Coletânea Meus Livros - Mente Assassina I: Assassino à solta.



Mente Assassina I

Assassino à solta

SAMPAIO, Thiago Macedo. Itaberaba,Ba:2005

"O psicopata é uma pessoa altamente social, educada, gentil, carente, sensível, cuidado pra você não se tornar a próxima vítima."

Mente Assassina I

Assassino à solta

[1]SAMPAIO, Thiago Macedo. Itaberaba,Ba:2005

DEDICATÓRIA


Dedico este livro primeiramente a Deus porque sem ele eu não conseguiria terminá-lo, provando assim, a todos aqueles que questionam minha crença religiosa, de que creio e sigo sempre a presença de Cristo em todos os lugares que vou e em tudo que faço. Também o dedico a Élen Thainá por ter contribuído na produção destas dezenas de páginas de suspense. Por fim, quero dedicá-lo para os estudantes do Brasil inteiro nos quais me espelhei para esta confecção, minha primeira obra, meu primeiro passo rumo a outras brilhantes literaturas, já adiantando esse romance policial terá continuação, pois vem aí, Mente Assassina II – A Utopia.

INTRODUÇÃO


O romance fictício Mente Assassina - assassino a solta, foi concluído no dia 24 de abril de 2005, cabendo ressaltar que o autor tinha apenas 15 anos, mas em seu conteúdo já se consegue perceber o potencial de criação literária e o fluir de sua carreira de análises sociais e humanas, especialmente nas questões criminais.
O livro mostra, que tal como o autor pôde criar crimes tão bárbaros, também poderia os cometer, alertando que a tendência contemporânea, é que o papel de Serial Killer antes temido sob a imagem de um adulto, venha a cair sobre a figura de adolescentes, eliminando uma chamada "inocência natural", visão que é defendida por igrejas e psicólogos.
Mas, em relação a este livro, na forma de conto fictício, se desenvolve a sistemática de uma série de assassinatos que aconteceram envolvendo estudantes, pessoas que sobre a mira de um temido Serial Killer lutaram por suas vidas, tendo como única arma para salvarem suas vidas as suas especulações e investigações, pois qualquer um deles poderia ser o assassino ou a próxima vítima, sendo necessário que se descobrisse urgentemente à face deste psicopata para dar fim a seus planos e mente maléfica. Viaje na imaginação e exerça você também o papel de detetive, tentando desvendar esse alucinante mistério.
Vale pedir a observação das personagens Mona (Irmã mais nova de Grenadeyt que nesta obra tem apenas 8 anos de idade), Magy e Kimbely (Sobrinhas de Sherer com a mesma idade de Mona), pois o livro que marca a continuação desta trama (Mente Assassina II - A Utopia), norteá-se em um novo ambiente, com vários novos personagens e passados 10 anos do Massacre relatado neste primeiro livro, e onde estas três garotas já estão no Ginásio, portando 18 anos de idade cada.



Capítulo I – Diálogo na saída do colégio
Durante o ano de 1992, estranhos fatos abalaram a pequena cidade do interior da Bahia chamada Itaberaba. Uma série de assassinatos, afirmado por muitas pessoas como lenda, tomara início no dia 05 de Julho, quando um menino de 13 anos chamado Saimon, despencou do apartamento de seus pais, sendo averiguado depois pela perícia que ele havia sido empurrado, e ocultada sua identidade, alguém frio e misterioso seguia em liberdade tornando toda a cidade ameaçada pelo desconhecimento de seu físico. A partir dali, eles iriam ver que ninguém morreria em vão, pois só com as mortes que ainda estavam para acontecer, tais crimes conseguiriam ser desvendado.
Em um colégio de nome Centenary, que tinha como prioridade alunos da quinta à oitava série, um grupo de pré-adolescentes conversavam depois do término das aulas. Entre eles estavam: Grenadeyt – uma linda morena dos olhos claros cristalinos e gênio forte que sofria constantes conflitos com sua família -, Blayde - era bem branquinha e levemente gordinha, mas sua imaturidade a tornava uma adolescente tão rebelde quanto Grenadeyt -, Lisa - tinha uma pele branca e lindos cabelos lisos, era meiga, romântica, curiosa e corajosa -, Carlene - era uma bonita, porém tinha vivia tensa, não tinha o perfil de quem consegue viver numa cidade interiorana e sonhava viajar pelo mundo -, e por fim, David - era o único garoto que andava com elas, tinha o cabelo cacheado e cortado bem baixo tentando imitar cortes de jogadores de futebol, também era o mais velho do grupo.
Na conversa eles trocavam informações típicas de adolescentes, tipo: Como foi seu dia? Você teve todas as aulas? Você viu o que aconteceu? Mas, foram interrompidos quando veio se aproximando por outro corredor Sherer, ela é a melhor amiga de Lisa, e é a principal personagem da nossa trama, ela tinha um corpo perfeito, olhos verdes, cabelos cor de cereja, tinha a pele branca feito neve e onde passava jogava seu charme apenas com uma saudação, depois de cruzar os corredores, ela se reúne com seus amigos, mas é notório os olhares de inveja das patricinhas ao saudarem-na, respondendo-as ela ignorou a falsidade e cumprimentou seus amigos David, Carlene, Blayde e Lisa:
– Oi pessoal!
– Não morre mais, estávamos falando justo de você Sherer.
– Falando bem ou mal?
– Você acha que eu difamaria você?
– Ah! Esqueci de falar, eu recebi uma carta de Jack, dizendo que ele estará vindo pra cá dia 18 de Julho.
– Você e seu primo são muito unidos. Faz muito tempo que não vejo Jack, ele estudou comigo na terceira ou quarta série, não me lembro bem.
– Vamos Sherer, continuar os trabalhos da festa na sala de informática.
– Eu também vou, no que eu puder ajudar vocês podem me explorar. (Se ofereceu Carlene)
– Então vamos logo que tem muita coisa a ser feita.
Sherer era famosa por suas festas, agradava a todos com diversos estilos de decoração: Hallowen, Anos 60, Havaiana, Black entre outras, tais como na diversidade de seu repertório em formato de MP3.
Sem mais conversas, todos se despediram, David e Blayde não foram para o laboratório de informática porquê precisavam pegar livros na biblioteca para estudar, enquanto as demais garotas seguiram para a sala de informática.

Capítulo II – Encontro na sala de informáticaQuando Carlene, Sherer e Lisa entram na sala de informática, deparam-se com as patricinhas mais chatas da escola, Jenniffer adorava exibir diversos penteados e tranças nos cabelos e tinha uma personalidade extremamente leiga, o que a tornava uma mera repetidora da patricinha Nátaly, outra chata que em vez de tranças desfilava com sua grande variedade de tiaras, esta era super culta e fanática por rituais religiosos. Depois que Sherer avistou o lugar onde estavam as patricinhas, decidiu sentar-se do lado oposto, tomando a posse de três computadores com suas amigas.
Como todos os colégios da cidade, os alunos tinham pleno acesso à rede de informática para tirar dúvidas, receber informações sobre atualidades, acessar seus e-mails, fazer trabalhos escolares, e outros benefícios que só um computador nos oferece.
Ligaram o eliminador, o CPU e finalmente o monitor para dar início a suas ações, ao abrir a área de trabalho Sherer pediu que Lisa abrisse o Word e a internet.
– O que eu tenho que fazer aqui?
– Eu quero que você faça a lista de materiais que vamos utilizar para a decoração da festa, você pode ver modelos na internet, basta pesquisar em www.google.com.br.
– E eu, o que faço?
– Você pode ir comprar virtualmente as figuras de monstros, fotos de terroristas e os mais cruéis assassinos de todos os tempos, também pode encomendar o jogo de luzes, e finalisando manda um e-mail para um garoto chamado Thiago, pois disseram que ele tem experiência em promover eventos como este, o e-mail dele é [email protected].
Quando Jenifer e Nátaly terminaram suas verificações sobre as tendências da moda para o verão daquele ano, aproximaram-se de Sherer e suas amigas, que se espantaram quando às viu aproximar-se, pois não mantíam nenhum tipo de contato. Certa vez quando Sherer e Lisa foram participar num torneio de dança da 6ª série, as duas colocaram sonífero em sua bebida para assumirem a vaga no time. Mesmo lembrando disto, Sherer resolveu perdoá-las, demonstrando maturidade e caráter, mas as duas ainda se aproximavam misteriosamente, até que Jenifer disse:
– Sherer, é verdade que você está a procura de pessoas bonitas e comunicativas para divulgar sua festa enquanto os convites não ficam prontos?
– É sim, estou bastante ocupada estudando para as provas finais, pois desejo melhorá minhas notas para um dia passar no vestibular e temos que aprender o básico para conseguirmos resolveremos questões complexas. Mas, porque vocês gostariam de saber?
– Nós gostaríamos de nos oferecer para fazer isso. Se você pudesse esquecer o passado você nos permitiria?
– Claro, como se diz nas exatas: "Quem vive de passado é museu". Muito obrigada mesmo, eu não tinha a mínima idéia de onde encontraria alguém para fazer isso, mas tem um probleminha, eu não estou com a lista dos convidados aqui.
– Não tem problema depois nós pegamos na sua mão.
Sherer agradeceu novamente as meninas e continuou seus trabalhos no computador.

Capítulo III – Pablot encontra Mary Any no corredorCom o colégio quase vazio, Mary Any, uma jovem mimada filha do policial Scort e possuidora de um ciúme doentio, encontra seu namorado Pablot no corredor do colégio, um rapaz de baixa moral e extrema infidelidade, que omitia um romance secreto com Blayde.
– Oi baby!
– Oi coisa nenhuma. Pablot por onde você andou, te procurei pelo colégio inteiro?
– Eu estava estudando na biblioteca.
– Tá certo, desde quando você estuda mesmo? Mas isso é o de menos, mudando de assunto ainda está de pé nossa viagem no fim de semana para a ilha dos seus pais?
– Claro, mais essa viagem só é daqui a uma semana, eu nem sei se estarei vivo até lá, rsrsrs.
– Só fala bobagem, mas é só pra confirmar porquê ainda não contei ao meu pai e porquê ainda vou preparar a lista de comidas e acessórios que encomendarei no buffet para levar.
De repente o celular de Pablot vibra, é Blayde que os observa abaixada atrás do balcão da cantina.
– Pablot ainda vamos sair amanhã?
– Está sim, você sabe onde é, não sabe?
– Sei, estarei lá, não se atrase por causa desta patricinha.
– Tá certo, tchau!
Mary Any fica muito desconfiada, interrogando o namorado no intuito de descobrir com quem ele estava falando, mas Pablot inventa algumas desculpas e consegue escapar. Apesar da idade, Pablot possuía uma grande probabilidade de se tornar descaradamente infiel, já que inicialmente já aprontava daquela forma.

Capítulo IV – A discussão
Noutro dia, Mary Any acorda e vai tomar seu café da manhã na companhia do seu pai, o policial Scort. Sua casa era gigante, tinha diversos objetos de ouro, esculturas que adquiriram em leilões, móveis antigos que hoje custariam uma fortuna, uma piscina no quintal, salão de jogos e um carro importado na garagem reservado para Mary Any quando completasse 18 anos. Na mesa um café farto com frutas, sucos e bolos que eram servidos por diversos empregados. Mary Any tivera conseguido tanta coisa na herança que sua mãe deixara quando morreu num acidente de carro.
– Pai eu queria falar com o senhor.
– Sobre o quê?
– É sobre o churrasco que o senhor vai fazer nesse final de semana.
– Por que, você quer trazer suas amigas ou quer dinheiro para comprar roupa?
– Não é nada disso, é… é porquê eu não vou poder participar.
Imediatamente Scort ficou nervoso com a atitude da filha e eles começaram a discutir, afinal Scort havia preparado uma reunião entre amigos da qual era indispensável a presença da filha, e gritou com os olhos vermelhos de raiva:
– Como é? Garanto que é por causa do seu namorado mala.
– Pablot me chamou para ir passar o final de semana na ilha dos pais dele.
– Já disse que não gosto dele, mas mesmo assim você teima em me desobedecer.
– Quem tem ou não de gostar dele sou eu, também você sempre está contra minha felicidade.
Mary Any sai correndo pro quarto e deixa seu pai que detivera o olhar para uma foto da filha, e passou a pensar onde havia errado, arrependido por sempre ter dado de tudo, por nunca ter dito não quando era preciso, e ali ficou por mais de uma hora.

Capítulo V – Pablot se encontra com BlaydeDo outro lado da cidade, em uma rua quase deserta, Pablot vai para o encontro de Blayde, os dois mantêm um romance secreto a pouco mais de dois anos.
– Pablot, estou aqui!(Grita a garota) - Que bom que você é pontual.
– Por você eu sou tudo.
Ele era carinhoso com Blayde porquê ela não tinha ciúmes doentios como sua namorada, talvez, Mary Any não tenha dado chance para Pablot mostrar seu amor. Blayde queria que Pablot terminasse com a namorada, mas ele não terminava buscando dar uma última chance.
Naquela tarde eles foram para a casa de dele, onde assistiram filmes comendo pipoca e tomando refrigerante todo o resto da tarde.

Capítulo VI – Nátaly e Jenifer visitam Mary AnyNo sábado à tarde do dia 06 de Julho, Nátaly e Jenifer foram cumprir o acordo que fizeram com Sherer em convidar pessoas para festa enquanto não saiam os convites. Por suas casas serem próximas da casa de Mary Any, decidiram que ela seria a primeira convidada, enquanto andavam refletiam qual roupa usar na ocasião, não poderiam usar nada já visto antes, afinal seria a maior balada dance da Urbis. Ao tocarem a campanhia, Mary Any indagou-as:
– Nátaly e Jenifer, o que querem por aqui?
– Mary Any, viemos divulgar e convidá-la a comparecer na festa da Sherer.
– Entrem e me expliquem melhor sobre esta festa.
Mary Any sempre foi uma pessoa educada, pois com cinco anos de idade fora morar nos Estados Unidos onde teve aulas de etiqueta, sem falar das diversas línguas que a jovem conhecia: espanhol, francês, inglês, alemão, italiano e um pouco do japonês.
– Quase todos os alunos estarão lá. A festa será à fantasia, e as máscaras serão distribuídas pela comissão organizadora da festa.
– Se meu namorado puder ir eu também irei.
– Claro que ele pode, então já que temos sua resposta ós já vamos embora.
– Nós nos encontramos lá.
Depois que Mary Any despediu-se das meninas, Jenifer e Nátaly começaram a conversar ao lado de fora da casa:
– Imagine se ela descobrisse que o namorado dela já ficou com quase todas as meninas do colégio?
– Ou pior, se ela descobre que Pablot tem um caso com Blayde, uma das organizadoras da festa!
Elas continuaram com as fofocas, mas retiraram-se de lá. Durante o resto do dia convidaram metade das pessoas da lista, tudo indicava que se não acontecesse nada para impedir, aquela festa seria um sucesso.

Capítulo VII – Blayde morreEnquanto isso na casa de Blayde, o relógio marcava 19:00 horas. Ela conversava com David por telefone sobre os preparativos da festa. De repente ela houve um celular a tocar em sua cozinha, o que a faz desligar o telefone para verificar o estranho fato já que seu celular estar em sua bolsa. Blayde fica muito assustada porquê um jovem chamado Saimon tivera sido assassinada na última semana e pega uma escultura pontiaguda em cima da estante, seguindo lentamente e com extrema cautela em direção do cômodo onde o objeto se encontrava, mas ao chegar lá ela percebe que o celular tocando era o de seu namorado David, mas que interrompe o toque segundos após ser pego por ela, então ele deixa a escultura em cima da mesa da cozinha e retorna para a sala ao ver que batem na porta. Desprevenida, Blayde abre rapidamente a porta, deparando-se com alguém de capa preta semelhante a um sobretudo e portando uma faca na mão, paralisada pelo medo, o misterioso visitante parte para cima de Blayde, esse maníaco corta-lhe o pulso e dar-lhe inúmeras facadas que atravessam seus pulmões, rins e intestino, deixando-a sem chance de reação, porém sem ocorrer a morte instantânea, ela cai sobre o sofá até parar no chão, onde agoniza se arrastando. Quase morta forçava obter suas últimas energias continuando a confabular em voz carregada e compacta e nessas tonalidades de vozes haviam mesclas dificultando a sua capacitação por quem passava em frente à sua casa. Vez por outra, ela se calava na quietude e logo retornava à alternativa dos gritos. Esta se intensificava numa lentidão que irritava o assassino que sentado no sofá aguardava a consumação de sua conduta, a pobre vítima se retraía já com profunda palidez decorrente da emorragia e novamente voltava a quietude. Seu corpo girava sobre si vagarosamente e seus ombros pareciam mergulhar na profundeza de um rio de ácido, tamanha dramática era sua expressão facial. Por um instante, apenas seu braço já meio enrijecido pela pancada da queda logo após as facadas ficava exposto sobre a superfície do velho tapete da sala de estar, onde o corpo implorava retornar à tona.

Capítulo VIII – A morte de Blayde reúne a todosNo enterro de Blayde, amigos e familiares da garota, sofriam muito com sua partida. Como última homenagem o padre da cidade fazia orações e mensagens de consolo:
– Eu tenho aqui, um poema de Raimundo Correia levamente adaptado, expressando toda dor que estamos sentindo. "Se a doença que espuma a dor que mora n'alma, e destrói cada ilusão que nasce, tudo o que punge, tudo o que devora, o coração, no rosto se estampasse; se pudesse, o espírito que chora ver através da máscara da face, quanta gente talvez te invejasse agora, e então a piedade nos causasse! Quanta gente que riria, talvez, consigo, guarda uma dúvida sobre teu destino, mas não tenho dúvida de que estás no reino do céus, sei disso como descobrimos invisivelmente a chegada da célula cancerosa! Agora quanta gente que ri, talvez finalmente todos sabem que exista o céus, cuja ventura única consiste, em parecer aos outros venturoso!"
Frente ao cemitério, Scort encontra o detetive Ramiro, um detetive do estado que fora escolhido para investigar o caso.
– Prazer, sou o policial Scort.
– E eu sou o detetive Ramiro.
Ramiro era um detetive famoso, tivera estudado na Inglaterra durante sua infância, havia se formado em Direito numa das melhores universidades do Brasil e feito Mestrado em Criminalística por meio de um intercâmbio para a Espanha, também se formou em Medicina, mas resolveu torna-se detetive criminal e líder hierárquico dos policiais da Delegacia de Homicídios da Bahia depois do assassinato de seu pai, um renomado jornalista que fazia uma reportagem sobre o tráfico de drogas na Ladeira da Barra em Salvador, sua mãe morava na França e era uma cabeleireira muito rica, dona de uma grande linha de salões franceses e proprietária da melhor loja de jóias de Paris.
– Este é o primeiro caso?
– Não senhor, outro jovem foi morto semana passada, mas não acredito que tenha ligação os dois crimes, pois os meios de execução foram completamente diferentes. O primeiro foi empurrado de cima do apartamento de seus pais, enquanto esta foi teve esfaqueada apenas seus pontos vitais.
– Você já instaurou inquérito e tem alguma idéia sobre quem pode ser o autor? (Inquiriu Ramiro).
– Não Senhor, não sei como decifrar as poucas pistas que ele deixou. Aqueles são os colegas dela, e sinto que não podem estar todos envolvidos, mas alguém daquele grupo pode estar envolvido no crime, só que não consigo adivinhar quem pode ser o culpado. Precisamos descobrir depressa, pois se estas mortes tem ligação, a qualquer momento pode aparecer outra vítima.
– Cuidado com quem revela suas especulações, pois já vi muita coisa nestes anos de experiência e sei que devemos agir com extrema cautela para com todos.
– Nunca duvidei, mas por suas palavras vejo que realmente é um homem sábio como me contaram. (Scort reclinou-se, olhando Ramiro com admiração.
– Muito Obrigado.
– Não falei nada de mais, apenas disse o que seus diplomas podem comprovar.
– Ainda assim mudemos de assunto, pois o problema ao qual fui convocado resolver ainda não foi solucionado. Podemos dizer com certeza quem matou Blayde?
– Evitarei ficar comentando a respeito das investigações, mas observarei de forma mais atenta de agora em diante. Mas posso afirmar um fato que tenho conhecimento, sei que a última pessoa a falar com ela, foi aquele garoto, ele se chama David. (Scort aponta para David que passeia pelo cemitério com Sherer e suas amigas) – Creio que o paradoxo inicial desta investigação seja: Quem teria motivos para acabar com a moça? (Indagou Scort)
– Bem, nada no mundo me surpreenderia agora. Uma loucura! Eis o que temos à nossa frente! (Disse Ramiro com uma calma resignação)
– Se David nos ajudasse, isto seria realmente levar a coincidência um pouco longe demais, já que não podemos obrigá-lo a depor devido sua menoridade.(Advertiu Scort)
Ramiro e Scort entram no cemitério onde estavam reunidos Sherer e sua turma. Enquanto caminhavam observando outros túmulos, Sherer pensava nas pessoas que estavam ali enterradas, homens, mulheres, crianças e idosos que já tinham cumprido seus destinos. De repente foram surpreendidos pelo detetive Ramiro e o policial Scort:
– Nossa que coincidência vocês por aqui.
David se aproxima do detetive e Ramiro imediatamente o indaga:
– Posso fazer-te algumas perguntas rapaz?
– Claro! (Com olhar de espanto David aceita responder Ramiro)
E assim, eles afastaram-se das garotas em direção à velha capela do cemitério:
– Sobre o quê você gostaria de conversar?
– É verdade que você foi a última pessoa que falou com a moça antes do crime?
– É verdade sim, ela ligou para falar-me da festa de Sherer, até que eu algo aconteceu e ela precisou desligar.
Falando isso, David começou a chorar, se sentia culpado pela morte da amiga, achava que deveria ter a segurado no telefone ou simplesmente ter dito para ela não abrir a porta já que estava sozinha em casa, sendo novamente indagado pelo detetive:
– Como você sabe que ela estava sozinha em casa se ao quebrar o sigilo telefônico dela verificamos que na gravação ela não lhe disse que estava só?
– Você continua mesmo desconfiando de mim, mas eu posso explicar, quando a Blayde como a falar ao telefone ela conversa por horas e nada a interrompe porque a mãe dela faz tudo dentro de casa, enquanto nas poucas vezes que ela ficava em casa recebia tudo nas mãos, e assim, o fato dela precisar desligar o telefone para fazer outra coisa só seria possível se a mãe dela não estivesse em casa.
– Seus amigos ficaram nos olhando, é melhor conversarmos em outro lugar.
Depois que o policial Scort, o detetive Ramiro e David saíram, continuou o diálogo entre Sherer e suas amigas, todas estavam tristes e assustadas, elas se perguntavam se havia acabado ou se poderiam vir a aparecer novas vítima.
– Droga! Eu esqueci que Jack chega hoje, vou ter que ir buscar ele.
– Você não quer companhia até a rodoviária?
No meio da conversa, Jack aparece e abraça Carlene por trás, surpreendendo a todos. Era um jovem moreno claro, tinha os olhos cor de mel, cabelo liso e tão preto que no sol chegava a ficar azul, tinha dezesseis anos, usava uma touca na cabeça, além de carregar sua mochila de costas estilo campy. Então ele disse:
– Que confusão só pra me buscar na rodoviária.
– Jack! (Gritou espantada Carlene)
– Com os olhos ainda meio tristes pela perda da amiga, Carlene se emociona ao rever seu primo, e com um forte abraço elimina parte desta saudade.
– Será que não conheço mais minha cidade natal para precisar que me busquem na rodoviária?
– Olá Jack! (Sherer o cumprimenta gentilmente)
– Nossa! Não me diga que você é a Sherer, aquela menininha que chorou por um beijo que roubei?
– Que bom que você está aqui primo. (Afirma Carlene com face menos melancólica)
– Eu fiquei sabendo de Blayde e decidi vim direto pra aqui.
– Pena que agora vamos ter que cancelar a festa. (Diz Sherer com lamentação no olhar)
– Há! Eu não acredito que vocês não vão fazer mais a festa. (Fala Jack com tom de inaceitação)
– Como você é bruto Jack, nossa amiga morre e você pensando em festa. (Lisa reforça a decisão de Sherer)
– Não é nada disso, eu penso que ela gostaria que esta festa acontecesse, e que serviria para homenagear Blayde.
– Esqueci, a Sherer já decidiu. (Diz Carlene demonstrando apoiar a decisão de Sherer)
– Talvez você tenha razão, será como se a presença dela estivesse conosco, digam a todos que a festa acontecerá. (Mesmo com a tristeza, Sherer concorda com a idéia de Jack)
Na meia luz do fim da tarde, ao roxo clarão crepuscular, as meninas levam Jack para passear na cidade, sendo todos animados pelo bom humor do garoto. Antes de sair do cemitério, Sherer ver Pablot observando de longe o túmulo de Blayde e se pergunta: será que o amor dele por ela foi mesmo sincero? Concluindo que jamais saberia.

Capítulo IX – Desavenças na casa de Grenadeyt
Já na casa de Grenadeyt, Jonata e Lurdes preparavam-se para o café da manhã enquanto conversavam, era uma casa nível classe-média, mas que já havia tido melhores dias. A atmosfera era decadente porém limpa, havia um rádio-vitrola antigo, sofás, poltronas e outros pequenos objetos tradicionalmente antigos, era terminantemente proibido o tradicional da atualidade, exceto no quarto de Grenadeyt.
Ns sala de jantar, tudo estava preparado para a reunião de família, recipientes com salgadinhos estrategicamente distribuídos e alternativas de bebidas. Lurdes acabava de colocar os pratos na mesa e dava os últimos retoques na arrumação, quando começou a conversar com seu marido:
– Jonata nós temos que conversar sobre Grenadeyt, desde que a amiga dela morreu ela está diferente.
– Converse com ela, essa é a sua obrigação. (Disse Jonata com seu típico humor machista)
– Jonata não é justo ficar em cima de mim todos os problemas desta casa. (Reclamou Lurdes antes de lançar o pano de chão que trazia em seu ombro ao chão)
– Já vão começar tão cedo assim é? Olha pra cara de mona, ela só tem oito anos, vocês não percebem que podem deixar sua filha traumatizada por causa daquela tola?
Campy era o filho do meio, tinha 12 anos, era moreno, tinha cabelo liso e adorava a irmã menor chamada Mona, que tinha apenas 8 anos, era a pessoa mais desprezada da casa por se intrometer nos problemas dos pais, nem assim deixava de tentar ajudar, mesmo sobrando sempre para ele. Controlando a voz Lurdes mandou Mona para o quarto e exigiu a inércia de Campy, o que acobertou a fulga de Jonata:
– Depois agente conversa melhor Lurdes, agora eu vou pro trabalho.
– Pai, o senhor me dá uma carona? (Pediu Campy)
Quando eles saíram, Lurdes começou a pensar se deveria ter escolhido a vida que tem, pois quando era jovem teve a chance de escolher entre Jonata e outro rapaz que foi o grande amor de sua vida, passou então a indagar-se sobre ter ou não feito a melhor escolha, tendo o pensamento perturbado por causa da altura do som que Grenadeyt ligou no quarto.

Capítulo X – Grenadeyt bota pra fora toda sua revoltaDias depois da morte de Blayde, Grenadeyt tornara-se uma jovem mais revoltada, assim as brigas com sua mãe começaram a torna-se freqüência. Irritada pela altura do som no quarto da garota, Lurdes gritava:
– Abaixa esse som.
Enquanto Grenadeyt fingia não escutar, pois como ela mesmo costuma dizer, as palavras da mãe dela eram comparadas as de um cachorro conversando com ela. Mas, Lurdes já não aceitava as provocações e desligou o som. Irritando Grenadeyt mais ainda, que gritava:
– Que droga também, eu não tenho privacidade nem mesmo no meu quarto, sai logo do meu quarto, anda. (Com expressão facial alterada, Grenadeyt expulsou sua mãe de seu quarto)
Depois de ter a porta batida no rosto, Lurdes começa a rezar na sala, ela confessa aos seus santos um segredo muito sério sobre a vida de Grenadeyt e que por infelicidade de Lurdes, a garota acaba ouvindo, revoltada e magoada Grenadeyt sai brava.

Capítulo XI – Diálogo na casa de Sherer
Sherer convida as amigas para visitarem sua casa com a finalidade de adiantar o projeto da festa, então às 18:30 horas, chega Lisa e Grenadeyt.
– Amanhã vou encomendar as máscaras na agência lá do shooping. (Disse Sherer)
– Quando você for liga pra mim, que eu preciso comprar algumas roupas para doar numa campanha da igreja. (Ressaltou Lisa)
– Eu vou sair 8:30 se você chegar no horário vamos juntas.
– Sem mudar muito de assunto, em relação à festa, é verdade que convidaram Mary Any e Pablot? ( Indagou Grenadeyt)
– É verdade, eu mesmo não concordei. Já pensou se ela descobre que Blayde era amante de Pablot? (Respondeu Lisa)
– Será que ela algum dia vai descobrir que foi traída? (Questionou Sherer)
– Mas não se preocupem, porque ele não virá. (Afirmou Grenadeyt)
– Como você pode dizer isto com tanta precisão? (Perguntou Sherer com uma expressão de suspeita)
– Acho que ele não teria essa cara de pau, mas vamos esquece esse assunto.
Imediatamente Grenadeyt diz que vai embora e pedi para fazer os convites em sua casa. Ao sair, Lisa nota que ela Grenadeyt ficou estranha, porém Sherer diz que ela deve estar imaginando coisas que não existem.

Capítulo XII – Pablot morre
Pablot chega as 19:00 horas em casa, está cansado de aturar Mary Any o dia inteiro, agora tudo nela o incomoda. Para relaxar ele resolve ler um se seus livros preferidos "O livro dos espíritos do autor Allan Kardec":
– "132. Qual é a finalidade da encarnação dos Espíritos?
Deus a impõe com o fim de levá-los à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, uma missão. Mas, para chegar a essa perfeição, eles devem sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea nisto é que está a expiação. A encarnação tem ainda outra finalidade, que é a de pôr o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da criação. É para executá-la que ele toma um aparelho em cada mundo, em harmonia com a sua matéria essencial, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. E dessa maneira, concorrendo para a obra geral, também progride. A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Mas Deus, na sua sabedoria, quis que eles tivessem, nessa mesma ação, um meio de progredir e de se aproximarem d'Ele. É assim que, por uma lei admirável da sua providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza .
Pablot tem que interromper sua leitura por que seu telefone celular toca.
– Alô, como vai? Eu andava muito bem, pois fazia muito tempo que você não me ligava, eu já disse que não quero uma amante e que jamais teria um caso com alguém de seu estilo, sei lá, você não é tão comunicativa como eu desejo numa pessoa.
A ligação cai e ninguém e não se revela com quem ele estava falando, para completar falta luz na casa e ele é obrigado a buscar uma lanterna num depósito no quintal de casa, iluminando o caminho com um isqueiro ele segue esbarrando em muitos obstáculos pelo caminho, o que ele não percebe é que um dos obstáculos era o corpo de de seu cachorro degolado, mas Pablot pega a lanterna e volta ao seu quarto onde guarda as pilhas, mas batem na porta do quintal e pensando ser seu cachorro ele abre, sendo esquartejado a facadas, caindo em profunda agonia na varanda, devido aos certeiros golpes direto no coração. Então não levou muito tempo para ele sentir que em seu peito rebentava-se as fibras, enquanto o espírito em que ele tanto acreditava enlaçava à dor vivente, orava textos espíritas em seu leito de morte implorando que por ele não derramassem nem uma lágrima para que suas pálpebras não visassem dementes. Ao sair, o assassino leva o celular de Pablot, visando impossibilitar o destravamento do sigilo telefônico. Mas porquê ele fizera isto? Será que a pessoa com quem ele falava ao telefone era o assassino? Porque se fosse a expansão de alternativas seria limitada em duas hipóteses: a primeira é que o assassino seria do sexo feminino; na segunda Pablot poderia ser bissexual e o assassino será um antigo pretendente ou namorado dele.
O que se notava eram diferentes estilos de assassinatos, no de Saimon ele simplesmente haviam sido empurrado de seu apartamento, típico de mulher, enquanto no de Blayde foi-lhe cortado pontos vitais para que agonizasse até a morte, típico de homem, e por fim, no de Pablot as facadas foram fatais, crime a rigor comum, historicamente sendo parcialmente cometido por ambos os sexos. O que isso significava? Será que haveria mais de um assassino ou apenas um que obtém prazer e evolui a cada crime? Será que o assassino era um adulto ou um adolescente?

Capítulo XIII – Mary Any fica sabendo da morte de PablotSabendo do assassinato de Pablot, Scort viu-se na obrigação de informar a sua filha Mary Any do que acontecera, porém visava o profundo tormento que ela desenvolveria. Ao chegar em casa Scort chamou-a para uma conversa muito difícil, como andavam discutindo muito, a princípio, ela partiu para cima do pai proferindo agressões verbais acreditando que ele diria algo contra seu romance, já que o mesmo não escondia de ninguém sua insatisfação, mas Grenadeyt finalmente notou a inquietação do pai, e obrigou-o a revelar a verdade:
– Aconteceu uma coisa terrível com seu namorado.
– Fala logo meu pai, você está me assustando.
– Seu namorado foi encontrado esquartejado hoje pela manhã no tapete da casa dele.
Mary Any entonteceu e caiu sentada no sofá, nem bem se recompôs e começou a chorar enquanto seu pai tentava consolar-lhe:
– Você vai precisar entender.
– Não entendo e não quero entender.
– Fique calma minha filha.
– Sai daqui, tudo isso é sua culpa, você pensa que eu não sei.
– Não fale assim porquê eu não tive culpa do que aconteceu.
– Isso quem vai dizer é a justiça, pois vou denúnciar sua raiva por ele. (Disse Grenadeyt em prantos)
Grenadeyt ficou com vermelho de raiva, enquanto exclamações, empurrões e protestos submergiam sua voz, ouviam-se insultos enquanto uma tempestade de desordem revolucionava a harmonia da casa.

Capítulo XIV – Sherer, Magy e Kimbely visitam à casa de Grenadeyt
Como Sherer participaria do velório de Pablot, ela resolveu deixar suas sobrinhas Magy e Kimbely de 8 anos cada na casa de Grenadeyt para brincar com Mona a filha mais nova de Lurdes e Jonata. Quando bateu na porta foi interceptada por Campy:
– Campy, Grenadeyt está? (Perguntou Sherer)
– Não, ela saiu faz vinte minutos, por quê? Há algo que eu possa fazer?
– É porque ela pediu que eu trouxesse minhas duas sobrinhas Magy e Kimbely para brincar com Mona.
– Ah! Ela me disse, desculpe, é porquê ando meio esquecido. Podem entrar meninas. E você não vai entrar Sherer?
– Infelizmente estou atrasada para o velório de um amigo nosso.
Sherer despediu-se de Campy e seguiu para a Igreja onde o corpo estava sendo velado.

Capítulo XV - O velório de Pablot
O velório foi muito breve, tendo apenas David como orador ao homenagear o amigo:
– Sabemos o quanto nosso amigo era amado, e por isso, cito o texto Hamlet de William Shakspeare como homenagem de despedida para a pessoa maravilhosa e honesta que ele era: "Ser ou não ser, eis a questão! Que é mais nobre para o espírito: sofrer os dardos e setas de um ultrajante fado, ou tomar armas contra um mar de calamidades para pôr-lhes fim, resistindo? Morrer... dormir; nada mais! E com o sono, dizem, terminamos o pesar do coração e os mil naturais conflitos que constituem a herança da carne! Que fim poderia ser mais devotamente desejado? Morrer... dormir! Dormir!... Talvez sonhar! Sim, eis aí a dificuldade! Porque é forçoso que nos detenhamos a considerar que sonhos possam sobrevir, durante o sono da morte, quando nos tenhamos libertado do torvelinho da vida. Aí está a reflexão que torna uma calamidade a vida assim tão longa! Porque, senão, quem suportaria os ultrajes e desdéns do tempo, a injúria do opressor, a afronta do soberbo, as angústias do amor desprezado, a morosidade da lei, as". Insolências do poder e as humilhações que o paciente mérito recebe do homem indigno, quando ele próprio pudesse encontrar quietude com um simples estilete? Quem gostaria de suportar tão duras cargas, gemendo e suando sob o peso de uma vida afanosa, se não fosse o temor de alguma coisa depois da morte, região misteriosa de onde nenhum viajante jamais voltou, confundindo nossa vontade e impelindo-nos a suportar aqueles males que nos afligirem, ao invés de nos atirarmos a outros que desconhecemos? E é assim que a consciência nos transforma em covardes e é assim que o primitivo verdor de nossas resoluções se estiola na pá da sombra do pensamento e é assim que as empresas de maior alento e importância, com tais reflexões, desviam seu curso e deixam de ter o nome de ação... Agora, silêncio!... A bela Ofélia! Ninfa, em tuas orações, recorda-te de meus pecados!".
Depois do discurso de David toda Igreja aplaudiu concluindo uma linda cerimônia de despedida.

Capítulo XV – Chega-se ao limite da paciência
Dois dias depois do sepultamento de Pablot, Sherer marca um encontro com Lisa e Carlene no intuito de investigar os três crimes que já aconteceram para ver se existia ligação entre os assassinos ou entre as vítimas, as garotas seguem conversando enquanto andam na avenida Flaviano Guimarães:
– Lisa, nós precisamos conversar com Mary Any para ela nos ajudar a encontrar o assassino antes que ele faça mais vítimas.
– Ótima idéia! Precisaremos de toda ajuda possível para desvendar esse mistério.
– Vamos aproveitar a falta do que fazer e seguir para casa dela agora mesmo.
Elas foram para a casa de Mary Any, só que sem saber são observadas de longe por Jhon repórter juvenil da cidade. Chegando na casa de Scort elas discutem quem chama Mary Any:
– Quem vai bater na porta é você, não é Sherer? (Diz Lisa com sua costumeira timidez)
– Que bobagem, pode deixar que eu chamo. (Interfere Carlene)
Mary Any abre a porta e assusta-se com a visita das meninas:
– São vocês?
– Mary Any, nós estamos aqui para te convidar para nos acompanhar nas investigações em busca desse assassino, antes que uma de nós seja a próxima vítima.
– Eu não queria me envolver mais nisso, afinal eu perdi meu namorado.
– E nós perdemos nossa amiga. Você não vê que é o único jeito de fazer justiça na morte deles e até mesmo livrar a nossa?
– Eu não sei!
– Se não o encontrarmos logo, certamente ele nos encontra.
– Então eu aceito, mas e sua festa? O assassino deverá estar lá.
– Não tive escolha, precisei cancelar.
– Então podemos começar as investigações?
– Primeiro eu tenho que pegar minhas sobrinhas na casa de Grenadeyt e levar para a casa do meu irmão.
– Claro, nós podemos passar por lá no caminho.

Capítulo XVI – Investigação na casa de BlaydeApós pegar Magy e Kimbely, elas contam os planos para Grenadeyt que resolve juntar-se a elas, posteriormente elas deixam as crianças na casa do irmão de Sherer e resolvem vasculhar a casa de Blayde em busca de pistas, arriscando suas próprias vidas:
– Procurem algo suspeito, Lisa e Carlene vão para os quartos, Sherer e Grenadeyt procura aqui na sala e eu vou para cozinha. (Mary Any coordena as buscas)
Depois de uma hora e meia revistando do telhado ao chão Carlene encontra algo e chama as amigas:
– Uma carta? Abra, vamos ver o que ela diz. (Diz Sherer)
– Na casa de Pablot tinha uma carta igual a esta, encontrei-a no quarto do meu pai junto com o resultado da perícia onde afirmava que as digitais eram desconhecidas. (Explica Mary Any)
– Mas Mary Any porque seu pai não nos informou sobre a carta? Você acha que ele tem alguma coisa a ver com estes assassinatos?
– Eu não sei, mas leiam novamente a carta.
– Está escrito "Vocês roubaram o que eu tinha de mais importante".
– Esta carta não faz sentido algum. (Diz Grenadeyt)
– Tá certo que não faz sentido, mas eu acho que o detetive Ramiro deveria ficar sabendo dessa carta. (Ressalta Sherer ao guardar a carta no bolso)
– Também acho, vamos para lá agora.
Elas fazem uma ligeira arrumação no local do crime para que os policiais não notassem a passagem delas, na saída esbarram-se em Jhon levando o maior susto:
– Jhon o que você está fazendo aqui?
– Foi porque eu vi vocês entrando e vim saber como estavam, pois a ultima vez que nos vimos foi na palestra sobre jornalismo, já faz um tempão.
– Nós estamos bem, obrigada.
Sherer sempre escondeu da amigas uma paixão secreta que sentia por Jhon, toda vez que se encontravam suas mãos suavam, seu coração acelerava e sua pele assumia uma cor pálida.
– Pronto já conversaram agora nós temos que ir, porque já vai escurecer.
Sherer se despediu de Jhon e junto as garotas seguiu a procura do detetive Ramiro.

Capítulo XVII – Assassinato duplo, Jenifer e Glag morrem
Enquanto isso no apartamento de Glag batem na porta, é Jenifer que foi avisar sobre assuntos relativos ao cancelamento da festa:
– Olá Glag, eu posso conversar um pouco com você?
– Claro, sobre qual é o assunto?
– É sobre a festa da Sherer que foi cancelada.
– Já que não é nada com urgência eu vou tomar banho e volto agora, pode ficar a vontade.
Glag um jovem de 16 anos, moreno, estudava na sala de Sherer, atendera a porta apenas de toalha imaginando ser algum assunto importante sobre os assassinatos, vendo que não era retornou ao banheiro para terminar o banho enquanto Jenifer uma das patricinhas da escola esperava andando pela sala quando de repente...? Glag aparece assustando Jenifer que em um salto vai parar próximo à porta abrindo-a acidentalmente sem perceber:
– Calma garota eu não vou te matar não só esqueci meu sabonete, pode fingir que a casa é sua e se quiser alguma coisa para comer pega na geladeira.
– Pode deixar.
Eles não perceberam que enquanto conversavam a porta abriu e fechou-se lentamente, Jenifer continuou andando observando a casa de um homem solteiro e longe dos cuidados da mãe, porém ao sentar no sofá torna-se mais uma vítima do brutal psicopata. Trinta minutos depois Glag sai do banho e procura a menina, achando que ela já foi embora, mas esquecera a porta aberta, dirigi-se a porta onde fica frente a frente com o assassino usando uma roupa preta parecida com a de um padre, um rosto pintado parte branco parte negro como alguns atores de teatro, mas não consegue fugir porque breve, num ato onde o acaso está em jogo, é sempre o acaso que realiza a sua própria idéia, afirmando-se ou negando-se. Frente à sua existência, a negação e a afirmação acabam de fracassar. Ele contém o Absurdo – implica-o, mas em estado latente que o impede de existir: o que permite ao infinito ser é despencar lado ao corpo da jovem Jenifer.

Capítulo XVIII – Pânico na ruaSaindo da casa de Blayde, as auto nomeadas detetives levam a carta para casa de Ramiro por uma rua deserta tarde da noite, banhadas pelo esplendor de uma bela lua cheia, numa fria noite nublada elas não imaginavam o perigo que estavam correndo, nem mesmo as tragédias que a curiosidade delas vão ocasionar:
– Eu avisei que estava escurecendo.
– Vocês estão sentindo que alguém está nos seguindo?
– É mesmo, mas não tem ninguém atrás da gente.
–Vamos andar mais rápido, ele não pode nos pegar se estivermos juntas.
A expectativa de Sherer estava errada, pois ao passarem na frente de um beco escuro Carlene que está atrás é puxada e degolada, o psicopata segue o beco que dá na outra rua, enquantoas garotas percebem o sumiço de Carlene:
– Vocês perceberam que finalmente Carlene calou a boca?
– Gente ela sumiu!
– Rápido vamos correr.
Por ironia do destino, Mary Any entra na rua errada ficando de frente ao assassino e não tendo nenhuma chance de defesa de repente do riso fez-se o pranto silencioso e branco como a bruma e das bocas unidas fez-se à espuma e das mãos espalmadas fez-se o espanto, de repente da calma fez-se o vento que dos olhos desfez a última chama e da paixão fez-se o pressentimento e do momento imóvel fez-se o drama, de repente, não mais que de repente perdeu-se a vida. Para a sorte de Lisa, Grenadeyt e Sherer elas encontram Jhon:
– Esperem aí, onde vocês vão tão depressa?
– Jhon, graças a Deus encontramos você, o assassino pegou Mary Any e Carlene.
– Jhon eu preciso de um celular para ligar para David, você tem?
– Tenho sim, aqui está.
Sherer liga para David e manda ele buscar Lisa em um local perto dali, enquanto isso Jhon tenta acalmá-la:
– Calma, agora já passou. Sherer você conseguiu?
– Sim, vamos sair logo daqui.

Capítulo XIX – Sherer conversa com o detetive RamiroPreocupada com o número de vítimas que esse brutal psicopata vinha fazendo, Sherer marca um encontro com o detetive Ramiro planejando criar estratégias para resolução de todo mistério antes que ela torne-se o próximo alvo:
– Fiquei sabendo que o assassino perseguiu vocês ontem?
– É verdade, quando estávamos investigando a casa de Blayde ele nos perseguiu e matou nossas amigas Carlene e Mary Any, a filha do policial Scort.
– Vocês não podiam invadir o local do crime como fizeram, a imprudência de vocês destruiu a vida de suas amigas.
– Eu sei, não me dê mais sermão você não vê que eu não agüento mais tudo que está acontecendo?
Sherer derramou-se em lágrimas como uma espécie de desabafo da amargura que sentira naquele momento, porém Ramiro tenta consolá-la:
– Me desculpe pelo que disse, Sherer por onde anda sua amiga Lisa?
– Ela está morando na casa de David, acho que vai ficar lá até que o assassino seja preso ou até que o trauma passe.
– Creio que se o pegarmos ele não continue vivo, você esqueceu que só existe justiça quando o prejudicado é um policial ou uma família de classe alta.
Sherer retira um pedaço de papel do bolso e mostra para o detetive Ramiro:
– Há! Quase esqueci de te mostrar isso que encontramos na casa de Blayde.
– O que isso significa?
– Nós também não conseguimos descobrir.
– Sherer eu tenho outra notícia desagradável para te dar, Glag e Jenifer foram assassinados também ontem à noite, eu estive pensando e acho melhor você ficar sobre proteção policial.
Quando Sherer entra outra vez em depressão, Jhon chega com uma notícia que promete modificar todos os rumos das investigações:
– Vejam o que eu descobrir, as terminações dos nomes estão formando um tipo de código, vejam: Saimon, Blayde, Pablot, Glag, Jenifer, Mary Any e Carlene.
– Mais uma pista sem sentido, só espero que não faltem letras nesse código.
– Sherer você pode deixar sua agenda comigo para mim comparar com nomes de seus amigos?
– Claro que sim, aqui está.
Sherer preferiu não aceitar a oferta de proteção policial de Ramiro, assim depois que despediu-se de Ramiro foi para sua casa onde imaginava esquecer tudo que acontecera.

Capítulo XX – Sherer recebe visitas
Sherer chega em casa e tenta descansar de todo aquele reboliço, mas seu sossego é interrompido quando recebe as visitas de David e Jack, eles esperaram mais ou menos quinze minutos na porta porque ela ficou com medo de abrir imaginando ser o assassino:
– Como você está?
– Espere aí, David onde você estava ontem a noite quando eu liguei para você?
– Eu saí com uma amiga, porque você esta perguntando isto?
– Por nada, esquece.
Jack interrompe a conversa numa incontrolável curiosidade:
– Sherer como vocês conseguiram escapar?
– Felizmente nós encontramos Jhon perto de lá.
– Se eu vocês eu não confiava muito nesse Jhon, ele é repórter e pode estar matando estas pessoas para conseguir uma boa notícia, já perceberam como ele sempre está com os créditos na capa dos jornais.
O consumismo da dúvida estava lançado, Sherer não retira as palavras de Jack da cabeça, será que Jhon é o assassino?
– David como vai Lisa?
– Mais calma agora, é melhor que eu vá pra casa, para não deixá-la sozinha.
Eles despedem-se e Sherer continua pensativa sobre as palavras de Jack, porém sem silêncio é mais uma vez quebrado ao soar do telefone:
– Alô Jhon, o que você quer?
– Sherer venha me encontrar na lanchonete, pois encontrei mais pistas.
A garota ficou em dúvida porque se Jhon fosse mesmo o assassino sua vida estaria correndo perigo, mas lembrando de seus amigos resolveu correr este risco.

Capítulo XXI – Mais uma morte dupla
David aproveitou que finalmente chegou o final de semana, não por causa da escola já que as aulas foram suspendidas devido aos últimos acontecimentos, assim ele pediu via telefone um almoço especial do restaurante mais freqüentado da cidade, enquanto a comida não chega eles conversavam sobre assuntos diversos:
– Foi horrível tudo que aconteceu David, se você vê como Sherer mostrou ser corajosa, se não fosse por ela eu estaria morta.
– A Sherer é realmente especial.
– Pare de elogiar Sherer, será que eu não mereço nem um elogio?
– Você sabe que você é muito bonita, só não é corajosa como a Sherer.
– Afinal isso foi uma crítica ou um elogio? Eu acho que até o assassino deve ser apaixonado por Sherer, porque todos os homens são.
– E se não for um assassino, for uma assassina?
Antes que eles parassem para pensar, o rapaz que trouxera a comida deles bate na porta, porém quando eles abrem a comida está em marmitas no chão e não tinha ninguém para receber o dinheiro:
– David o que aconteceu?
– A comida está aqui acompanhada por um litro de vinho, mas o rapaz que trouxe foi embora.
– Depois de comer você passa lá e paga, agora vamos almoçar logo que estou faminta.
– Cuidado que peixe morre pela boca.
– Chega de falar de morte, eu não ando tendo boas experiências.
– Então vamos fazer um brinde à vida.
Eles saborearam a comida, deliciaram o vinho, mas antes do término da refeição levaram as mãos a garganta caindo em agonia e morrendo em seguida, o veneno na comida efetuou sua função devastadora sem dar tempo ao casal para pedir socorro.

Capítulo XXII – Tudo começa a fazer sentidoSherer vai a lanchonete que Jhon e Scort estão à espera dela:
– O que você quer falar de tão importante comigo?
– As terminações não estão formando nem um código, observe que está formando o nome de uma pessoa da sua agenda, as letras estavam embaralhadas.
– De quem é o nome formado?
– O da suas amiga Grenadeyt.
– Mais porquê?
– Observe que as letras só estavam na ordem errada, quando eu comparei as letras com os nomes de sua agenda encontrei o de sua amiga.
GLAG G
JENIFER R
BLAYDE E
SAIMON N
(...) A - Falta
(...) D - Falta
CARLENE E
MARY ANY Y
PABLOT T
– Isso é incrível, então não é com qualquer um que estamos nos dando.
– Sherer as letras que faltam são dos nomes de seus amigos David e Lisa, nós precisamos ir para lá.
– Scort é melhor você procurar o detetive Ramiro e nos encontrar na casa de Grenadeyt.
Eles saíram desesperadamente no intuito de salvar a vida das ultimas pessoas da lista.

Capítulo XXIII – Em busca do assassinoAo saírem da lanchonete de onde estavam com Scort, Sherer e Jhon seguem para o apartamento de David. Durante o caminho pessoas por toda rua observam o nervoso dos dois, primeiro por ter vidas em jogo e também pela possibilidade de que Grenadeyt seja a assassina, a mente de Sherer estabelece uma insuportável pressão psicológica sobre os acontecimentos dos últimos dias, em pensar que até outro dia estavam todos juntos planejando uma festa e hoje sete deles estão debaixo da terra.
A tristeza de Sherer aumentara ao ver que mais dois de seus amigos estavam mortos, os corpos estavam sobre a mesa e a comida do crime, secreções saiam por toda parte de seus órgãos e em suas costas estavam cravadas facas simbolizando o retorno do assassino para certificar as mortes, assim seguiram novamente pela rua rumo a casa de Grenadeyt.
Chegam porém deparam-se com o recado pregado na porta com as letras de Grenadeyt onde informava que ela e sua família estavam no teatro, como pudera se não haviam apresentações naquele dia? Jhon pegou a moto de um rapaz aparentemente vinte anos que passava na hora e seguiu ao teatro com Sherer.

Capítulo XXIV – Terror no teatro – parte IJá no teatro eles encontram o lugar aparentemente vazio, no palco um tecido preto cobre algo de mais ou menos dois metros quadrados, vagarosamente Sherer e Jhon aproximam-se para por fim neste mistério:
– Tem alguém aqui?
Jhon tenta de toda forma descobrir se foi armação ou se realmente alguém está observando-os até que Sherer como quem expõe hipóteses, diz:
– Grenadeyt aparece, já sabemos de tudo.
Ao subir no palco eles retiram o tecido preto e visam Lurdes, Jonata, Campy e Mona amarrados, então Sherer aproxima-se e tenta soltá-los, porém Grenadeyt aparece nervosa de arma na mão:
– Afaste-se já daí Sherer!
– Grenadeyt porque você?
– Porque eu? Vocês nunca perceberam que eu amava Pablot? E mesmo assim deixavam que ele me ignorasse, e ainda o aproximavam de duas outras garotas que não o mereciam, foram cúmplices da amante dele e titularam Mary Any como viúva do meu grande amor. Fiz de tudo por ele, matei Blayde que era minha principal rival, quando mesmo assim ele me dispensou ao telefone vi que se seu amor não fosse meu não poderia ser de mais ninguém e o matei, matando também Mary Any pelo status que ela posava de viúva.
– E porque envolver seus pais nisso?
–Eles não são meus pais, nem nunca me contaram que eu fui adotada.
No período em que Sherer rouba a atenção de Grenadeyt, Jhon anda lentamente em direção de Grenadeyt e salta para tomar sua arma, mas recebe um tiro e cai do palco próximo as cadeiras deixando todos a pensar que estava morto. Mais quem poderia ter disparado o tiro? Quem era o outro assassino?

Capítulo XXV – Scort e Ramiro aceleram o salvamento
Scort chega transpirando e cansado no escritório do detetive Ramiro:
– Que bom que encontrei você, venha comigo talvez tenhamos encontrado o assassino.
– Espere, para onde nós vamos?
– Para casa de Jonata e Lurdes, achamos que a filha deles é a assassina.
Eles também encontram o recado na porta da casa de Grenadeyt, mas Ramiro recomenda que Scort chame reforço policial, enquanto ele segue para o teatro.

Capítulo XXVI – Terror no teatro – parte IIDe volta aos acontecimentos no teatro, finalmente aparece o frio e calculista assassino:
– Todo mundo precisa de um parceiro, eu achei alguém com o mesmo sentimento de desprezo que tenho, o atribuindo a vocês.
Antes que Grenadeyt terminasse seu discurso, Jack surge num dos vértices dos bastidores do palco, o primo de Carlene antigo amigo de Sherer era o psicopata que já tinha feito junto a Grenadeyt dez vítimas:
– Ótimo final não acha? Matei todo mundo de modo a concretizar meu ritual satânico e agora me basta acabar com mais uma pessoa e conquisto o poder e também fico com você Sherer, meu único e verdadeiro amor, seremos os únicos sobreviventes da psicopata Grenadeyt mente assassina.
Jack aponta a arma para Grenadeyt, mas antes de atirar, assusta-se com a entrada de Ramiro no Teatro, matando o detetive com um certeiro tiro na cabeça. Ao ser baleado, ele dispara a arma contra Grenadeyt que também morre em poucos segundos.
Desesperada com o tiroteio, Sherer tenta correr para a porta de saída do teatro, mas Jack a obriga a parar ameaçando atirar em suas pernas, recuperando o controle da garota. E assim que eles retornam para o palco, Jhon acerta a arma de Jack e tenta fugir com Sherer, mas o assassino rapidamente recupera a arma e ao mirar é surpreendido com os disparos de Scort, que ao imobilizar Jack por meio dos tiros, ainda aproxima-se e dispara pela última vez, alcançando a consumação da morte de Jack. Sentindo uma mistura de dor e prazer pela vingança, Scort repete várias vezes:
– Isso é pela Mary Any.
Jhon levanta a blusa mostrando a Sherer que o tiro só pegou de raspão no seu braço e pede que chamem uma ambulância. Jonata, Lurdes, Campy e Mona são desamarrados e choram sobre o corpo de Grenadeyt.

Capítulo XXVII - Desvendando o mistérioApós a morte de Jack e Grenadeyt perguntas permaneceram sem revelação: Por que Nátaly - a patricinha amiga de Jenifer - desapareceu de forma misteriosa não tendo seu corpo encontrado? Como Jack sabia que na noite da perseguição Jennifer estava na casa de Glag? Por que o conjunto de letras dos nomes das pessoas assassinadas formavam a nomeclatura Grenadeyt?
– Precisamos pensar como o detetive Ramiro costumava buscar ligações entre os crimes.
– Pensando assim agora tudo começa a fazer sentido, vamos agora mesmo para a casa da Nátaly.
Chegando na casa de Nátaly, os pais da garota vasculham o guarda-roupa órfão e encontram fotos de Nátaly com Jack celebrando rituais satânicos, encontra também a lista original de possíveis alvos e o diário da garota, que apenas apresentava escritos em quatro páginas referentes aos três últimos anos de sua vida:
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Meu nome é Nátaly, tenho 13 anos e escrevo para contar sobre meus três últimos
anos de vida, pois foram os melhores e mais reveladores que uma pessoa pode ter.
Há três anos, conheci um garoto chamado Jack, ele era mais velho que eu e me
iniciou numa seita que eu nunca havia visto antes, ritual que consistia no derramamento de
sangue dos pescadores em busca da imortalidade e do poder.
Jack conseguiu o único trecho de um antigo texto de rituais satânicos, desenterrado
por seu pai numa averiguação arqueológica dentro de um velho templo de magia negra, no
trecho estava escrito assim: "Somente o sangue dos traidores pode proporcionar a
imortalidade, a salvação do espírito e o poder de possuir tudo o que desejares. Este sangue
deve construir uma nomeclatura sistêmica e o proprietário desta nomeclatura já deve pertencer
ao rei das trevas, para que seu sacrifício traga a glória ao sacrificador."
Daí então, tornei-me sua aprendiz e acompanhei sendo informada de todos os seus
prévios passos junto à Grenadeyt na elaboração da lista de possíveis candidatos a oferendas,
ajudando-o a planejar e a escolher todos os instrumentos para a execução de suas oferendas,
e por manter uma falsa amizade com Jenifer, ainda consegui ajudá-lo informando que ela estava
na casa de Glag.
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Jack me disse que enquanto era criança, ele e Grenadeyt excluídos, ameaçados,
ridicularizados e não correspondidos por seus amigos e amores, tanta humilhação proferida
contra os dois geraram um trauma que transformou-se num pacto satânico aos 9 anos de idade,
objetivando destruir todos que lhes humilharam. Anos depois, como combinado, Jack voltou e
reencontrou Grenadeyt dando início a sua tenebrosa vingança.
Meu chefinho sempre me contava tudo o que fazia para manipular Grenadeyt à
escolher sempre vítimas que correspondessem aos interesses do ritual. Jack sempre me disse
que a boba Grenadeyt não sabia de nossos rituais e nem mesmo da minha participação, sendo
informada de todos os passos dela e das demais oferendas.
Jack me disse que o texto do ritual concedia-o, se realizado, além da imortalidade, o
poder de ter tudo o que ele desejasse e o que ele mais desejava era ter o amor de Sherer, mas
que para isso ele precisava sacrificar pessoas e que suas letras iniciais ou terminais formassem
o nome de alguém muito ruim a quem deveria ser sacrificado após a morte da última oferenda.
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Em nossos últimos encontros, Jack me contou sobre a forma em que junto a Grenadeyt
mataram cada oferenda, e vou tentar explicar as ações de meu glorioso chefe:
"O primeiro foi Saimon, o idiota desde criança era apaixonado pela boba da Grenadeyt,
e ela o esnobou por muito tempo devido a sua paixão desesperada por Pablot, mas o garoto
descobriu os planos da garota e começou chantageá-la a manter um relacionamento com ele.
Coagida, ela usou seu charme supondo estar interessada por ele e conseguiu marcar um encontro
na casa dele, ela pediu para que Saimon a acompanhasse até a varanda, em seguida ela o
desafiou a sentar na varanda e ao perceber que havia chegado o momento, o empurrou.
Como Grenadeyt sempre foi apaixonada por Pablot, embora ele só tivesse olhos para
Blayde e Mary Any, por isso, sabendo de seu maior interesse por Blayde, a matou observando
impiedosamente sua rival agonizar até a morte. Mas, ao propor se tornar amante de Pablot ele a
recusou, o que a fez matá-lo por não ter seu amor correspondido.
Após a morte de Pablot, Grenadeyt não suportava a posição de Mary Any como viúva de
Pablot, por isso, ao saber da investigação na casa de Blayde, ela pediu por celular que Jack
matasse Mary Any e qualquer um que atravessasse seu caminho. Mas antes da execução da
proposta, eu informei Jack spbre o encontro entre Jenifer e Glag, então ele resolveu vingar-se da
boba Jennifer pelas humilhações de infância a respeito das roupas velhas e quase sempre de
segunda mão que meu chefe usava, ele a matou e aguardou para vingar-se também de Glag por
tê-lo denúnciado por furtar uma blusa na loja em que prestava serviços, sacrificando Glag ainda na
mesma noite.
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Saindo do apartamento de Glag, Jack observava as meninas atentamente, matando primeiro
sua prima Carlene pelo simples motivo dela o amar e apresentar riscos à vida que ele planejava ao
lado de Sherer. A primeira morte dividiu-as pelas desertas ruas da madrugada baiana, tendo com isso
facilitado a missão quando Mary Any se perdeu e o encontrou isoladamente numa rua diversa da que
as amigas e Grenadeyt haviam seguido. Enquanto isso, Jack me contou que Grenadeyt seguia correndo
ao lado de Sherer e Lisa, até encontraremm Jonh, onde Grenadeyt prosseguia com farsa.
Logo em seguida, Grenadeyt informa para Jack que Lisa e David pediram um jantar num
restaurante próximo da casa de David, o que fez Jack infiltrar-se no carro de entrega para envenenar a
comida do casal, eliminando David porquê era apaixonado por Sherer, e também sacrificando Lisa por
induzir desde criança, a inaceitação de Jack como namorado de Sherer. Completada a lista, Jack quis
que Sherer presencia-se sua exaltação e armou para o sacrifício de Grenadeyt, nesta fase a psicopata
já parecia ter surtado mesmo, ameaçando matar sua família por não terem revelado que ela era
filha adotiva, havia chegado o momento perfeito e eu não perderia isso por nada, estando também presente
no teatro aonde observava atenta e escondida todo o ritual final, mas o susto que a entrada de Ramiro no
teatro exerceu sobre Jack obrigando-o a matá-lo, interrompeu o cumprimento da profecia, me restando sair
dali antes de ser percebida."
Não sei como, mas Jack sabia tudo o que iria acontecer, conseguindo reservar para mim
um lugar longe dos incrédulos, onde eu possa dar seguimento à sua seita.
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Capítulo XXVIII – O destino dos sobreviventes
Três meses depois, todos estão reunidos numa fazenda próxima à cidade de Itaberaba onde foram enterrados os últimos corpos do massacre, apenas Scort não estava lá porque cumpre pena de seis anos em regime fechado por matar Jack que era menor de idade, o padre fazia reservadamente uma espécie de memorial para todas as onze vítimas da mente assassina de Grenadeyt e Jack. Kimbely, Magy e Mona brincavam enquanto Sherer e Lurdes observavam:
– Será que Mona vai superar o que aconteceu?
– Nos primeiros dias ela ficava estranha, mas agora já voltou a ser uma menina alegre como antes, vou tentar não cometer os mesmos erros que cometi ao criar Grenadeyt. Licença que vou brincar um pouco com minha filha.
Sherer aproxima-se de Jhon que estava sentado numa pedra, adimirando uma paisagem pura, com árvores e córregos, dizendo:
– O que você está pensando?
– Eu queria saber a resposta daquela carta, "Roubaram o que era de mais importante para mim".
– Eu acredito que já sei a resposta.
– E qual era?
– O amor!
Aproximando-se, seus olhos cruzaram-se até que seus lábios finalmente tocassem um no outro, confirmando e iniciando o maior e mais sincero amor que aquela cidade interiorana da Bahia já presenciou.

Capítulo XXIV - Resumo do massacreNúmeros:
22 Personagens
10 Vítimas assassinadas 02 Assassinos
09 Sobreviventes 01 Cúmplice

Vítimas assassinadas e respectivos motivos:GLAG G - Denunciou Jack enquanto criança por um furto
JENIFER R - Zombava das roupas de Jack
BLAYDE E - Era titular da vaga de amante de Pablot que Grenadeyt almejava
SAIMON N - Era apaixonado por Grenadeyt e descobrindo o plano a ameaçou
LISA A - Apoiava que Sherer não se relacionasse com Jack
DAVID D - Ele gostava de Sherer e seria um obstáculo para Jack a conquistar
CARLENE E - Apaixona pelo primo Jack poderia torna-se obstáculo entre ele e Sherer
MARY ANY Y - Tomou posse do status de vivúva de Pablot, almejado por Grenadeyt
PABLOT T - Não aceitou Grenadeyt como sua amante

Biografia

Nasci em 09 de outubro de 1986 na cidade de Itaberaba no interior da Bahia, onde conclui o Ensino Médio no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães. Abandonei os cursos de Administração de Empresas e Letras Vernácula na UNEB para cursar Direito em Goiânia, morei em Buenos Aires (Argentina) e em La Paz (Bolívia), estagiei e participei de Congressos, Cursos e Seminários em Brasília, Belo Horizonte, Cuiabá, Vitória, Santos e São Paulo. Próximo de concluir a graduação, transferi o curso para a Universidade Jorge Amado em Salvador, onde pretendo fazer a especialização em Docência Universitária. Publiquei vários artigos científicos, palestrei em vários eventos, tal como já fiz muitas outras comunicações orais científicas, além de ter em descanso mais de 10 (dez) obras escritas, entre peças, contos e romances, e aguardo o momento certo para publicá-las. Tenho artigos selecionados nos maiores eventos científicos do país, como no IIº Colóquio de Filosofia, Direito e Constituição e no IVº Encontro Interdisciplinar de Cultura, Tecnologia e Educação - INTERCULTE, selecionado ainda para Juiz no IIIº Simulado das Nações Unidas.




Autor: THIAGO MACEDO SAMPAIO


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