Quem é o Ecoturista?



Para o turista ecológico tudo é válido, desde de vulcões, borboletas, baleias, pássaros, o mar, animais silvestres, insetos ou um simples, arco-íris.O turista precisa de orientação e educação, para ajudar a causar o menor impacto no lugar de visitação. Até por que não é só impacto no ambiente, mas também existe o cultural.

Viajar para ambientes ricos em paisagens e bens culturais com o objetivo de apreciar as belezas e os atrativos é um dos componentes que fazem do viajante um ecoturista. Este personagem está disposto a pagar boas quantias para ter o prazer de manter contato com a natureza.

Em Fernando de Noronha, por exemplo, a taxa de conservação cobrada dos turistas é de quase R$ 22 por dia passado no arquipélago. Este turista pode estar habituado a percorrer trilhas difíceis e procurar emoções na escalada de montanhas, mas pode também ser mais contemplativo, preferindo o isolamento ou a observação de espécies animais.

O ecoturista típico, segundo estudo do Sebrae-SP, é exigente e sabe distinguir o rústico do precário e não aceita serviços ruins e mal planejados.

No Brasil, o que mais impressiona o ecoturista é a beleza do Pantanal matogrosensse e o fato de algumas famílias estarem abrindo suas fazendas, transformando-as em locais de pousada, sem abrir mão de suas atividades tradicionais, como a agricultura.

A cidade de Brotas, no interior paulista, se encontra em pleno desenvolvimento em relação as atividades ecoturísticas, possuindo alguns projetos muito interessantes. Porém, está longe de atingir a excelência em produtos ecoturísticos, não há ainda sustentabilidade e o que vemos é uma grande demanda para uma oferta razoável de serviços. Alguns dos produtos existentes, para se tornarem sustentáveis, devem passar por uma "revisão".

Outras atrações ecoturisticas merecem ser destacadas, como: a Chapada dos Veadeiros, Parques turísticos, Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN), as Cataratas do Iguaçu, a Chapada dos Guimarães, Florianópolis e todo o litoral catarinense, o litoral e a região serrana do Rio de Janeiro (Paraty, Petrópolis, Angra dos Reis,Itatiaia, Visconde de Mauá, etc) e de São Paulo (Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba, Campos do Jordão,Monte Verde, etc)

Temos ainda preciosidades como: Costa do Descobrimento na Bahia, a Rota Romântica na Serra Gaúcha reveladora da colonização alemã na região, as riquezas de Minas Gerais, enfim, temos história e uma cultura vastíssima que passa pelos índios, Portugueses e por todos os povos de diferentes culturas que influenciaram a formação de nosso povo.

Na avaliação de estratégias para empreender neste segmento, considera-se o público-alvo no ecoturismo dividido em dois grandes grupos potenciais: os nacionais e os internacionais. Até bem pouco tempo era o turista internacional o alvo preferido dos empreendedores brasileiros.

As atuais condições do mercado, no entanto, apontaram em direção a preferenciar o turista nacional. De acordo com documento elaborado pela Embratur, a demanda interna, formada por turistas domésticos, é muito grande e não suficientemente atendida.

Ainda segundo o documento, o mercado internacional, principalmente da Europa, está acostumado a ofertas de produtos ecoturísticos de qualidade. "O turista estrangeiro exige bons serviços, segurança, comodidade e planejamento, condições que no Brasil ainda estão começando a ser desenvolvidas", diz o documento.

Antes de querer alcançar o público internacional, é melhor testar bastante os produtos nacionais. A busca da qualidade junto ao público nacional acabará por nos qualificar, num futuro próximo a trabalhar também com públicos internacionais.
Autor: Vininha F. Carvalho


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