NÓS, AS LUZES
O meu carro, de tanto vício
Já é o retrato do seu perfume,
A minha vida, os seus costumes.
Somos agora, sem medo
Em nosso delicado presente,
Um grande emaranhado
De pernas, beijos,
Ternas palavras, carícias,
Sem contar os infinitos abraços.
A sedução que me passam os seus olhos
É a marca fiel
Da sua ausente,
Porém, constante presença.
Somos dois seres perdidos
Na longa noite de inverno,
Sou a vida que tanto desejas
E és a mulher que eu mais quero.
Juntos somos tudo,
Separados somos nada,
Duas estrelas piradas
Em busca de luz
E luz
Somos nós,
Quando nus sobre os lençóis.
Autor: ANTÔNIO CARLOS MEDEIROS
Artigos Relacionados
Retrato De Adeus
Avis Rara
Como Ganhar Almas
Novos Tempos
A Dois
A Velha Casa De Flores
A Morte De Matilde