O PAPEL DO MARKETING NO PROCESSO DE DECISÃO



O PAPEL DO MARKETING NO PROCESSO DE DECISÃO

 

INTRODUÇÃO

 

O meio ambiente é uma temática presente em todos os setores da sociedade, tendo em vista a importância do mesmo para a nossa sobrevivência/permanência no planeta. E o marketing ambiental assume um papel fundamental no processo construção de políticas estratégias de conscientização, promoção/divulgação e implementação de práticas responsáveis e ambientalmente corretas, contribuindo para a construção de um meio ambiente saudável.

Para Fuhr & Alles, 2009, o Marketing Ambiental, comumente chamado de marketing verde “é uma verdadeira e ampla adoção de políticas ambientais que vão do início, desde a coleta da matéria-prima até sua disposição; é a compreensão gerencial ampla, dotada de métodos abrangentes e envolventes. Envolve a área de recursos humanos, ciência e tecnologia, educação, tudo enfim que estiver envolvido com a produção ou prestação de serviços. O marketing ambiental não se limita a promoção de produtos que tenham alguns atributos verdes (tais como recicláveis e produtos que não destruam a camada de ozônio).”

 

O MARKETING AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO

 

Percebemos através do autor citado acima, que o marketing ambiental vai além da divulgação de produtos ecologicamente corretos, já que é um processo que envolve toda a cadeia de produção.

Observamos ainda que a sociedade está mais consciente, preocupadas com o impacto das organizações na poluição do meio ambiente. Diante disso as empresas estão sendo obrigadas a implementarem o marketing ambiental como forma de preservar e colocar em prática ações de uma empresa responsavelmente social e ambientalmente correta, sob pena de perder mercado.

De acordo com Castro (1996 apud Fuhr & Alles, 2009), “cuidados ambientais significam hoje maior competitividade à empresa: seja para atrair os consumidores internos, mais e conscientes, seja para adequar às especificações de mercado com maiores exigências ambientais, tendo em vista as exportações.”

Dessa forma, entendemos a importância das empresas adotarem ou implantarem o marketing ambiental como forma de se manterem competitivas no mercado, já que essas devem atender às necessidades e desejos dos consumidores, e estes valorizam ou preferem empresas conscientes, que se preocupam com a preservação do meio ambiente e adotam práticas sustentáveis e ambientalmente corretas.

Segundo Dias (2007 apud Fuhr & Alles, 2009), falando sobre a importância do marketing ambiental, destaca os avanços deste na mudança de comportamentos e valores tanto de empresas quanto de pessoas quando ressalta que houve “o aumento de consumidores por produtos comestíveis orgânicos, produzidos sem a utilização de agrotóxicos; a legislação ambiental tem se tornado cada vez mais rigorosa; as empresas tem sido pressionadas cada vez mais para assumirem postura de responsabilidade social nos locais onde atuam e entre estas as posturas ambientalmente corretas são cada vez mais relevantes.”

Valério (2008), reforça a afirmação de Dias quando diz que “(...) No Brasil, a legislação ambiental está alterando significativamente a economia. Junte-se a isto o fato de que a parcela de consumidores verdes está se ampliando para constatar que não agir em conformidade com a lei e exigências de consumidores pode trazer prejuízos significativos ao bolso e à imagem de uma empresa ou entidade.”

Diante disso fica claro a necessidade das empresas aderirem a prática de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, bem como de divulgar essa postura e ações responsáveis socioambientais para que os consumidores conheçam e estabeleçam uma relação de parceiro na luta pela causa ambiental.

Ainda de acordo com Valério (2008), “muitos países já introduziram os ‘eco-selos’ ou ‘selos verdes', que garantem que os produtos foram produzidos dentro de padrões severos e restritos de ‘qualidade ecológica’ aprovados em nível nacional. Para usar o selo, a empresa submete-se a constantes supervisões e auditorias. Para os consumidores, os selos são uma referência importante na escolha e decisão de compra do produto, pois significam que a empresa está ecologicamente correta.”

 

CONCLUSÃO

 

O Marketing Ambiental, portanto proporciona um retorno econômico para a empresa, contrariando a visão ultrapassada de que impactariam em mais custos para a organização. Para Valério (2008) “ao empregar estratégias de marketing ambiental, a entidade pode aumentar sua credibilidade e legitimidade, definir sua personalidade, área de atuação e imagem, além de agregar valor à marca junto aos diversos compradores.”

A responsabilidade socioambiental se tornou um diferencial estratégico para empresas, garantindo a sobrevivência da empresa, bem como fator de crescimento/desenvolvimento da organização. Valério (2008) conclui que “o consumidor verde prefere e paga mais por produtos ecológicos, não adquire produtos com empacotamento excessivo, prefere produtos com embalagem reciclável e/ou retornável, evita comprar produtos com embalagens não biodegradáveis, observa os selos verdes, entre outros comportamentos incorporados.”

A gestão ambiental, assim como o marketing ambiental, deve assumir posição estratégica nas organizações, tendo em vista a importância da área tanto para a sociedade quanto para as organizações, já que as ações tomadas pelas empresas refletem no meio ambiente e consequentemente na vida de todos, sejam estes, os responsáveis ou não pelas medidas executadas. Diante disso, cabe a gestores e consumidores assumirem sua responsabilidade perante o meio ambiente, assumindo uma postura consciente, seja no processo produtivo ou na aquisição dos bens e serviços.

 

REFERÊNCIAS

 

FUHR, Heinrich & ALVES, Karine. Marketing Ambiental uma Ferramenta Estratégica. Disponível em: http://www.seifai.edu.br/artigos/karine-Heinrich-mkt_verde.pdf. Acesso em 26 de Setembro de 2009.

VALÉRIO, Adriana. Marketing Ambiental Agrega Valor ao Produto. Disponível em: http://www.marketing.com.br/index.php?option=com_content&view=article&

id=269:marketing-ambiental-agrega-valor-ao-produto-catid=39:ambiental&Itemid=86. Acesso em 26 de Setembro de 2009.


Autor: JOSE LOBO


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