.Melhora da Auto-estima

·Estimular questionamentos sobre a situação atual e asexpectativas futuras. Dar suporte emocional quando os curativos cirúrgicos são retirados;

·Identificar preocupação com seu papel como mulher, esposa, mãe, profissional;

·Estimular a paciente a expressar sentimentos como raiva, hostilidade e luto;

·Discutir e encaminhar a grupos de suporte;

Proporcionar prótese mole temporária, se indicado.

CÂNCER DE MAMA NA GRAVIDEZ

O câncer de mama associado à gravidez (CMG) é definido como aquele diagnosticado durante o período de gestação e também nos primeiros 12 meses após o parto. A doença coloca em risco a vida da mãe e do concepto, levando, na maioria das vezes a problemas de ordem clinica, ética e psicológica, assim como, a dúvida quanto ao diagnóstico e tratamento (REZENDE, 2005).

Segundo Freitas et al. (2006), as alterações fisiológicas provocadas pela gravidez, dificultam tanto o diagnóstico clínico quanto o radiológico, o que, aliado à tendência do médico e da paciente em postergar alguma intervenção após o parto levando a um retardo no diagnostico médico de 5 meses comparado ao câncer comum, sendo esse retardo a principal causa do mal prognóstico do câncer de mama associado à gestação.

Rezende (2005), afirma que o diagnostico de CMG é sempre difícil. A turgência e as irregularidades dificultam o exame clínico retardando as indicações de biópsia e em conseqüência o diagnóstico final. A realização da mamografia não parece diminuir o retardo no diagnóstico. A ultra-sonografia também pode ser considerada valiosa no diagnóstico, pois além de auxiliar na melhor caracterização do tumor mamário pode também ser útil na investigação de metástases. Já, a ressonância magnética, é contra-indicada, principalmente devido ao emprego de contraste.

De acordo com Nora et al. (2005), o tratamento do câncer de mama em gestantes deve ser individual. As condições incluem idade da paciente e o desejo de ter filhos. O prognostico geral deve ser considerado quando existe envolvimento de linfonodos axilares, pois a quimioterapia adjuvante pode ser teratogênica ou letal, durante o primeiro trimestre, mas pode ser administrado mais tarde na gravidez.

AUTO-EXAME DA MAMA

O câncer de mama atinge a mulher nas suas dimensões biopsicosocioespirituais, por ser uma patologia que pode levar, a logo ou médio prazo, a mutilação mamária ou até mesmo a morte(DAVIM et al., 2003). Devido à dificuldade de estabelecer uma relação entre esta patologia e os seus agentes causadores, pois estes ainda são desconhecidos, a prevenção primária torna-se ausente. Assim a prevenção secundária é a forma mais efetiva de encontrar anormalidades na mama em estágios iniciais (GONÇALVES; DIAS, 1999).

Marinho et al. (2003) relata que o diagnóstico precoce se baseia em uma tríade que envolve o exame de mamografia, o clínico e a realização do auto-exame da glândula mamária. A realização deste último procedimento torna-se de vital importância em países cujo acesso a métodos preventivos possuem diversas barreiras, a exemplo do Brasil.

Apesar de não ter a mesma eficácia dos outros exames, o auto-exame da mama (AEM), é considerado como o principal método para detectar a presença de nódulos anormais nas mamas, onde na maioria das vezes, é percebido pela mulher que pode observar a presença de nódulos com 1 cm de diâmetro(GONÇALVES; DIAS, 1999).

Em seu trabalho Borba et al. (1998), ressalta que o AEM, possui um custo direto reduzido, podendo ser realizado regularmente pelas mulheres em menores intervalos. Contudo, existem dois fatores importantes relacionados ao possível benefício de seu uso: acurácia na detecção de lesões palpáveis e freqüência de realização do exame.

O AEM desde que realizado de forma rotineira, permite identificar diversas alterações prematuramente. Neste contexto, Narchi e Fernandes (2002) ressaltam a eficiência do procedimento e sua relação no decréscimo da morbimortalidade e no aumento nas taxas de sobrevida e cura das mulheres. Destacam também que o auto-exame é um instrumento de transformação na medida em que propicia conscientização para os sinais iniciais da doença e consequente mudança de comportamentos e hábitos de saúde.

Para que isso ocorra, Davimet al. (2003) relata a necessidade de programas de prevenção e detecção precoce do câncer de mama possuindo, como justificativa, proporcionar maiores chances de cura e ou sobrevida mais longa à mulher. No caso específico do câncer de mama, alguns estudiosos acreditam que só será possível diminuir a mortalidade por essa moléstia com o diagnóstico precoce que identifique o tumor com o menor tamanho possível e em estádio inicial (MARINHO,2003).

Na realidade brasileira, o câncer de mama representa a primeira causa de morte por neoplasias entre as mulheres, podendo a atingir o percentual de 16,6% (NARCHI; FERNANDES, 2002). Realizando uma comparação da sobrevida com as praticantes do AEM e as não-praticantes a relação fica em 75% entre as praticantes contra 57% entre as não-praticantes (MONTEIRO et al., 2003).

Para Halbe, Mantese e Cunha (1993) existem dois períodos cuja realização do AEM não é recomendável, sendo eles: antes da menstruação, pois as mamas podem inchar e ficar doloridas, e durante o período gestacional, onde nessa época podem aparecer pequenos caroços, o que é normal. A autopalpação das mamas, de acordo com Gonzalez (2003), deve ser realizada mensalmente após a menstruação, pois, as mamas ficam flácidas, ou mesmo na primeira semana de cada mês para aquelas mulheres menopausadas.

A realização do auto-exame é dividida em duas etapas: inspeção e palpação. Quadros (1998) as descrevem da seguinte forma: na inspeção ou exame visual, a mulher deve ficar em frente ao espelho observando suas mamas, procurando anormalidades nos mamilos ou pregas na pele. Em seguida, deve-se juntar as mãos atrás da cabeça e empurre-as para a frente. Analisando possíveis mudanças na pele ou na forma das mamas, logo após, apertar as mãos firmemente contra os quadris e dobrar um pouco para frente, sempre em busca de alguma mudança.

Após esta etapa, inicia-se a palpação onde a mulher encontra-se em decúbito dorsal com uma pequena almofada embaixo das costas e com o braço deste mesmo lado debaixo da nuca, do lado oposto da mama a ser examinada. Em sequência, com os três dedos do meio da mão esquerda, examine a mama direita, firme e cuidadosamente, em toda a sua extensão. Começando pela parte externa, apertando a parte média e plana dos seus dedos contra a mama. Movendo-se em pequenos círculos de fora para dentro, até chegar ao mamilo. Observando a presença de massas ou inchaços que não se tenha notado antes, repetindo assim o procedimento com a outra mama. Em seguida, de pé, realizar o exame na sequência citada anteriormente, analisando as duas mamas(QUADROS, 1998).

Para Grube e Giuliano (2005) as principais características a serem detectadas durante a palpação mamária são: temperatura, textura e espessura da pele, algia a palpação focal ou generalizada, nodularidade, densidade, assimetria, massas dominantes e secreção papilar. Os autores descrevem ainda, características do câncer de mama, sendo este frequentemente uma massa firme (unilateral), indolor e com margens irregulares.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo permitiu verificar o desenvolvimento do câncer de mama, uma das neoplasias mais frequentes que atinge mulheres na pré e pós-menopausa, bem como sua repercussão frente ao tratamento e suas consequências psquícas/físicas, seja invasivo ou não.

Esta pesquisa procurou demonstrar formas de autocuidado e prevenção, que na sua maioria consiste em intervenções de enfermagem, abordando a ação educativa para a manutenção da saúde através de meios que objetivam esclarecer sobre o auto-exame da mama e sua importância.

Foi abordado sobre o AEM e sua vital representação em países de terceiro mundo, cuja atenção à saúde é deficiente, enfatizando o trabalho dos profissionais diante desta estratégia que auxilia na detecção precoce do câncer mamário.

Portanto, considera-se importante orientações necessárias acerca de conhecimentos relacionados ao corpo da mulher, neoplasia mamária e sobre à auto-palpação, promovendo saúde e prevenindo a morbidade – mortalidade.

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Autor: Aldean Maria de Alcântara Ribeiro


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