O papel da internet como ferramenta da Tecnologia da Informação e Comunicação, e seus impactos nos diversos setores da economia



GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

JAIR TIAGO



O papel da internet como ferramenta da Tecnologia da Informação,

e seus impactos nos diversos setores da economia.

Cabo - PE


O papel da internet como ferramenta da Tecnologia da Informação, e seus impactos nos diversos setores da economia.

INTRODUÇÃO

Por meio da Internet criou-se uma nova estrutura digital para TI permitindo compartilhar informações por todos os setores das empresas que dependem cada vez mais dela para continuarem eficientes e competitivas, pois a comunicação é mais fácil, o custo é menor, e se adapta a qualquer plataforma computacional o que se diferencia das antigas redes proprietárias que eram utilizadas. Os parceiros comerciais têm comunicação  direta 24H por dia sem intermediários e procedimentos ineficientes.

Desta forma as empresas que mais cedo se adequarem a esta ferramenta irão atrair novos clientes e fornecedores  com pouco esforço e ainda reduzem os custos de transação como pagar contas, processar pedidos, atender um cliente, também possibilita aos gerentes uma nova forma de coordenação sob os funcionários, pois controle um número maior deles envolvidos em diferentes tarefas e partes do mundo utilizando também  ferramentas on-line como e-mail, dispositivos móveis para comunicação, estes e outros serviços  juntamente com a quantidade de benefícios e novas oportunidades são responsáveis pela "explosão de empresas eletrônicas".

DESENVOLVIMENTO

Observando a Internet num âmbito geral, podemos afirmar que ela tanto trouxe benefícios para as empresa como também para os clientes. A assimetria que existia entre o cliente e o revendedor passou a ser reduzida, pois os clientes compram carros pela web escolhendo a fabrica e o modelo por melhores preços e condições, isso transformou totalmente a Riqueza que é a quantidade de informação que uma empresa oferece sobre um produto ou serviço e também a que coleta do cliente, e o alcance da informação que é a quantidade de pessoas que ela atende e a quantidade de produtos e serviços oferecidos, isto facilitou o atendimento ao cliente, reduziu custos operacionais, expandiu produtos etc.. Outras vantagens para o cliente é que os produtos ou serviços são mais barato. A remoção de organizações ou camadas de processos de negocio, ou seja, os intermediários em uma cadeia de valor chamam-se desintermediação. Da mesma forma que excluem intermediários cria novos em alguns setores, podendo ser chamados infomediarios que auxiliam os usuários da internet a obter informações e localizar produtos e serviços on-line, então ocorre a reintermediação que desloca uma cadeia de valor para uma nova fonte.

Com o aparecimento da Internet a economia mundial passou a ter outro aspecto, e o surgimento da economia digital. A tecnologia se torna pela primeira vez a força dominante. Com a informação sendo o direcionador do valor e da criação de riqueza, a tecnologia de informação se torna a chave de sucesso num número crescente de indústrias. As empresas do serviço de informações já sabem disso há muitos anos e vêm usando ativamente a tecnologia de informação e a internet com grande vantagem. Mas, na economia digital, percebe-se que o alcance da tecnologia de informação se estende até as tradicionais e moderadas indústrias.

Os fabricantes competem menos por sua habilidade de fabricação e mais por sua capacidade de se conectar eletronicamente a fornecedores e clientes e implementar a tecnologia da informação para aperfeiçoar os processos. Os distribuidores competem menos por sua capacidade de administrar uma frota de caminhões e mais por sua capacidade de saber onde está cada widget seu trânsito, e para aperfeiçoar o carregamento e roteamento através do uso efetivo das tecnologias de comunicações e informações. Os varejistas competem menos sobre como escolhem bens imobiliários e projetam layouts de lojas, e mais sobre como rastreiam os padrões de compra do consumidor e usam informações de pontos-de-venda para formar elos estreitos com os fornecedores.

Com toda essa mudança no mercado, foi dado início a novas formas de negócios onde as empresas estão quase que obrigadas a se adequar aos novos modelos, alguns descritos a seguir:

- Loja Virtual: venda direto a clientes ou empresas individuais;

- Corretora de Transações: processa transações on-line;

- Corretora de Informações: gera receita em colocação de anúncios web, disponibilizando informações sobre produtos a pessoas e empresas.

- E-marketplace: ambiente digital onde reúnem se pessoas para discutir e apresentar preços promovendo até leiloes.

- Provedora de Conteúdo: gera receita fornecendo conteúdo digital como músicas, vídeo, fotos onde o cliente paga pelo acesso a elas ou para distribuir elas.

- Provedora de serviços on-line: gera receita por taxas de inscrição propaganda ou coleta de informações de marketing dos usuários.

- Comunidade Virtual: reunião de pessoas on-line para descobrir informações úteis. Portal entrada na web com conteúdo e serviços especializados.

Através destes fornecem ao cliente novas formas de atendimento, produtos, informações, preços etc.. Os novos modelos de negócios ainda dividem-se em puros que são totalmente virtuais (Web) e Híbridos que são reais (físicos) e virtuais.

O comércio eletrônico possui duas formas de transação, a 1º se refere à natureza dos participantes que divide o comercio eletrônico em várias formas:

- B2B - business-to-business

- B2C - business-to-consumer

- B2A - business-to-administration (governo)

- B2E - business-to-employee

- A2A - administration-to-administration (ex.: governo para governo)

- A2B - administration-to-business

- A2C - administration-to-consumer

- C2C - consumer-to-consumer

- B2C2 - Business-to-communities

Normalmente relacionado aos portais (intranets) que atendem aos funcionários. Tem por objetivo de ser uma área central de relacionamento com a empresa. Através dele os funcionários podem, por exemplo, pedir material para sua área, gerir todos os seus benefício ou até utilizar processos de gestão dos funcionários (faltas, avaliações, inscrições em treinamentos...).

Ainda existem as siglas invertidas como G2B e C2B que representam a inversão de quem vende e quem compra e variações como E2E e G2G que completam os relacionamentos possíveis.

A 2° se refere à conexão física entre o participante e a web, utilizavam-se redes ligadas por fio e hoje se pode acessar a internet e todos seus tipos de serviços através de telefones celulares e outras aplicações digitais portáteis sem fio. A utilização desse tipo de aparelho chama-se Comércio móvel (m-commerce).

Apesar de toda essa facilidade que abordei com pesquisas feitas, ainda existe certo receio de muitos clientes em fazer transações pela internet, devido aos inúmeros casos de roubo, falta de segurança, pois não existem leis para o comercio eletrônico que assegurem validade de documentos digitais que podem ser copiados, contratos via e-mail podem não ser seguros, assinaturas eletrônicas podem ser falsificadas etc.. Mas ainda o maior problema é saber a lei de que pais aplicar... (daquele onde esta o fabricante? O servidor? Ou o cliente?). Segurança e Privacidade também são desafios, pois informações importantes como dados pessoais, elaboração de um produto.. passam por diversos sistemas de computadores antes de chegar ao destino e podem ser copiadas, monitoradas, armazenadas em qualquer ponto da rota , sendo utilizadas para falsificação questões de concorrência, roubos. Estes processos às vezes ocorrem sem querer através dos sistemas de rastreamento utilizados para obter automaticamente dados de clientes sem que tenham q se cadastrar, mas também podem ser realizados propositalmente por Hachers, vândalos e criminosos da informática que às vezes recebem dinheiro em troca para realizar a espionagem.

Mesmo com todos esses temores, vamos aproveitar os benefícios que a Internet e a TI nos traz, e sabendo utilizar da forma correta, com certeza conseguiremos bons resultados.

CASE

Coca-Cola e Gol: casos de sucesso na Internet

O Marketing está entendendo e utilizando a Internet de forma cada vez mais eficiente. Empresas como Coca-Cola e a companhia área Gol tem sentindo em seus balanços financeiros os resultados positivos das estratégias desenvolvidas no meio digital. Na Coca-Cola, a associação com música foi fundamental para atingir o jovem, além do monitoramento on-line do boca-a-boca fazem parte da receita de sucesso. Com a Gol, o plano de vôo é investir em promoções exclusivas, sem contar no plano de negócio calcado na venda on-line.

A campanha "Viva o Lado Coca-Cola da Música" foi o ponto de partida para atrair os consumidores digitais. A marca criou o Estúdio Coca-Cola que promoveu a mistura entre músicos como Marcelo D2 e Lenine, como NX Zero e Babado Novo e Pitty e Negra Li em programas especiais na MTV. Já no endereço eletrônico, havia uma série de conteúdos exclusivos, como veiculado em um especial na MTV ganhou corpo na Internet com blog, atualizado diariamente com informações sobre os cantores e bandas, fotos e vídeos mostrando os bastidores, entre outros.

No hotsite também era possível criar músicas personalizadas, misturando sons e estilos diversos, de acordo com o tema da campanha, e trocá-las pelas criações de outros usuários, transmitindo-as para ipod ou celular. A campanha também esteve presente no MSN com uma aba exibindo vídeos e pequenos textos, de onde 45% dos visitantes do hotsite partiram. "O conteúdo multimídia era um aspecto fundamental, pois era ele quem gerava assunto, manteve o assunto fresco na cabeça das pessoas e gerava retorno ao site", Adriana Knackfuss, Gerente de Marketing da Coca-Cola Brasil, durante I Fórum Internacional ABA Petrobras de Comunicação Digital, realizado no Rio de Janeiro.

Ação integrada

Além do trabalho de comunicação digital, a ação foi reforçada com a promoção "Tag Hits", que permitia a troca de anéis e tampas de garrafa pelos chamados Tags, pequenas placas de metal como enfeite para colar de pescoço. Alguns deles davam direito a um ipod. Uma campanha publicitária na mídia também divulgava a ação e uma embalagem temática foi adotada nos refrigerantes. "Foi a primeira vez que conseguimos realizar um trabalho consistente, não só na estratégia de integração, como também na mensuração dos resultados", comenta Adriana. E bons resultados, diga-se de passagem.

A Coca-Cola registrou recorde de acesso ao seu site. Foram quase 1,5 milhão de visitas no mês de maio, mês da apresentação da dupla Pitty e Negra Li, vídeo que foi baixado cerca de 700 mil vezes. O canal no YouTube, sozinho, registrou mais de 30 mil views. Pelo site de vídeos e pelas diversas comunidades do Orkut, a Coca-Cola pôde monitorar as impressões e opiniões que o público vinha tendo da ação.

Segundo Adriana, a campanha atingiu 21 milhões de visitantes únicos, o que corresponde à cerca de 64% dos internautas brasileiros. "As pessoas sempre esperam algo muito grande e inovador da Coca-Cola. Estamos falando de um programa de música, que passou na MTV e teve desdobramento na Internet. Entendemos que em ações como essas não competimos com outras marcas de refrigerante e sim com outras mídias, como o celular e a própria Internet", diz a Gerente de Marketing.

O resultado esperado era estimular o consumo diário de Coca-Cola entre seus consumidores. E, para isso, a empresa vê o público jovem como ideal, já que estão em fase de formação, ficando mais difícil atingir um sucesso semelhante em uma ação para adultos. Para isso, o trabalho que juntou a música com a Internet foi fundamental no sucesso desta ação. Segundo ela, a associação da empresa com a música vem trazendo os melhores resultados à companhia e, por isso, esse tipo de estratégia deve continuar.

Gol Linhas Aéreas

Já a história da Gol com a Internet é ainda mais próxima. A primeira companhia aérea com conceito low cost, low fare (baixo custo, baixa tarifa) inovou também ao trabalhar com e-commerce, realizando a venda de passagens através de seu website logo no primeiro ano. O grande destaque viria com as promoções realizadas exclusivamente no meio digital. A primeira delas aconteceu em fevereiro de 2003, ofertando passagens a R$ 1.

Ainda em 2003, uma promoção de grande sucesso causou alguns problemas à companhia. Através dela, era possível comprar pela primeira vez passagens de ida e volta por um preço promocional (R$ 50 cada). A ação, disponível apenas pela Internet, foi um sucesso, gerando um alto número de acessos, o que deixou o site lento e fora do ar por algumas horas.

Desde então, a Gol passou a oferecer suas promoções a partir das 22 horas, visto que o site é mais procurado no horário comercial, evitando que o sistema apresente falhas e leve possíveis passageiros a optar por outra companhia. Clientes do programa de fidelidade Voe Fácil, porém, têm acesso às passagens promocionais a qualquer hora do dia.

No segundo semestre de 2007, o site da empresa atraiu 4,4 milhões de visitantes únicos em média por mês, um aumento de 23% em comparação com o mesmo período no ano anterior. Ao todo a Internet representa 80% do total vendido pela empresa. No ano passado, o site apresentou uma venda 15% maior do que em 2006.

Promoções curtas são mais eficientes

No quesito promoção on-line, Celso Amereno, Gerente On-line da Gol, compara o resultado entre duas promoções recentes. A primeira delas foi realizada em parceria com a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), em setembro de 2007. A empresa tinha como desafio criar uma promoção de venda que gerasse uma contribuição para uma causa social. A promoção "Gol e Você são 10" oferecia passagens de volta a R$ 10, valor que foi totalmente revertido à AACD.

A meta era vender 100 mil trechos até o fim da promoção, no dia 31 de outubro. Publicidade em aeroportos e e-mail marketing divulgavam a ação, além do trabalho de assessoria de imprensa de ambas as instituições. Ao final, com a prorrogação de um mês, a empresa faturou a venda de mais de 205 mil trechos e um cheque de R$ 2,2 milhões doados no programa Teleton à instituição beneficente.

A outra promoção tinha como objetivo fomentar as vendas do período de baixa temporada. A ação foi montada em apenas cinco dias, oferecendo a passagem de volta por R$ 7. A divulgação ficou restrita à assessoria de imprensa e a meta era vender, em um período de 15 dias, 200 mil trechos, valor que ao final foi superado em 38 mil, chegando a 238 mil passagens vendidas. "Isso revelou à empresa que promoções realizadas em um período mais curto trazem um melhor retorno de vendas. Se tivéssemos realizado uma preparação em um tempo maior, provavelmente o resultado seria ainda mais surpreendente", conta o Gerente On-Line da Gol. Atualmente, as estratégias de web são desenvolvidas em parceria com a agência Lumina1, que conquistou conta da companhia aérea há três anos.

Fonte: www.mundodomarketing.com.br


Autor: Jair Tiago


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