Ensino de História através dos livros didáticos



Ensino de História através dos livros didáticos.
Leiva Cristina Severino Botelho 1   (autor)   [email protected]
Ana Paula Ribeiro Freitas 2   (autor)   [email protected]
Gilberto José Amorim 3   (autor)   [email protected]
Maro Lara Martins 4   (autor)   [email protected]
Rafael Cerqueira do Nascimento 5   (autor)   [email protected]
Paula Arantes Botelho Briglia Habib 6   (orientador)   [email protected]
1. Departamento de Artes e Humanidades, Universidsde Federal de Viçosa - UFV.
2. Departamento de Artes e Humanidades, Universidsde Federal de Viçosa - UFV.
3. Departamento de Artes e Humanidades, Universidsde Federal de Viçosa - UFV.
4. Departamento de Artes e Humanidades, Universidsde Federal de Viçosa - UFV.
5. Departamento de Artes e Humanidades, Universidsde Federal de Viçosa - UFV.
6. Departamento de Artes e Humanidades, Universidsde Federal de Viçosa - UFV.
INTRODUÇÃO:
A escolha do livro didático a ser utilizado pelo professor e por seus alunos é de extrema importância para os objetivos do ensino da história nas escolas. Uma análise acerca dos programas e currículos escolares e seu reflexo no ensino da história ao longo do século XX, assim como uma abordagem acerca de certos aspectos presentes nos livros didáticos, podem evidenciar a presença, nestes últimos, de características que servem para legitimar e/ou consolidar determinadas realidades sociais, e ainda a de demonstrar a presença de certas concepções de história.
O presente trabalho tem um duplo objetivo: na primeira parte, demonstrar a análise de diferentes autores que abordam a relação da disciplina da História com as ideologias do Estado e dos grupos dominantes, que acarreta conseqüências para seu ensino, e, conseqüentemente, para os livros didáticos. A segunda parte, tem por finalidade analisar a maneira como é tratada a história do Brasil por diferentes livros didáticos, de diferentes épocas e perspectivas. Abordagens, que por sua vez, evidenciam concepções de história também diferentes.
As obras selecionadas foram: Compêndio de História do Brasil, 1920, de Mario da Veiga Cabral, História Contemporânea e História do Brasil, 1958, de Haddock Lobo; História da Sociedade Brasileira, 1979, obra em conjunto por Francisco Alves, Lúcia Carpi Ramalho e Marcos Venício T. Ribeiro; e por último, História e consciência do Brasil, 1994, de Gilberto Cotrim.
METODOLOGIA:
A partir das reflexões sobre o ensino de História e o uso dos livros didáticos nesse processo de ensino-aprendizagem da história enquanto disciplina escolar, procuramos fazer uma análise de determinados livros didáticos, suas diferentes abordagens e suas limitações enquanto instrumento privilegiado no ensino de História.
A história presente nos livros didáticos é aqui observada a partir da forma na qual são tratados diversos temas período histórico republicano brasileiro, em diferentes livros didáticos de épocas também diferenciadas, que por sua vez, evidenciam a relação da obra com determinadas perspectivas historiográficas, que refletem, por conseguinte, a concepção de história de seus respectivos autores. De forma comparativa, procuramos, ainda, evidenciar as mudanças e/ou permanências de características presentes nos mesmos.
RESULTADOS:
Os livros didáticos vinculados aos programas oficiais não se renovam e mesmo que adotem concepções de novas correntes historiográficas persistem na mesma preocupação e periodização tradicional. A concepção de História e a seleção do que deve ser ensinado foi mantido nos livros didáticos, passando a idéia de que existe uma história “correta” que deve ser mantida na formação do estudante.
Outro ponto observado, diz respeito a íntima relação dos programas estatais nos livros didáticos. O que demonstra a presença nos livros didáticos de uma ideologia vinculada aos interesses do Estado. Pois, a educação brasileira, ou melhor, as propostas educacionais estão intimamente relacionadas com o contexto histórico do qual fazem parte. A fundamentação de projetos políticos e culturais implica em um arranjo de poder na estrutura e funcionamento do sistema educacional. Neste sentido, o ensino de história no Brasil aparece permeado pelo contexto histórico, e mais, interligado a uma ideologia.
CONCLUSÕES:
No final dos anos 70 e início dos 80, o movimento de ampliação das pesquisas históricas e do repensar e do ensino é acompanhado por um processo de mudanças nas relações entre o conjunto do indústria cultural e as instituições educacionais produtoras do conhecimento.
Essa renovação não contou apenas com a incorporação da nova abordagem sugerida pela Nova História: “novos problemas”, “novas abordagens”, “novos objetos”, pois para isso se tornar possível, as próprias editoras reorganizaram o processo de trabalho, consolidando-se como verdadeiras industrias.
Apesar das inovações, o que acabou prevalecendo como currículo de história foi esse conteúdo consensual dos livros didáticos, complementado pelos paradidáticos. e na medida em que as editoras paulistas tem praticamente o monopólio de todo o país, não é exagero supor que tal concepção única da história no livro didático tenha alcançado abrangência nacional.
No processo ensino-aprendizagem, notamos a reprodução de ideologias através da utilização dos livros didáticos pelos professores. O livro didático tem assumido a função de informar o professor que tem uma formação precária e que, devido às condições de trabalho que enfrenta, não se abre para outros tipos de recurso. Assim, o livro didático é tido por professores e alunos como única fonte digna de confiança e verdade.
Palavras-chave:  livro - didático; ensino de história; ideologia.

Autor: Maro Lara Martins


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