O MUNDO ESPIRITUAL AQUÁTICO DO RIO MADEIRA



              O MUNDO ESPIRITUAL AQUÁTICO DO RIO MADEIRA

 

Passados aproximadamente uns três meses do episódio de meu afogamento no rio, estava esquecendo-me deste fato, passeando com a lancha na localidade do Machado no Rio Madeira. Aproximei-me uns 50 metros da base da cachoeira submersa conhecida como tamborete, desliguei o motor da lancha, levantei a rabeta do motor, deixando a lancha descer à deriva rio abaixo. Sentei-me no meio da lancha aproveitando o maravilhoso dia de sol, e todo o seu esplendor refletido em toda a floresta amazônica e rio.

Tão acostumado ao barulho das dragas e motores, que o silêncio que estava em minha volta fez-me entrar em estado de reflexão e admiração do poder da natureza. Distraído desta forma, tomei um dos maiores sustos de minha vida, quando senti alguns respingos d’água atingir meu rosto. Olhei em minha volta e nada vi. Foi quando fui bruscamente tomado por um arrepio ao sentir a presença de uma energia espiritual e física, até então desconhecida para mim. A impressão era de que alguém tinha colocado a trilha sonora do filme “Tubarão” e eu fui virando meu pescoço lentamente para a esquerda e, ao baixar os olhos para a água dei de cara com dois enormes olhos a me observar. Era um animal de aproximadamente 3 metros de comprimento. A luz do sol refletia a sua cor rosada em toda extensão do corpo deste animal fantástico que parecia um golfinho (mais tarde soube que era um boto cor-de-rosa).

O susto foi tão grande que quase me atirei na água, só não o fiz porque dei de cara com outro boto no outro lado da lancha. Tomado pela peculiar incompreensão e medo do desconhecido e certa covardia humana. Bati arranque e sai em disparada. Quando estava a uns 50 metros de distância, e o vento fez com que o oxigênio circulasse novamente em meu cérebro e pernas, tive outra visão como se tivesse enxergado pela minha nuca (clarividência).

Pensei ter visto de três a quatro botos emergirem num salto espetacular na água para submergirem novamente com extrema graça e velocidade. Mergulhando por baixo da cachoeira submersa até uma espécie de janela nas rochas que ligam o nosso mundo aquático a outro mundo dimensional de águas de extrema transparência e luminosidade.

Esses botos para lá adentraram, e eu por algum motivo parecia estar de certa forma junto a eles; vendo o que eles viam, sentindo uma euforia indescritível de alegria e bem-estar. Apresentaram-se também seres enteais e elementais de extrema sutileza e transparência. Seus corpos geravam luz própria. Nas mais agradáveis tonalidades. Percebi logo mais adiante um grupo de ondinas e sereias astrais. De repente sem aviso algum como se tivesse recebido ordem superior para não avançarem mais. Os botos começaram a voltar para nossa dimensão. Ainda pude perceber em meu retorno que uma enorme quantidade de seres de extrema seriedade e poder a me observar; pude ainda constatar um grande cajado aparentemente de ouro maciço e cravejado de grandes gemas, como se estivesse guardando a entrada de três enormes casulos aparentando ser imensas cidades. Tudo isso me foi mostrado numa fração de tempo e espaço que desconheço. Mas sei que levei aproximadamente uma semana para identificar e compreender o que tinha visto.


Autor: Alexandre Schorn


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