Ave Roma?!



Ave Roma?!
Roma antes de ser um Império foi Monarquia e Republica.

Por: Gaio Jhonatas Cruz e Sousa


          Muitas vezes quando refletimos sobre acontecimentos na Roma antiga temos a falsa idéia de que todos os acontecimentos foram dentre de um Império solido que deu origem a toda uma estrutura social, ledo engano!
          Houve em Roma um período monárquico, porém quem tinha o poder mesmo era o Senado, com limitações o rei tinha poderes de Militar e Sacerdote Máximo. Um ponto interessante sobre a monarquia vê-se com o domínio dos três últimos reis Etruscos, que se aproximaram demais da plebe atraindo sobre si a ira do Senado -Patrícios- que deitaram suas mãos sobre a coroa com furor, trazendo um novo regime a Roma – A Republica.
          Como na monarquia o Senado prevalece, só que agora com poderes religiosos, porém diferentemente do período monárquico os representantes do poder eram Cônsules eleitos pelos patrícios.
          Três instituições merecem destaque nesta Roma Republicana o Senado, o Magistrado e a Assembléia. No Senado eram aceitos (eleitos pelos patrícios) homens com mais de sessenta anos de idade, tinham cargos vitalícios e poderes digamos ... ILIMITADOS. Cabia ao Senado verdadeiramente declarar ou não guerra de forma oficial, quando em guerra que venciam cabia aos mesmos decidir que fim dar as terras conquistadas. Também gozavam do oficio de administrar os bens públicos e apoiar ou não as decisões dos Cônsules, além é claro como já foi dito tinham a autoridade para designar as construções dos templos e a organização dos sacerdotes, pois detinham poderes religiosos que outrora fora dos olvidados reis.
          O Magistrado eram homens encarregados de executar o poder e a autoridade do Senado, dentre os cargos vale lembrar os de Questor, Censor, Pretor, Cônsul e claro os Tribunos. Os Cônsules (no plural, pois esse cargo era sempre designado a dois homens) tinham a função de apresentar ao Senado propostas de leis, eram os administradores e os mesmos em caso de guerra iam à frente da batalha, enquanto o outro ficava em Roma. No caso de ambos estarem em guerra fora de Roma era escolhido um Ditador que tinha a responsabilidade de proteger a cidade governando com poderes absolutos, logo esse cargo era temporário, pois os romanos não gostavam da idéia de haver um soberano absoluto.
          Por ultimo, porém não menos importante existia a Assembléia onde pelo menos em tese o povo era ouvido, claro que não se deve ignorar o fato de tal movimento depois de muita luta alcançar algumas conquistas como o direito de voz direta no Senado através de um Tribuno (o Tribuno da Plebe), porém não nos deixemos enganar pois as instituições em si ainda eram dominadas por patrícios e não poucas vezes os direitos do povo eram logo esquecidos, no meio de tanto “conservadorismo” o Tribuno era facilmente comprado.
          Outro fator interessante eram as conquistas militares que ao contrario do que se pensa não atraem apenas benefícios, afinal quanto maior o poder maior a responsabilidade. Ao conquistar lugares longínquos, por exemplo, custava a Roma uma dura colonização, até formar uma milícia forte no próprio local o soldado romano ficava distante de seu lar, e uma forte insatisfação tomava o povo romano em longas guerras. Além disso, em tempos de conflito os impostos eram aumentavam e claro a plebe era quem mais sofria com isso, depois com os espólios de guerra vinham os escravos, o que causou uma crise na economia, pois a mão de obra barata (por vezes gratuita) desocupara de seus cargos muitos trabalhadores que inúmeras vezes não viam outra opção há não ser vender-se como escravo ou ainda os próprios filhos.
          Com a criação de um regime de escravidão a economia ficou dependente deste tipo de trabalho o que de certo também veio a causar dores de cabeça a republica a exemplo a revolta de Espartacos. Claro que nem só de dor é o parto com sua política expansionista Roma impunha duros impostos aos conquistados, e os espólios de guerra muitas vezes causaram a ascensão social de muitos soldados juntamente a isso a própria questão da terra que agora era de propriedade de Roma.
          É interessante notar que a escravidão e o expansionismo foram características mais da Republica que propriamente da monarquia. A verdade é que o ato Republicano foi mais um ato reacionário por parte dos patrícios descontentes com reis populares, que exatamente um desejo de transformação em questão da desigualdade. Atrevo-me a dizer que a plebe sentiu falta da monarquia, e lá vem o Império...

Fontes:
GIODAM, M.C. História de Roma – Antiguidade Clássica II. RJ: Vários, 1995 pg. 50-85
FINLEY, M.I. Aspectos da Antiguidade. SP: Martins Fontes, 1991 pg. 176-186
ARRUDA, F.F. História Antiga e Medieval. SP: Ática, 1989 pg. 203-204


Autor: Gaio Jhonatas Cruz e Sousa


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