Competências X Demissões



No atual cenário organizacional, o enfoque principal está relacionado às competências que o profissional necessita obter. Neste momento muitas organizações encontraram-se obrigadas a fazer cortes de pessoal e viram-se diante do dilema: quem demitir? Identificou-se então que uma avaliação por competências pode ser de grande utilidade no momento da tomada de decisão sobre uma demissão, pois procura preservar os funcionários mais capacitados.
A fim de identificar a justificativa e o sentimento em relação à demissão os realizou-se uma pesquisa de campo com 690 pessoas em Curitiba e região metropolitana.
  Os dados demonstram que nos últimos 5 anos o índice de demissões foi de 33%, dos quais a maioria são do sexo feminino contabilizando 56% e 44% do sexo masculino.
 
Ao serem questionados a respeito do sentimento no momento da demissão, , 33% dos entrevistados relataram sentir raiva, o que muitas vezes é ocasionado pela falta de reconhecimento mediante ao trabalho prestado e ao tempo dedicado à empresa. Outros 29% revelaram sentimento de injustiça, e ainda 21% expressaram baixa autoestima. Apenas 8% dos entrevistados relataram ter sentido alívio em relação à demissão.
 A não consciência das empresas em relação às consequências causadas ao indivíduo demitido leva a um processo de demissão irresponsável. A falta de feedback no momento da demissão pode induzir o indivíduo a questionar sua capacidade profissional e consequentemente a ter problemas emocionais podendo levar a depressão e problemas físicos.
Conclui-se que as organizações procuram manter os profissionais mais qualificados, detentores de competências consideradas essenciais para agregar valores à empresa, afinal estamos vivenciando a era do profissional multifuncional em que quanto maior o conhecimento agregado, não só em sua área de atuação, mas de maneira holística, maior é o passo rumo a empregabilidade. Contudo, só o QI (quociente de inteligência) não é garantia de sucesso.
Neste contexto, quando a demissão for inevitável, o que deve entrar em jogo é o QE (Quociente emocional) de ambas as partes: empregador e empregado, uma vez que tal prática traz consigo a empatia e a capacidade de lidar com as dificuldades.  Bom senso e ética são indispensáveis. Vale o que diz o velho ditado: “Não faça ao outro aquilo que você não gostaria que fizessem com você”.
Autor: clauzeni Silva


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