O Reino encantado por Cristo implantado por atos proféticos?



Ez 6.2-9: Gosto de ver quando a Igreja local luta pelo domínio da cidade e demarcação territorial. Gosto ainda mais quando o faz do modo certo, assim como Deus instruiu a Ezequiel: "Montes de Israel, ouvi a palavra do SENHOR Deus... (v.3)".

Ezequiel foi orientado sobre o modo como deveria lutar, mas não colocou na boca de Deus o que desejaria que Ele falasse. O tratamento pessoal é facilmente detectável por todo o capítulo ("Então, se lembrarão de mim os que dentre vós escaparem entre as nações".). "(v 11) Bate as palmas, bate com o pé e dizeo".

Isto elimina a possibilidade de Ezequiel dirigir o seu discurso a auditórios compostos de seres sem alma: Os montes. Ora, montes não se movem, não batem palmas e pés, não falam, não escapam, não se lembram e não voltam.

Os montes ilustravam princípios que Ezequiel tentava transmitir ao povo, que neles praticava abominações. "(v 6) ...os altos ficarão desolados, para que os vossos altares sejam destruídos e arruinados".

Positivamente, não era para os montes que Ezequiel profetizava, nem foram eles as vítimas das suas imprecações, mas sim os que construíam neles outeiros e postes ídolos, onde sacrificavam a Baal. Não houve, por parte dos montes nem das suas árvores, qualquer tipo de participação voluntária.

A influência demoníaca ocorre no nosso coração e não na seiva das árvores ou nas fendas das pedras. A contaminação veio de Adão para a Terra, e não da terra para Adão. Quem, portanto, precisa de exortação somos nós e não a natureza. A terra vai de carona na redenção final dos filhos de Deus.

Estando no Areópago, Paulo liberou o poder de Deus, quando se imiscuiu e pregar a Palavra. Usou como material ilustrativo o altar ao Deus Desconhecido. Ele não desceu de paraquedas ou de uma aeronave onde embarcou de volta e desapareceu logo que proferiu palavras de julgamento.

Alegar que este tipo de ação libera o poder de Deus é muita pretensão. O que dizer dos que ficam e se imiscuem na cultura, como fez Ezequiel, dão a sua cara a tapa, profetizam, confrontam e sofrem as consequências? Em uma cidade não existe autoridade maior do que a Igreja Local. Ninguém tem o direito de ultrapassar esta hierarquia espiritual. Como única representante de Deus na cidade, cabe à Igreja local, confrontar e proclamar publicamente o juízo e a bênção. Se não o fizer, murchará e prestará contas pelo seu silêncio.

Quem não foi enviado por uma parcela representativa da cidade de origem, nem convidado por parcela igualmente representativa da Igreja que está na cidade de destino, não possui representatividade espiritual. Na sua soberba profetizou.

Instalados confortavelmente em escritório climatizado, garimpamos no noticiário, um mínimo sinal de nossa passagem pelo local com o qual não possuímos vínculo e ainda dizemos: - Ah, se não fosse eu!!!

Diante do Tribunal de Cristo, teremos de explicar, para quem realmente conta, os nossos verdadeiros motivos. Você tem o direito de julgar esta pessoa? Não? Nem eu, mas, com base na Palavra de Deus, perguntar podemos.

 

Ubirajara Crespo

Editora naós - www.editoranaos.com.br


Autor: Editora Naós Naós


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