Pela minha mãe



       Helena sempre teve em sua mãe seu porto seguro, não que seu pai não a servira, mas era com ela é que falava sobre suas inúmeras ideologias. Sua família era composta por cinco irmãos, mas, estes se foram perdidos com o tempo, os motivos são aqueles que se referem à jovialidade na qual a busca por um futuro está sempre presente.
      Pelo âmbito paterno o perdera cedo, devido uma restrição cardíaca que o impossibilitou cultivar o restante de sua vida, e foi a partir desse momento que começa a hipérbole de sua realidade onde pequenos atos tornam-se engrandecidos pela sua extrema compaixão.
      Dona Amélia sempre foi uma mãe rígida como o pilar em uma construção mas sensível semelhante ao perfume de um jasmim, ao enviuvar-se sua rigidez foi diminuindo baixando sua imunidade, até acabar dependendo de sua estimável Helena. Esta que na flor de seus vinte e dois anos viu-se espremida no paradigma de buscar seu futuro ou zelar por sua mãe, preferiu o amor materno, para os seus sustentos arrumou um serviço como faxineira em sua vizinha esta que muito perspicaz casada com um importante executivo dono de uma rede de abastecimento. O salário era compatível para suas necessidades, mas, ela tinha consciência que este estava roubando seu estigma de mulher. 
       Seu tempo era escasso e quando o tinha gostava de ir a um que outro baile de comunidade este popular no bairro onde morava, onde as bandinhas faziam grande sucesso. Foi em um desses que conheceu Juarez um fazendeiro importante da região com mais de seis dígitos em sua conta bancária, ela já o conhecia e ficava encantado com a elegância do fazendeiro. Juarez chegou a ela prometendo vida farta com boas regalias e grandiosos luxos, mas Helena recusou-se, pois acreditava que seu futuro estava ligado exclusivamente para prestar cuidados a sua mãe.      
      Demonstrando fidelidade a Dona Amélia ela não cogitava a possibilidade de retirar sua mãe de seu lar, pois respeitava seu pedido de viver seus últimos momentos no seu lar.
Foi passando-se o tempo, os namorados, e claro as oportunidades, foram se extinguindo, a moça virou mulher amadureceu e Dona Amélia já estava com oitenta e dois anos, quarenta  anos a mais que sua filha, esta começou a ter fama de solteirona e seu futuro estava totalmente reservado aos serviços a sua vizinha e a sua mãe.
     Foi quando sua vizinha descobriu uma exclamativa que deixou a mãe de Helena desgostosa, sua patroa descobriu que sua empregada a singela e doce faxineira era uma rapariga, e na qual estava relacionando-se com seu marido. O casamento acabou Helena foi mandada para fora aos pontapés e Dona Amélia ficou enferma vindo há falecer uma semana apos o ocorrido.
    Helena continuou encontrando-se com o executivo todos os sábados sua nova casa na qual trabalhara a roubava muito tempo, porém passou o resto de sua vida culpando-se de não ter buscado seu futuro, a filha na qual dava-se como exemplo cometeu um erro fatal traiu as pessoas pela qual tinham confiança nela, e sua mãe que dispunha de todo amor não conseguiu agüentar a dor em que a maçã envenenada estava composta sendo fatal para seu óbito.


Autor: Vinicius Conto


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