ESPIRITISMO E ALCOOLISMO
Embora há quase 60 anos, a Organização Mundial da Saúde, tenha admitido o alcoolismo como uma doença, nos dias atuais ainda é bastante comum o consumo do álcool e todos os seus similares, por diversas pessoas.
Revestido por exuberantes rótulos e sofisticadas garrafas, tão bem apresentadas pelo meio publicitário, o álcool é presença certa nas reuniões sociais, atingindo gradativamente a saúde humana.
No que se refere à sua absorção, apenas uma pequena parcela da absorção é realizada pelo estômago, sendo a maior parte no intestino delgado. O álcool passa pelo fígado e atinge a corrente sangüínea, culminando o seu efeito máximo por volta de uma hora após a ingestão. Os rins e os pulmões eliminam apenas 10% do álcool ingerido e os restantes 90% são lentamente oxidados pelo organismo.
O excesso de álcool gera a carência de vitaminas, ocasionando diversas doenças. Estatísticas demonstram que quando a taxa de álcool no sangue atinge por volta de 5% a pessoa fica mais propensa a provocar acidentes no transito, no trabalho e no lar; ja com cerca de 15 % atinge o estagio do chamado "bêbado alegre" onde a inibição e a timidez reduzem; por volta de 20% surge a chamada "valentia" que por vezes acaba em brigas e desentendimentos por vezes de dificil reconciliacao. Por volta de 30 % não se sustenta mais em pé. 40% torna-se inconsciente e com 50 % perde a vida!
Perda de memória, epilepsia, depressão, angina, ulceras, hemorróidas, cirrose, impotência, pancreatite, gota, nefrite, hipertensão, anemia sao apenas alguns exemplos de danos que o consumo de bebidas alcoólicas pode causar à saude humana.
Apesar de muitas pessoas terem conhecimento total ou parcial desses males potenciais, vinculados ao consumo da bebida alcoólica, assim como ocorre com outros vícios, quase sempre o viciado procura adiar decisão e volta a beber.
Em se tratando de alcoolismo, portanto, não há meio termo.
Admitir o aspecto patológico do problema, no qual o indivíduo, não é apenas "bebe porque gosta" ou porque "pode parar de beber quando quiser"; fazendo-o aceitar, voluntariamente, o tratamento médico adequado ao seu caso; fazendo-o conscientizar-se de que o álcool é um inimigo devastador e escravizador.
O espiritismo a nada proibe. Na visão espírita, somente a conscientização, por meio do autoconhecimento e do entendimento das razões que explicam a compulsão do indivíduo ao consumo da bebida alcoólica, aliada à real vontade de mudar pode trazer resultados efetivos.
Partindo-se da premissa de que somos espíritos em busca da evolução, há diversas tentações colocadas a sua frente por uma sociedade ainda atrasada, pela qual somos todos responsáveis. O homem nunca está só, física ou espiritualmente; fixado no vício, terá permanente companhia de encarnados e desencarnados sintonizados com ele. Nesse caso, mesmo quando não esteja propenso a beber, o alcoólatra será a isso levado, por "amigos de bar" ou, o que e pior, por espíritos infelizes, que fazem dele seu instrumento de satisfação ao vicio.
Desta forma, além do tratamento medico e psicológico, ênfase devera ser dada a reforma moral do indivíduo.
Cada tendência negativa superada - entre as quais o alcoolismo - representa mais um degrau alcançado na escada do progresso espiritual.
A reencarnação, calcada na Justiça Divina, pressupoe a idéia racional do homem evoluir a cada nova experiência, não assumindo portanto mais débitos para resgate nas próximas existências e nem criando mais dificuldades para suas futuras existências.
Pense nisso.
Autor: SILNEY DE SOUZA
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