Em quem Votar?



Ao aproximar-se das eleições instaura na mente dos cidadãos a incógnita do voto. Hoje, mais que nunca, essa questão nos perturba, vivemos um momento complexo em nossa democracia, visto que nos embrenhamos muna grave crise de valores, onde a honestidade é um elemento que passa ao longe. Não há um código de honra, não há verdade no discurso, não há autenticidade nas palavras. Somente palavras soltas ao vento, incoerências e inverdades.

Assim, nos deparamos com as mazelas de um país incoerente e inconstante, onde não há ideologia nem verdade, mas somente interesse e disputa. Finalmente o capital conseguiu chegar ao centro de toda a estrutura mundial, tudo gira, tudo é e se move em torno do dinheiro, que consigo traz a dor, a guerra e a fome.

Irrompe diante de nós um momento único, muito interessante, que nos convoca a algo novo, um novo ideal, uma nova luta. Quem sabe uma re-fundamentação das estruturas? Olhando para o quadro sócio-político de nosso Brasil, percebemos que não interessa o governante, a assembléia, o grupo que dirige, as coisas permanecem sempre da mesma forma. Disso, percebemos que não adianta mudar os políticos, mudar os prefeitos, mudar os agentes, se não optarmos pela re-fundamentação.

Quando falamos em re-fundamentação não estamos acenando para uma reorganização, pois a atitude de reorganizar mantém os mesmos elementos e somente trocando-os de lugar. Contudo a re-fundamentação acena para algo totalmente novo, talvez inalcançável e utópico, mas que poderia irromper como possibilidade para a não permanência desta democracia decrépita.

Refletindo um pouco sobre nossos possíveis candidatos à presidência, sentimo-nos impotentes frente ao quadro que se apresenta. Em primeiro lugar vem o presidente Lula, que teve sua chance de mostrar que as políticas de base só são possíveis fora da estrutura opressora do capitalismo; este chegou a presidência com sonhos projetos, porém sai dela com o rótulo de incompetente e incapaz.

Em segundo lugar, o Garotinho, este usou da febre proselitista evangélica, onde não interessa o candidato, basta ser membro do grupo para que todos o considerem apto para exercer qualquer cargo, para isto basta ter amigos pastores, falar em assembléias e aguardar a multiplicação dos votos. Em terceiro, o Governador Alckmin, quem sabe o que pode vir de alguém que pouca coisa fez além de estar num cargo político? E que ainda carrega o apelido de “picolé de chuchu”, por ser um governante sem carisma e com poucas obras?

Por fim, aparece a Heloísa Helena, que em termos de caráter seria a pessoa em melhores condições para o cargo, porém não possui uma equipe bem montada e teria de contar com o velho PT para a base de seu governo.
Por isso, sugerimos a re-fundamentação, simplesmente não há o que fazer. Uma boa sugestão é a democracia, mas para que ela surja aqui é necessária a total revolução. Destarte, permanece em nós a aporia, “Em quem votar?”
Autor: Dennys Robson Girardi


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