Assuntos em Pauta



Nestes momentos conturbados, surgem opiniões de entendidos e desentendidos nos assuntos em pauta: Revolta nos presídios, sob o comando do PCC; Manifestação dos Agricultores; Nacionalização do Gás na Bolívia, etc. Apresento a minha visão sobre esses temas:

1 –PCC e os Presídios-

A sociedade deve deixar de ser hipócrita e estar disposta a aplicar os recursos necessários na área de segurança. Salários dignos e equipamentos necessários para o setor. Integração das polícias estaduais e atuação conjunta de todos os órgãos ligados à segurança e à justiça. A solução vem em longo prazo, na medida em que a sinalização dos salários e da importância da área atraia os melhores profissionais. No curto prazo, uma atuação firme demonstrando autoridade é primordial. Quem manda é o Estado e não o PCC – Primeiro Comando da Capital.

Mas, como nasceu o PCC? Nasceu em busca de melhorias nas condições dos presos. Depois tomou outras proporções.

Outro aspecto é: o que dizer de juízes que mandam prender bandidos em presídios superlotados. Mandar colocar mais presos em um presídio com capacidade de 350 pessoas e que já tenha 850 beira a irracionalidade. É tentar “apagar fogo com gasolina”. Muitas vezes a otimização da parte leva a ter efeitos negativos no todo. É preciso ter visão global. Neste sentido, pergunto: não seria interessante libertar os menos perigosos até que se construam mais presídios? Será que construir mais presídios é a solução? Você sabe quanto custa um preso por mês?

2 – Manifestação dos Agricultores

A manifestação é válida, trará medidas boas para o setor e resolverá parte do problema. Mas é bom lembrar que muita coisa depende de atitudes e de decisões gerenciais próprias. Associativismo, planejamento, organização e profissionalismo são soluções de longo prazo. As soluções de curto prazo (prorrogação de dívidas, garantias de preço e novos créditos) devem servir de fôlego para tomar decisões de efeito duradouro, caso contrário, a crise volta.

3 – O Gás da Bolívia

Podemos dizer que é um caso clássico de MONOPÓLIO BILATERAL. Um único vendedor (Monopolista): a Bolívia vendendo o gás da Bolívia a ser transportado pelo Gasoduto Brasil-Bolívia, e um único comprador (Monopsonista), o Brasil. A solução nesse caso é a NEGOCIAÇÃO.

Existe espaço para aumentos, assim como existe limite para o aumento. Existem regras de revisão no contrato. Todo o resto é pirotecnia. A solução negociada virá.
Autor: Edison Luiz Leismann


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