A Srtª de Macedo
Todavia ainda que este venha á morrer, deixa aqui seus herdeiros e que prometem vingar-se á morte de seu antescessor, mas vingar pode não ser a palavra correspondente ao ato, talvez seja honrar, pois ao amor não cabe a vingança, tanto que sempre volta-se á mim e perdoa-me por não lhe ter proferido as palavras que poderiam ter unido nossos destinos, diz-me ainda que "o tempo não pára", mas faz-se novo a cada momento e com este surge a nova oportunidade de pronunciar-se. Agora já conseguia refletir, e, em minhas reflexões eu era o rei e Ela a minha rainha, mas na realidade não sou ninguém -não tinha nem um vintém- e Ela continuava a ser uma rainha, agora sem o rei, pois eu na verdade sou um covarde, não domino a arte de ter coragem - os que á esta dominam, são grandes artistas-. Em minhas reflexões apenas aprendia a buscar o conhecimento do qual jamais desfrutarei, assim como os sentimentos impulsivos e impossíveis deste aflito e, agora, trêmulo coração, contudo elevo-te em meus pensamentos, pedindo apenas que devolva meu coração para que nele o Todo-poderoso possa introduzir o sentimento mais singelo de toda a eternidade e ele coaja minha covardia, e, torne-me forte para que só então consiga enfrentar-me e amar-te, tu que és formosa! Oh! Lindíssima Srtª de Macedo! Tu que conténs o olhar resplandecente que ilumina-me a face e dá-me um novo horizonte, o teu, tal que contém seu mais íntimo segredo, o segredo para a felicidade revelado á mim em cada tarde de março, assim como em todas as outras do ano, entretanto levo comigo a chave para a solidão, o contrito e amargo coração, fruto de um desenlace sofrido do destino e irmão da ingratidão, meu nome leva a má influência astral e o código hereditário perfeito para a imperfeição, contudo o sentimento que aqui existe é mais forte do que imaginei e não consigo pensar em um futuro sem ti, porém é inimaginável e impenssável vê-la sofrer por mim, vê-la morrer em meus braços, pois amo-te, mas não sei dizer, te quero e não sei tê-la, e, com toda esta ingratidão e inadequação do meu ser, apenas agradeço... agradeço por você existir.
Welber Simões de Souza
Autor: Welber Simões de Souza
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