Fugidia



 

Esta poesia que nasce em mim

brota

escapa

foge

passa


Essa poesia corre

percorre minha pele

penetra em meus músculos

dói em meus ossos

transpassa em meu ser


Essa poesia flui

verte de meu útero

arrepia-me

amolece-me

enternece


Essa poesia esvanece

vira pó

não consigo abstrair-lhe

antes de nascer

morre

desaparece

como miragem no deserto


A sensação das palavras

fica aqui

uma moleza entorpecente

dormitando

elas passam, eu estremeço

com a sensação

de êxtase e vazio

inspiração fugidia


Autor: Marcia Dalva Machinski


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