Madalena e o Ataque das Aranhas



MADALENA E A VINGANÇA DAS ARANHAS.

        Madalena, uma humilde professora, residente em Seringueiras no Estado de Rondônia, todos os dias, deslocava-se para uma escola na Linha 10 onde trabalhava.

            A professora fazia o mesmo percurso, Seringueiras á Linha 10, juntamente com seu colega de trabalho, encontravam enormes aranhas, passavam encima das pobres indefesas que caminhavam pelas estradas simplesmente procurando alimentos para sua sobrevivência. O motorista se quer sem piedade, lançava seu carro sobre elas às esmagavam. 

            A educadora Madalena, não se sabe, se era por amara a natureza, ou por ter pavor de animais, sempre tremula e apavorada dizia para o colega:

            --Por favor, não faça isto? E o motorista dizia sorridente:

--Não tenha medo colega, as aranha não podem entrar no carro, as portas estão fechadas.

Mesmo assim a pobre professora continuava apavorada, imaginando que a qualquer instante as aranhas pudessem entrar no carro e atacá-la fazendo vingança por estarem esmagando suas espécies.

A ingênua moça quando abria a porta da sua sala de aula antes de começar sua aula pedia aos alunos que vasculhassem embaixo das cadeiras, das carteiras, atrás das cortinas e atrás da porta para ver se não havia ali alguma aranha o esperando para vingar a morte de suas amigas.

Todos os dias a mesma coisa, o mesmo percurso, Seringueiras a Linha 10, varias aranhas eram esmagadas, principalmente à tarde, era o horário em que elas gostavam de sair dos buracos para procurarem comidas. O motorista fazia de propósito, esmagava as coitadas.

Madalena, não conseguia dormir a noite, quando fechava os olhos, aparecia como fantasmas milhares de aranhas querendo-a devorar.

Certo dia, Madalena quando voltava do trabalho encontrou sua filha a esperando na porta da frente da casa assustada. Ela com todos aqueles fantasmas em sua mente quase desmaiara  prevendo o pior e perguntou a filha:

--Minha filha o que aconteceu? A menina percebendo o desespero da mãe disse meia sem jeito: Nada não mãe.

--Como nada? Com esta cara que você está?

A menina então resolveu contar para a mãe o que estava acontecendo:

 --Eu vou contar mais não se assuste.

 –Fale logo menina, não faça ficar mais preocupada.

--Está bem mãe. O pai encontrou uma enorme aranha no seu quarto.

A apavorada Madalena desmontou-se, sorte que não caiu sobre nenhum objeto cortante. Seu esposo correu até a cozinha, pegou um copo d'água e Madalena conseguiu recuperar-se do susto e perguntou:

--Onde ela está?

--Acalme-se mãe, o pai já o matou.

--Melhor minha filha. Não agüenta mais em até mesmo pensar em aranha.

Hoje Madalena continua traumatizada com aranhas, ela está até pensando em pedir para voltar a trabalhar na cidade para evitar encontrar novamente com as aranhas na estrada. Por isso devemos respeitar o meio ambiente e todos os seres vivos para não passar por problemas como estes da colega Madalena.

Autor: João do Rozario Lima.


Autor: João do Rozario Lima


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