Norah Jones, "The Fall"
Todas as músicas do álbum são muito boas, não existe nenhuma que se possa dizer que seja má e após ter ouvido o disco várias vezes posso dizer que é pleo menos tão bom como o seu primeiro álbum "Come away with Me".
Neste novo álbum o instrumento previligiado pela cantora é a sua voz com um timbre cada vez mais jazz e soul, acompanhada por guiterras de som retro e por bateria a condizer. Este som dá às canções um ar mais caloroso que toca directamente nos nossos corações.
Longe vão as orquestrações luxuosas de álbuns anteriores, aqui substituídas por guitarra, baixo, bateria e teclados. Um alinhamento clássico que será facilmente reproduzível em concerto e ideal para espaços mais pequenos. Musicalmente a diferença principal face a álbuns anteriores é que as músicas em vez de nascerem e serem baseadas no piano, são mais orientadas pela e para a guitarra.
O som suave e melancólico da guitarra que perpassa quase todas as músicas é muito agradável. Sempre gostei do som da guitarra eléctrica e por isso agrada-me bastante que a Norah Jones esteja a utilizá-la mais na sua música. É a própria Norah que toca guitarra em algumas das músicas e não é nada má, devo acrescentar. Ao mesmo tempo, as linhas de baixo e a percussão em cada uma das músicas estão mais atractivas, conferindo mais ritmo do que nos álbuns anteriores. Também se repara que algumas das canções têm um ar mais Pop e mesmo mais Rock Alternativo com efeitos sonoros que quase podem ser descritos como de distorção. Isto revela uma clara quebra com os álbuns anteriores, que eram muito limpos e quase clássicos na sua sonoridade. Este aspecto também pode ter algo que ver com a recente separação do namorado e cúmplice na escrita dos álbuns anteriores.
"The Fall" é um álbum muito bem construído em termos conceptuais mas dada a ausência de músicas com um gancho suficientemente pop para não sair-nos da cabeça, obriga a ouvir algumas vezes até começar a entrar no nosso ouvido. A fotografia da capa onde aparece com um cão, tirada por Autumn De Wilde é belíssima e ficaria divinal numa daquelas capas antigas dos discos de Vynil.
Jacquire King é o produtor do disco e com ele trás uma mão cheia de músicos de primeira qualidade como a Erykah Badu nos teclados e o Elvis Costello em algumas guitarras, que empresta o seu talento em várias músicas. Um álbum a não perder e pode ser uma óptima alternativa para quem procura por presentes diferentes para oferecer neste Natal.
Alinhamento completo do Álbum:
1. Chasing Pirates
2. Even Though
3. Light As A Feather
4. Young Blood
5. I Wouldn't Need You
6. Waiting
7. It's Gonna Be
8. You've Ruined Me
9. Back To Manhattan
10. Stuck
11. December
12. Tell Yer Mama
13. Man of the Hour
Autor: Fernando Freitas
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