O amor ao próximo



O amor ao próximo
Por: Ivani Medina

Hoje, sabemos que atitudes como a solidariedade, a caridade e a compaixão fazem um bem imenso àquele que as proporciona. Isso tem um significado elucidativo: esta delícia sentimental, que vai e volta multiplicada, não só tem a função de preservar a espécie, como também estimula indiretamente a procriação humana. Todavia, quando igualmente temos a certeza de que vivemos num planeta com uma superfície e recursos limitados, não devemos mais nos escorar na ingenuidade do passado só para manter as velhas tradições de pé.
Assim sendo, agora, o amor ao próximo pode ser compreendido de duas formas: uma interesseira e outra verdadeiramente altruísta. A primeira se refere ao que está fisicamente próximo, ou seja, aquele que comove com o seu sofrimento, e pode, ao menos, lançar um olhar de gratidão ao benfeitor. A segunda se refere ao que ainda não conheceu a aventura da vida e está no porvir, do qual não se pode esperar nada no sentido pessoal. Este é o próximo no sentido da reposição ou da continuação da espécie.
Mais do que nunca o futuro da Humanidade depende da grandeza de pensamento. Depende do amor por alguém que não tem rosto, por alguém que não existe. Mesmo assim não se pode dizer que se trata de alguém abstrato. É alguém tão real quanto você e eu. O problema é que essa realidade não existia e não aprendemos a amar desse jeito. Esse é um desafio particular do nosso tempo e as conhecidas formas de amor não poderão aceitá-lo, e nós não poderemos recusá-lo. Não ficaria bem.

Autor: Ivani de Araujo Medina


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