EDUCAÇÃO EM NOVOS TEMPOS OU NOVOS TEMPOS DE EDUCAÇÃO?
Neste
artigo resolvemos comentar um pouco sobre como anda a educação brasileira, qual
a qualidade que se encontra e quais as nossas expectativas para os próximos
anos. Prestando bem atenção no que se passa em nossas escolas, independente do
lugar em que se encontra, podemos perceber que o processo educativo no Brasil
vem sendo repetitivo por um longo tempo, desde que foi inserido como
obrigatório
Percebemos
que são muitos os problemas que permeiam o processo educacional brasileiro, mas
também são muitas as pessoas preocupadas em solucionar esses problemas.
Contudo, há de se ressaltar que mesmo todos tendo o mesmo objetivo, os
trabalhos realizados são fragmentados e isolados, o que não resulta em uma
resposta positiva quanto à solução dos problemas educacionais.
Há
muita teoria em relação ao que se deve fazer para melhorar a qualidade da
educação brasileira: projetos emergentes; melhora na estrutura física das
instituições de ensino; reivindicações por aumento de salários – quando
atendidas mostram que não seria a solução para os problemas; redução de gastos
do governo para com a educação; aumento de verbas governamentais para a
educação; formação continuada de professores; mudanças de métodos didáticos;
aumento de dias letivos; tempo integral do aluno na escola, além das mudanças
periódicas de nomenclaturas no sistema de ensino. E quais os resultados? São
eles positivos ou negativos? Ou melhor: há algum resultado?
Nada
faz melhorar a educação. Ao contrário: o sistema de ensino brasileiro está em
estado de decomposição. Podemos dizer que se encontra na UTI e não há ninguém
na Saúde brasileira capaz de encontrar um remédio para tirá-la desse estado “de
coma”. Também, como pedir a um profissional da saúde para ajudar a educação, se
nossa saúde também está doente? Então o que podemos fazer para melhorar esse
quadro degradante no qual se encontra o Processo de Educação no Brasil?
Talvez
não sejam reivindicações ou mudanças de nomenclaturas que vão resolver os
problemas da educação, e sim nossas ações, ou seja, nossa postura como
profissionais desse setor; a forma como utilizamos nossos conhecimentos e todos
os aparatos didáticos e metodológicos que configuram o processo educativo. Há
de se compreender que todos nós somos responsáveis pela qualidade do ensino e
do aprendizado de um aluno, e essa qualidade pode ser boa ou ruim, dependendo
de quem ensina e de quem aprende: Professor/ Aluno; Pais/Filhos; Escola/Sociedade.
Mas
como podemos agir? De forma responsável, seria a resposta. Cumprindo nossos
deveres e exigindo nossos direitos. Dessa forma, de nada adianta tantas teorias
de como melhorar a educação brasileira, se não a praticamos. Paulo Freire foi bastante contundente nessa
questão, quando afirmava sempre em seus textos que precisamos TEORIZAR NOSSAS
PRÁTICAS. Melhor dizendo, devemos colocar em prática o que tanto reivindicamos
do governo; o que aprendemos nas salas de aula dos cursos de licenciatura
quando estudamos a disciplina “didática”. Colocar em prática a teoria tão
discutida nos cursos de Pedagogia e principalmente Praticar o que ensinamos aos
nossos Alunos. Mas isso vai resolver? Claro que não, pois, os alunos também
precisam renovar e inovar. Não somente exigir do professor. “Bagunçar”, “Colar”
ou mesmo “Matar aula” não vai torná-lo nem mais esperto que o professor nem
mais inteligente. Nossa inteligência está em nossas atitudes e estas precisam
ser em beneficio de todos. No momento que prejudica alguém, deixa de ser
inteligente.
Assim,
podemos afirmar, a educação poderá sair da UTI quando tivermos o compromisso de
realizar um trabalho coletivo, no qual todos pratiquem suas teorias, seus
conhecimentos, seus objetivos, levando em consideração que devemos ser sábios o
suficiente para irmos além da inclusão, realizando a integração. Afinal, Educação é isso: respeito,
participação, colaboração, compreensão, prática dos direitos, mas também a
prática dos deveres. Portanto, para EDUCARMOS precisamos ir além da transferência
de conteúdos, visto que a EDUCAÇÃO engloba opiniões e atitudes de um indivíduo,
possibilitando ao mesmo sua emancipação social, psicológica, religiosa e
intelectual, transformando-o em uma pessoa crítica e atuante na sociedade da
qual faz parte. Transformando-o
Carmem Appel
Psicopedagoga
Autor: Carmem Appel
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