Importância do instinto e o inconsciente dentro da vontade, liberdade e amor.



Importância do instinto e o inconsciente dentro da vontade, liberdade e amor. 

Autor: Luciano Sá Ribeiro

 

Introdução:

 

Os instintos são visíveis quando são exercitados, ou seja, quando recebem um estimulo, eles nascem como uma reação natural a determinado acontecimento. Já inconsciente é uma espécie de comando escondida na parte mais escondida da nossa atividade mental.

Não estou querendo comparar um ser humano com um pato, mas vejamos o exemplo de um para melhor compreendermos: um pato nunca tendo pisado na água, mas ao entrar em contato com ela logo começa a nadar, neste caso aconteceu que o instinto se manifestou por resultado de um estimulo. O pato no caso do nosso exemplo precisar nadar, pois aquela situação traz risco e ameaça a sua sobrevivência.

Por conta disso penso em uma relação entre instinto e inconsciente, como já falamos o inconsciente está localizado em uma área da nossa consciência muito obscura e profunda, que de vezes em vezes se manifesta. Relacionado aos instintos creio que ele sendo estimulado, torna-se então uma manifestação do inconsciente, a meu ver os instintos são reações e informações armazenadas nas profundezas da nossa consciência, que em determinadas situações e necessidades é possível perceber sua presença nas ações e gestos do individuo.

Se olharmos de forma específica, ficaremos sabendo, ou melhor, perceberemos uma diferença. O inconsciente já é parte de nós desde o nascimento. Diferente dos instintos que raramente te se manifesta, sendo que algumas vezes venham a acontecer com certa maturidade, e claro sem esquecer que muitas vezes o instinto tende reter algumas manifestações do inconsciente para evitar um sofrimento futuro do individuo.

 

I - A importância dos instintos e o inconsciente

 

A consciência requer da pessoa um saber de. Esse saber de, é de se mesmo da sua capacidade de tomar iniciativas de inventar, transformar, buscar e decide. Todos esses pontos são marcantes para o ser humano, pois cada ação requer uma atividade consciente, ou seja, uma atividade da consciência.

Existem claro, três grandes pontos que se unem dentro da vida do ser humano para que possa tomar essas iniciativas, que conhecemos por vontade, liberdade e amor. O ser humano é único e indivisível não é possível dividi-lo só em vontade em liberdade  ou amor.

 

II - vontade

 

O homem além do apetite sensitivo é dotado também e especificamente de um apetite intelectivo. A este ultimo chamamos de vontade. Essa vontade pode ser influenciada muito bem pelos instintos e o inconsciente, sendo que se tratando deste apetite intelectivo, muitas vontades do homem ficam reprimidas e por isso de tempos em tempos aparecem, pois estavam guardadas. As vontades também precisam ser pautadas pela razão, ou seja, precisam passar por uma avaliação da consciência.

A vontade humana é dotada das seguintes propriedades. Humana: a vontade é do homem. Mundanidade: é constantemente voltada para o mundo. Volubilidade: não é concentrada constantemente sobre o mesmo objeto, mas muda e se dirige para o diverso com extrema facilidade. Alienação: a vontade descobre-se em querer coisas que não deveria querer. Conformismo: adapta-se facilmente ao que querem os outros, os espetáculos, a moda os costumes. Transcendência: quer também as coisas espirituais e por ultimo a liberdade que reivindica para se, todos esses elementos tem sua importância para a procura da verdadeira natureza da vontade do homem.

 

III - A liberdade

 

Ao falarmos da liberdades e da sua relação com os instintos e o inconsciente vamos lembrar de alguns elementos importantes. Na visão da antropologia filosófica a liberdade é vista com ausência de constrangimento, mas se pensarmos melhor poderemos distingue vários tipos de liberdade, que são: liberdade física, liberdade moral, liberdade psicológica, liberdade política e liberdade social.

Quando me refiro a minha capacidade de fazer alguma coisa, cumprir ou não um ação, estou usando minha liberdade psicológica, por que através das minhas capacidade eu decido ou não que ação quero realizar e como vou realizar, exerço total domínio no que vou fazer, sendo que os comandos sobre minhas ações é única e exclusivamente das minhas capacidades intelectivas.

Outras formas de liberdade como já citei anteriormente não estão isentas a interferência dos instintos e do inconsciente, pois não estão livres da pressão que vem do interior. Os instintos e o inconsciente fazem parte de um grande todo que é a consciência. A liberdade também é parte deste todo. Logo se existem no mesmo espaço (consciência), sofrerá sem duvidas interferências, às vezes direta ou indireta.

Ao pensar na liberdade é valido lembra de J. P Sartre, quando ele afirma que “o homem está condenado a ser livre”. Podemos observar que muito sendo em nossa história de vida somos chamados a fazer sempre escolhas querendo ou não, é absolutamente impossível não escolher, na sua liberdade o indivíduo é chamado a escolher. Se olharmos, os limites para a liberdade somente ela pode dar, mas se pensarmos na ação dos instintos e o inconsciente já citado anteriormente nos levará a pensar assim como o inconsciente nasce conosco, a liberdade também.

 A observa a juventude e seus impulsos, veremos o uso da liberdade de forma totalmente inconsciente e neste caso nem os instintos que muitas vezes vem para reter essa ação inconsciente, nada podem fazer. As ações não são pensadas, do jeito que surge na consciente é praticada e muitas vezes causam grande desastre.

Um instinto natural do homem é a liberdade, pois se um ser humano se ver preso ele irá lutar com todas as forças para se libertar e só mente dele, os animais irracionais também são assim.

 

IV - O amor

 

O amor é a ultimas destas três partes integrantes do homem. Ao longo dos tempos muitos pesadores estudaram e buscaram explicar essa dimensão que somente o ser humano pode possuir. A vontade de estudar essa de menção sempre foi conduzida pelo fascínio e a contemplação da sua ação na vida das pessoas e de como elas são transformadas por ele.

O amor tem sido trabalhado e renomeado. O cristianismo o chamou de ágape e outros como os gregos o chamou de eros, alguns pensadores vieram dizer que o amor seria a desgraça do homem, pois traria para eles a distração, ou seja, o distanciamento do que deveria ser realmente contemplado o conhecimento, mas não podemos limitar o amor ao eros, pois assim estaremos caindo num grande erro. Na visão cristã o amor é caridade e por isso que afirma que o próprio Deus ama.

Os instintos e o consciente e a relação com o amor, vejo que não é aceitável a visão de Freude que reduz o amor aos instintos, mas precisamos entender que o amor é entendido de muitas formas.

Portanto, há então a necessidade da consciência. O amor é um processo de alto conhecimento não é um engano pensar que para amar é preciso aprender a amar. Lembremos então da vontade e da liberdade. O amor tende a, e esse tender a, é guiado pela vontade e liberdade, pois para se ter vontade de amar é preciso ter, possui liberdade que é uma escolha quase nunca inconsciente, a momentos que alguns indivíduos são capazes de amar ou praticar o amor, às vezes é mais uma ação instintiva, mas quando se refere ao instinto não é amor está mais para as paixões pelo seu caráter mais desordenado e tão inconsciente.

Obra consultada :

MONDIN, Batista, 1929-

O homem: quem é ele ?: elementos de antropologia filosófica /

Batista Mondin; [traduziram R. Leal Ferreira e M. A. S Ferrari;

revisão de Danilo Morales]. – São Paulo: Edições Paulinas, 1980

pp. 324 (coleção filosofia; 1)


Autor: luciano Ribeiro


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