Renato Manfredini Junior (Renato Russo)



Durante minha infância cresci ouvindo as histórias de um homem, um tal de João de Santo Cristo, que "quando criança só pensava em ser bandido" e que no final da história revelam que ele "era santo por que sabia morrer". Por muitas vezes me peguei analisando essa letra e tentando entendê-la. Depois de mais velha consegui entender que o entendimento dessa letra está exatamente em não entender. Simplesmente por que foi composta por ele, o pensador dos pensadores. Aquele que diz não o que você quer ouvir, mas sim o que você precisa ouvir, aquele que te dá um tapa e reverte-o acariciando com as suas melodias perfeitas e letras sinceras. Renato Manfredini Junior com certeza foi (e sempre será) alguém que nunca se revelou por inteiro, pelo simples fato de saber que a sociedade era muito mesquinha perto de tudo que ele tinha a oferecer. Ele sempre disse que era preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, e sem demagogia nenhuma era exatamente isso que ele queria, sentia e lutava para ver. Ele mudou a história, ele alterou o rumo da vida dos brasileiros, mesmo que nós, pessoas sem a visão que ele tinha, nem percebamos. Esse cara nasceu, sofreu, viveu, e acabou morrendo cedo demais. Talvez para mim que precisava dele ainda por aqui. Mas se ele foi é por que tinha que ir, precisavam mais dele lá em cima do que aqui. Renato Russo, o trovador solitário que jamais será esquecido.
Autor: Jéssica Leme


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