Desenvolvimento de Projetos e Renovação da Prática Pedagógica



Autoria: VEIGA, Jucilene Catarina da Veiga*

                                                                      CAMPOS, Loracil Cezarino*

                                                                      MAGALHÃES, Loramil M. de Campos*

 

Introdução

Quando falamos em educação, independente de onde esta ocorra ou sob quais condições, é necessário pensarmos que nossa intenção é educar e, educar seres humanos. O que isto significa? Significa que estamos “dialogando” com seres que pensam, sentem, fazem e são; seres que já pensavam antes de entrarem na escola ou no espaço para o qual foram para aprender. Torna-se um desafio para os formadores transformarem a ação de ensinar em uma ação de aprender, em criação de possibilidades para a construção do conhecimento, abandonando a transferência deste para os alunos. É preciso que desde o início do processo de formação, vá ficando cada vez mais claro que, “embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado”. Ou seja, todos são aprendizes no processo, enquanto aprendemos também ensinamos e enquanto ensinamos também aprendemos, apesar das diferenças entre alunos e professores, nenhum se reduz à condição de objeto, um do outro. Surge, então, a necessidade de novas maneiras de se pensar em educação, respeitando os alunos como ser em seus estilos de aprendizagem e em seu eu, mas para isso é importante que o educador conheça a si mesmo e descubra seus próprio modo de aprender para que possa compreender e respeitar verdadeiramente os seus alunos.

A escola deve construir seu Plano Pedagógico Escolar coletivamente e dentro das diretrizes de uma Educação para a cidadania, para a criatividade, para a vivência da democracia e da liberdade. Que nele os jovens possam encontrar o caminho da construção de uma sociedade mais justa e digna de ser vivida por todos os brasileiros. Sendo assim, acredita-se que uma das estratégias rica para construir essa escola esteja na adoção de uma metodologia de Educação por projetos. Porque os projetos permitem articular as disciplinas, buscam analisar os problemas sociais e existenciais e contribuir para a sua solução por meio da prática concreta dos alunos e da comunidade escolar. Quando me referir a projetos, não estarei falando do Projeto Pedagógico escolar, mas de uma metodologia que tem características muito especiais. A educação escolar tem sido uma das grandes mentoras da criação de desafios para a juventude. Desafios que signifiquem oportunidades para a apreensão do belo e da harmonia. Desafios que os ajudem a dar significado a suas vidas, a construírem projetos de futuro dignos. Sabe-se que é preciso fazer mais, muito mais para que se possa garantir compromissos verdadeiros com a construção desse porvir. Sabe-se que, se fracassar nesse ambicioso projeto, a Educação fará ruir muito mais que os seus estatutos. Assim, para que possamos encaminhar melhor esta questão é necessário entendermos que escola é esta que queremos e como se pode interferir em suas propostas.

Desenvolvimento de Projetos

O trabalho através de projetos permite uma aprendizagem por meio da participação ativa dos educandos, vivenciando as situações-problema, refletindo sobre elas e tomando atitudes diante dos fatos. E que ao educador compete resgatar as experiências do educando, auxiliá-lo na identificação de problemas, nas reflexões sobre eles e na concretização dessas reflexões em ações.

Para implantar a metodologia de projetos em uma escola deve-se ter clareza sobre as mudanças que vão ocorrer e sobre como deve ser um projeto, pois em toda a Unidade Escolar é necessária a mudança na metodologia de trabalho que irá afetar todos os envolvidos no processo. As mudanças assustam, mas se fazem extremamente necessárias no âmbito do trabalho pessoal e coletivo. E ainda cabe a cada escola organizar seus modelos metodológicos para colocar em ação os levantamentos já feitos e analisados, e criar seus próprios caminhos.

Quando se fala de aprendizagem por projetos surge logo a inquietação sobre o currículo, grade curricular de conteúdos, porém, se o educador souber integrar os momentos de transmissão de informações às atividades que buscam estimular a busca de soluções lógicas, que possam ser utilizadas no dia-a-dia, esta aprendizagem será eficaz e significativa. Logo, os currículos precisam ser adequados à realidade de cada escola, em seu conjunto, e em sala de aula, a cada aluno. O currículo escolar deve prestigiar a construção do conhecimento de forma global e não o trabalho linear dos conteúdos.

Os temas gerais dos projetos, seus conteúdos específicos e a maneira como eles são desenvolvidos não devem ser propostos apenas pelo educador ou por pessoas que não estejam diretamente envolvidas no trabalho. Trata-se de uma ação coletiva envolvendo educador, educando, instituição e comunidade. A escolha dos temas e dos conteúdos específicos a serem trabalhados é de responsabilidade de todos e deve ser pensada de forma a contemplar a realidade do educando, a sua cultura e remeter a uma reflexão sobre Cidadania, gerando ações possíveis de serem viabilizadas. Um Projeto deve nascer de curiosidades ou temas que interessem a um grupo de estudantes que necessitam de informações diversificadas. Estes temas, em função da sua abrangência e quantidade de dados que geram, levam os estudantes a estabelecer relações entre informações de diferentes áreas, favorecendo a interdisciplinaridade. Um projeto deve surgir de uma problemática. A aprendizagem por Resolução de Problemas possibilita um melhor atendimento às exigências, às necessidades e às expectativas diferenciadas de cada escola e de cada aluno. Para o desenvolvimento integral do aluno faz-se necessário criar um ambiente desafiador e aberto a questionamentos, que instigue a curiosidade, mobilize seus conhecimentos, mostre suas lacunas e os estimule a eliminá-las, possibilitando a reflexão e compreensão para julgamento crítico e articulado próprio de um cidadão consciente, autônomo e transformador. Assim, um projeto visando o aprender vai ser gerado pelos conflitos relacionados ao conhecimento particular do aluno. E é a partir de seu conhecimento prévio, que o aprendiz vai se movimentar, interagir com o desconhecido, ou com novas situações, para se apropriar do conhecimento.

Num projeto, a quem pertence as dúvidas que vão gerar o projeto? Quem está interessado em buscar respostas? Deve ser o próprio estudante, enquanto está em atividade num determinado contexto, em seu ambiente de vida, ou numa situação enriquecida por desafios.

Mas a escola, ou o professor pode permitir aos alunos escolherem o tema, a questão que vai gerar o desenvolvimento de um projeto? É fundamental que a questão a ser pesquisada parta da curiosidade, das dúvidas, das indagações dos alunos, e não imposta pelo professor, ou escola. Isto porque a motivação é intrínseca e é própria do indivíduo. A inversão de papéis pode ser muito significativa. Quando o aprendiz é desafiado a questionar, quando ele se perturba e necessita pensar para expressar suas dúvidas, quando lhe é permitido formular questões que tenham significação para ele, que surgem de sua história de vida, de seus interesses, seus valores e condições pessoais, então ele passa a desenvolver competências para formular e equacionar problemas. Quem consegue formular com clareza um problema, a ser resolvido, começa a aprender a definir as direções de sua atividade. Os professores e alunos são instigados a pesquisarem, a buscarem respostas. E o conhecimento é construído por meio da cooperação, ou seja, um interagindo com o outro. Todas as informações trazidas devem ser analisadas criteriosamente, buscando significados de acordo com o proposto inicialmente. O trabalho em grupo faz com que os alunos se centrem mais nos assuntos. Uma vez que é lançado um problema, o mais interessante é quando ocorre divergência de opinião. Questionar para provocar discussões, reflexões, análises e críticas passa a ser entendido, também, como essencial para preparar o que chamamos de cidadão. Na aprendizagem, se há o incentivo da curiosidade, da vontade de aprender, o grupo age ativamente, o conhecimento é adquirido-construído, o professor é o orientador e o aluno é agente do processo. Os alunos aprendem buscando soluções, fazendo levantamentos, questionando e aplicando o que aprendem. Sendo assim, somente a posição crítica do aluno aliada a um processo de investigação também crítico permite ir além da impressão imediata da realidade e construir, no pensamento, o conhecimento concreto e significativo.

No desenvolvimento de projetos é importante trabalhar em parceria com os alunos na construção cooperativa do conhecimento, promovendo-lhes a fala e o questionamento e considerando o conhecimento sobre suas realidades e experiências, para construir um saber significativo e criar condições que lhes proporcionem uma abertura para novas situações; a liberdade de escolha quanto às direções a seguir; o resgate de valores e a conquista do seu espaço na sociedade; a descoberta do estilo individual de vencer obstáculos; a elevação de sua auto-estima.

É importante criar espaço para que os aprendizes possam ter autonomia para desenvolver suas aprendizagens, colaborando entre si, com respeito mútuo, com liberdade e com responsabilidade, promovendo a troca de experiências entre eles. Criar oportunidades para que possam avaliar periodicamente seus próprios comportamentos no grupo e na sociedade em que estão inseridos, através de rodas de conversas e trabalho em equipe na busca e seleção das informações e solução dos problemas. A interação entre os participantes é um ponto de importância relevante para o desenvolvimento de uma dinâmica de trabalho na qual as ações dos aprendizes possam ser desenvolvidas com autonomia e com a consciência de que estão assumindo um compromisso de colaborar com o processo de aprendizagem de seus parceiros.

Durante todo o desenvolvimento das atividades devem ser observados a capacidade de analisar e depurar as informações obtidas no processo de reconstrução da aprendizagem e o trabalho de parceria entre os interagentes.

Através das experiências que tivemos durante a realização de projetos nas Escolas pudemos constatar que nossos alunos aprenderam muito com aquilo que eles puderam pesquisar e experimentar usando seus próprios meios e iniciativa. Assim sendo, no decorrer dos trabalhos é necessário criar oportunidades para que os alunos desenvolvam suas potencialidades. É importante levar em conta a motivação, as necessidades e os interesses dos alunos. Isto talvez seja mais importante que qualquer outra razão para que os educandos se liguem a uma atividade. É pela curiosidade e pelo desejo de saber mais que eles são motivados e preparados para terem iniciativa e confiança na sua capacidade de construir uma idéia própria sobre um assunto, assim como exprimir seu pensamento com convicção e consciência.

Ao desenvolver um projeto, é importante envolver os educandos desde como participante desde a elaboração, de forma que possam ser co-responsáveis pelo sucesso ou fracasso do projeto. E também é importante que seja dado abertura aos aprendizes para escolherem os temas e as atividades que mais lhe interessam no momento. E o uso dos recursos tecnológicos deve acontecer de forma realmente pedagógica, servindo como instrumentos de criação, reflexão e experimentação, criando espaço para que os aprendizes possam ter autonomia para desenvolver suas aprendizagens, colaborando entre si, desenvolvendo o respeito mútuo, com liberdade e com responsabilidade, promovendo a troca de experiências entre eles.

Mesmo procurando envolver os alunos em todas as etapas do projeto, decidindo juntos as tarefas de cada uma das partes que vão atuar na parceria, no decorrer do trabalho, nem todos os parceiros assumem verdadeiramente o seu papel. E isto acontece porque às vezes não se leva em conta que trabalhar com parceiros significa considerá-los também como sujeitos de aprendizagem, ao mesmo tempo em que são parceiros e alunos. É preciso que se trabalhe lado a lado, juntos, no levantamento das questões que podem ser trabalhadas e que são também de seus interesses. É preciso abertura e humildade de todas as partes envolvidas de forma que as atividades ocorram de forma que todos participem e pensem em conjunto. Quando se consegue que os aprendizes vejam o projeto como algo de bom, prazeroso, estes se comprometem com os acontecimentos e cada um faz a sua parte sem a necessidade de cobranças, fazendo porque querem fazer, porém, caso contrário começam a ver tudo como mais uma tarefa que dá muito trabalho e que nada tem a ver com suas necessidades.

As Tecnologias da Informação e Comunicação e o Desenvolvimento de projetos

Dentro da relação aluno/computador, é importante propor sugestões para o trabalho pedagógico que torne possível oferecer ao aluno novas oportunidades de aprendizagem, através de um ambiente alternativo, que favoreça o desenvolvimento cognitivo do aluno pela adoção de metodologia mais voltada para a aprendizagem pela pesquisa, discussão e apresentação de proposta e soluções para os problemas. As notícias, as novidades do planeta estão expostas a todo momento a quem quiser assistir a uma televisão, por exemplo. Todavia, muitas vezes, a instituição educacional faz mau uso dessas ferramentas educacionais. Pouco explora, por exemplo, o potencial informativo e a qualificação atrativa da televisão como veículo da cultura imagística. A Tecnologias são um campo muito grande e muito rico que pode ser amplamente aproveitada para fins pedagógicos. Pode ser utilizada como instrumento de comunicação, de pesquisa, de produção de conhecimento. Através da informática pode-se renovar a forma como a pesquisa vem sendo efetuada nas escolas. Passa-se assim, a ter na escola, um ambiente rico de informações, de assuntos históricos e atuais, com capacidade de atender ao anseio natural que todo ser humano possui de buscar o novo.

O educando traz consigo uma história de vida, modos de viver e experiências culturais que devem ser valorizados no seu processo de desenvolvimento. Essa valorização se dá a partir do momento em que ele tem a oportunidade de decidir, opinar, debater, construir sua autonomia e seu comprometimento com o social e na busca do pleno exercício de sua cidadania. Daí a importância de sua participação no desenvolvimento do Projeto desde o seu início. Simultaneamente a essa preocupação com a escolha do tema, deve-se lembrar que existem conteúdos específicos de informática que podem ser desenvolvidos paralelamente aos temas e que são necessários para o processo de formação.

O planejamento do projeto deve prever que conteúdos específicos de informática serão trabalhados ao longo do processo de formação. À medida em que esses vão se tornando necessários, os conceitos dos conteúdos específicos de informática serão trabalhados incorporados ao Projeto em andamento. Por exemplo: um grupo desenvolve um Projeto de Trabalho sobre o lixo e detecta a necessidade de construir uma tabela para fazer um levantamento da quantidade de lixo produzida durante um mês por uma determinada família. Se esse grupo não souber usar a ferramenta computacional para construir uma tabela, esse é o momento de fazer uma pausa no Projeto de Trabalho e realizar um módulo de aprendizagem cujo conteúdo será a elaboração de tabelas usando a ferramenta computacional.

Nesse novo ambiente, o aluno pode ser o dono de seu tempo, construtor de sua aprendizagem, e o professor exerce o papel de "ponte", orientando a busca das informações desejadas pelos seus alunos. Tem-se que partir para uma educação mais voltada a responder e a atender as dúvidas e os anseios do educando, atendendo aos objetivos voltados à formação de cidadãos reflexivos, conhecedores de seu potencial, de seus limites e respeitadores das normas que regem o coletivo, o social.

Em todos os momentos da Educação há o contraste entre o tradicional e o novo, e, a presença das novas tecnologias, então, foi causadora de grandes transformações. O papel que a Internet tem desempenhado no processo educacional é contagiante e tem proporcionado a todos nós um conhecimento de forma cooperativa, que faz com que nos integremos ao meio e ao mundo. Através da Internet, estudantes e educadores podem buscar colaboração de outros grupos de estudantes e educadores, especialistas, comunidade, enfim, daqueles que poderiam ser parceiros na coleta de dados, na sua organização e análise. A Internet permite trocas de experiências que facilitem constantes análises e combinações de como o projeto pode se desenvolver além de ser uma ferramenta atrativa ao estudante, pois é interessante a navegação em suas páginas hipertextuais, a descoberta de novos endereços, novos sites. A Internet também propicia a possibilidade de comunicação com colegas, pessoas desconhecidas, que tanto podem estar próximos como nas maiores distâncias geográficas, as quais já não se constituem mais em um problema para a comunicação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Considerações Finais

Quando se trabalha com projetos, usando o computador para representar o conhecimento em construção, tem-se um novo potencial devido à possibilidade de poder registrar e acompanhar todo o processo de desenvolvimento. A qualquer momento esse processo pode ser revisto, reelaborado, estudado, modificado. Com isso o professor tem maiores evidências sobre o desenvolvimento do aluno, suas dificuldades e descobertas, podendo intervir para favorecer maior aprendizagem, fornecer informações significativas para o trabalho em execução, questionar o aluno de modo a desestabilizar as certezas inadequadas, propor desafios etc.

Nesse novo ambiente, o aluno pode ser o dono de seu tempo, construtor de sua aprendizagem, e o professor exerce o papel de "ponte", orientando a

busca das informações desejadas pelos seus alunos. O estudo auxiliado pelas tecnologias não é somente dirigido pelo professor nem centrado no ensino, pois a pesquisa ocupa o centro deste. O professor terá como preocupação lançar os desafios e não há uma diminuição do seu papel, mas um deslocamento, o professor não é mais o detentor do saber, mas um facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do sujeito. A sala de aula passa assim, a um espaço de maior prazer, pois a multimídia interativa favorece uma atividade exploratória e lúdica. O conteúdo não é esvaziado de significado como geralmente ocorre na imposição do conhecimento sistematizado.

Este modo de trabalhar incentivariam as análises e redimensionamentos dos projetos e dados coletados pelos parceiros, o que garantiria a participação de todos como sujeito ativo. Hoje em dia a sociedade está voltada para as novas competências e interage com os novos objetos. Cabem a nós professores procurarmos a melhor maneira de compreendê-las, dominá-las e aplicá-las. Nós não podemos nos negar a aprender nunca, pois só assim cresceremos e aprenderemos o verdadeiro sentido da vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

Bibliografia:

ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de. Desafios à educação: o trabalho com projetos. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. 1ª ed. – São Paulo: PROEM, 2002. in memeo 2003

ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de; PRADO, Maria Elisabeth B. Brito. Criando situações de aprendizagem colaborativa. In memeo 2003

ARAÚJO, Lúcia Maria Carvalho de. Relatório Individual do Projeto. Fórum da Equipe 1. Curso de Especialização em Telemática na Educação: Sala de Projetos..

GANDIN, Adriana Beatriz. Metodologia de projetos na sala de aula: Relato de uma experiência. São Paulo: Edições Loyola, 2001. in memeo 2003

Salto para o Futuro: TV e informática na Educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, SEED, 1998.

MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e o reencantamento do mundo. Revista Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro, vol. 23, no.126, set. / out. 1995.

 


Autor: Loracil Cezarino de Campos


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