Como resolver os problemas de relacionamento
Todos sabem que a transparência é a melhor saída, a flexibilidade é muito positiva e que a atitude verdadeira é a mais correta. Então, por que as pessoas não são assertivas freqüentemente? Pode ser o medo de perder o emprego, de perder o amor do outro, de ser humilhado, enfim, medo da exclusão. O grau do risco de perda é diretamente proporcional ao grau de auto-estima da pessoa. Assim, se você não está técnica e psicologicamente preparado para encarar uma situação problema, torna-se um forte candidato a perder sua assertividade e desenvolver mecanismo de defesa: de ataque ou fuga do problema.
A assertividade está intimamente ligada ao autoconhecimento. Se você não tem o costume de ser perguntar o que quer, porque quer, por que isso é realmente importante, você não terá certeza de ser firme e assertivo sobre determinado assunto.
Se você não sabe o que quer corre o risco de adotar o comportamento passivo. Mas, se você sabe o que quer e não tem coragem de fazer valer o desejo que percebe em si, amargando uma raiva que se transforma em ironias e sarcasmos, você adota o comportamento passivo-agressivo.
A auto-estima é a base do comportamento assertivo e é uma área a qual todos precisam cuidar muito. A pessoa com auto-estima de média a baixa é altamente dependente e demonstra pouca iniciativa e autonomia, porque os riscos de desaprovação social são grandes demais para serem enfrentados.
O comportamento assertivo aposta na mudança do comportamento passivo ou agressivo para a adoção de um comportamento maduro e honesto. A técnica da empatia (colocar-ser no lugar do outro e enxergar a situação com os olhos do outro) é extremamente importante para a assertividade.
Muitas vezes adota-se crenças baseadas em conclusões inferidas do que observamos e nem sempre comprovadas, acrescidas pela nossa experiência passada. Desta forma, a capacidade de alcançar os resultados fica comprometida pelas crenças que selecionamos como verdadeiras. Por exemplo: concluir que fulano não gosta de você porque outro dia ele não o cumprimentou no corredor; concluir que fulano acha você incompetente porque, quando você apresentava sua idéia na reunião, ele olhou para o relógio e sugeriu que você falasse outro dia; acreditar que seu namorado(a) não está gostando de você porque ele(a) recusou um convite para jantar, sem dar maiores explicações.
Temos de estar sempre checando se as nossas crenças e valores estão em sintonia com a realidade. Como? Afugente qualquer fumaça de dúvida. Achou que seu chefe teve um comportamento duvidoso? Coloque tudo em pratos limpos. Sentiu-se que foi mal interpretado e causou mal-estar na equipe? Sente para uma conversa franca e esclareça. Achou que o seu cliente sentiu-se incomodado com uma nova diretriz da empresa? Posicione-se e escute-o. Sentiu que não passou uma mensagem como deveria? Peça licença e volte ao assunto.
Muito bem. A partir daqui, você percebeu que o comportamento assertivo é mais trabalhoso do que imaginava, uma vez que ele está ligado a crenças e valores, e, às vezes, muda-los de uma hora para outra é muito difícil. Realmente, a mudança leva tempo. É um processo a longo prazo, mas perfeitamente possível.
A escolha é a palavra chave da assertividade. Ser assertivo é sempre, em qualquer situação, escolher o que é melhor fazer, o momento adequado e o local certo- com cada pessoa do seu convívio, respeitando a si e ao outros. Lembre-se, aquilo que não agregar valor a você e nem ao outro é melhor não dizer e não fazer.
Autor: Cíntia Gemmo Vilani
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