Conceituando Exploração Infantil: Uma Visão Holística das Modalidades –Sociedade Esportiva, Uma Ostentação Filosófica, ou uma Criança / Negócio?



Caros leitores, ao acordar vieram em minha alma uma certa inquietação, pós assistir ao programa renomado na Tv Globo, exibido na noite de 02/06/2006 intitulado de Globo Repórter, expondo naquele precioso horário nosso maestral momento brasileiro “COPA DO MUNDO”, e ao trocar uma idéia com uma amiga à cerca da abordagem, surgiu então, as interrogações no que tange aos conceitos relativos a exploração profissional infantil.
Ora, podemos observar claramente o desempenho profissional de um moleque de apenas 12 anos, onde, mantém recebimento de proventos mensais de R$ 10.000,00, por outro lado, tivemos o prazer de conhecer também outro garoto com 10 anos, se destacando no futebol brasileiro, esse, sem patrocinador, ou sem investidor de um mercado promissor, em um garoto promissor, com um talento invejável, onde seu principal lazer chama-se bola. E agora, o que vem em minha cabeça é exatamente a interpretação dos conceitos existentes acima já comentado, onde no Brasil podemos ver um desenvolvimento profissional infantil sendo tratado pelo futebol, como um simples lazer. Ou seria interpretado como um dom assim colocado pelo moleque que hoje exerce a função de um chefe de família, pois seu provento de R$ 10.000,00 mantém a estrutura familiar, tivemos o prazer de ouvirmos que seus pais não cobram do moleque a responsabilidade de um chefe de família, e porque o faria? Afinal são R$10.000,00 mensais...?
Olha amigos refletirmos sobre nossa sociedade, e podermos expressar essas dúvidas persistentes em nossas mentes é de grande valia, pois o que é exploração profissional infantil no Brasil? Em alguma outra matéria, também foram apresentadas outras modalidades infantis, relatando dessa vez as carvoarias, a cana de açúcar, o lixão, dentre elas outras modalidades de esporte, poderíamos assim dizer que para entendermos a visão do homem relativo a esse conceito, é necessário entendermos as variedades de modalidades infantis em uma sociedade clara, óbvia, quando se trata de conceituar os esportes infantis. Minha dificuldade talvez seja o que não tive, uma infância moderna, atrelada a esportes elitizados onde sua nomenclatura era considerada ajuda a sua genitora, classificando-as em três: arrumar a casa, lavar as roupas e lavar a louça do almoço café e jantar, quando tínhamos, dentre os intervalos a matança de porco da criação de minha tia, a sangria de frango de granja, a lavoura, o cultivo de hortaliças como coentro, cebolinha, tomate, pois então, foi algo de muito natural, sobretudo fez despertar em mim uma consciência crítica, dotada de uma importância tamanha em meu desenvolvimento infantil, e cultural existente no mercado, e cresci assim com um esporte muito bem praticado no Brasil, em milhares de família intitulado de exploração infantil, e agora? Os senhores leitores conseguem alcançar tais singularidades entre os conceitos expressos? Ou mantém-se da mesma forma que esta singela pessoa que vos questiona a respeito? Talvez para a um menor grupo social temos a definição, então vamos ao Aurélio: EXPLORAR: Procurar, descobrir, percorrer estudando, desenvolver (negócio ou indústria) tirar proveito, partido – (pessoas).
Vamos a outra definição: INFÃNCIA –Período de crescimento do ser humano, que vai do nascimento a puberdade, puerícia, meninice. (criança). O primeiro período de existência de uma instituição, sociedade. (mercado). Ora, ora, então temos uma mera coincidência entre as definições, pois os conceitos de desenvolvimento do ser humano, estão atrelados ao desenvolvimento de negócio institucional na sociedade mercadologica Brasileira. Que bonito é...refrão do hino na Copa do Mundo. Como entender e separar crescimento de um ser, ao crescimento de negócios? Como discernir um pouco de conhecimento dos fatos sociais, as explorações esportivas? Afinal o que é exploração infantil profissional, no que tange aos conceitos apresentados? No estado em que resido, vimos a pouco alguma matéria sobre a pesca de sururu, uma iguaria existente em nossas lagoas de um sabor inigualável, e diria uma das melhores na modalidade culinária do país, aliás, aos que interessar convidou a degusta-lo. Na exploração da matéria, tínhamos alguns pequenos desportistas social, onde praticar a pesca desse fruto, para suprir as necessidades alimentícias familiar e sociais dos arredores, na oportunidade o esporte foi considerado exploração infantil. Será uma forma de separar as classes esportistas, tipo arremesso de rede de pesca, de um futebol elitizado e explorado de forma economicamente viável aos olhos sociais – negócio...? Ou é apenas uma rede de arrasta, onde o futebol no Brasil se joga, e joga bonito. Bom enquanto a sociedade de uma classe se arrasta com intuito de tornar esse esporte legal, outra classe não se esforça, apenas faz festa com um investimento desordenado de salários altíssimos e uma mega estrutura exercida pela FIFA mostrada em nosso cenário mundial como podemos assim verificar, A COPA DO MUNDO, o que tem por traz desse mercado? O que escondem de nossos olhos nesse período? Como será o Brasil dia após dia desse mega evento? Devemos caro leitor, indagar mais, interrogar mais, participar mais de um crescimento sustentável social e profissional, onde os conceitos não sirvam apenas de modo operantes a um marketing esportivo, mas, que atrelados e integrados, nos sirvam de uma cadeia produtiva revolucionária e nos tragam respostas as diferenças sociais. Não afirmamos ao separarmos as modalidades profissionais infantis, e não agregamos valores sociais às modalidades menos elitizadas de maneira que venham ter sucesso social e não sucesso individual?
É, a indignação não para por ai, podemos relatar algumas outras modalidades de exploração infantil, e percebo que são muitas, pois ao classificar por grupo, observamos outras elites: Os artistas, os músicos. E os cortadores de cana, os pescadores, as lavadeiras, as carregadoras de água na cabeça do sertão de Alagoas, as babás de seu irmão com fome, os recordistas de sinal de trânsito. Essas modalidades têm atingido recordes impressionante, aliás, o Brasil é muito mais campeão dessa modalidade, embora pouco explorada pela mídia.
Há não podemos esquecer a modalidade mais praticada pelas genitoras, onde o atleta infantil não consegue sequer ter o direito de ver o mundo exterior, pois é interrompido enquanto estão em estágio embrionário, olha que coisa fantástica não? Essa é cruel, não sabem que modalidade é? A mortalidade infantil. Gente... Não podemos esquecer... O que faremos então para reinventar esses novos conceitos de negócio? Afinal nossos governantes lucram com tais práticas exercitadas pelo Estado, Nação, País? É interessante como nossa visão é tacanha. Como consideramos fantásticos os momentos de glória de um Brasil em desenvolvimento econômico cultural e social que hoje se encontra. Como cresce esportivamente esse país, como se desenvolvem esses Estados em momentos tão especiais que vivem denominados economicamente de melhor fase do mundo.
Coincidência ou não, acontece de quatro em quatro anos, período de copa, período de campanha política, período de reparação social, de conquistas e de novas descobertas infantis. São várias as interrogações, talvez a mais séria esteja diretamente liga aos impostos pagos pela exploração do trabalho infantil no Brasil, sim, porque o imposto de renda das modalidades infantil deve render um bom retorno para o governo, haja vista o salário, ou ajuda de custo do futebol com R$ 10.000,00 ou R$ 1.000,00, e do pescador da lagoa mundaú e manguaba de um pouco mais de R$ 1,00 por KG de sururu vendido, lucro líquido. É... que disparidade social, esporte não é mais uma prática física e sim uma prática econômica. Será que estão sendo recolhidos tais impostos e aplicados em outras modalidades menos elitizadas? Fica no ar a sensação de estar sendo bom ou encontrar resposta, e agora volto a perguntar aonde iremos parar com tanta inversão de valor? Como será em 2010, próxima copa, próxima eleição, talvez próxima...,...,...! O que esperar?
Bem amigos da rede globo. Contamos com vocês e esperamos que estejam sempre ligados aos novos questionamentos brasileirísticos sócio-econômico-cultural. Obrigado por acreditar em nossa equipe a melhor do mundo. (vocabulário futebolístico social). Nós ajuda nossa mãe a botar comida em casa para us irmão (vocabulário pescadorístico social das lagoas do nosso Brasil). É sociedade bacana e fértil. Onde vamos parar?


















Cristina Campos – Acadêmica de Administração com Gestão em Marketing da Faculdade de Administração de Alagoas. 8º período.
Autor: Cristina Campos


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