Origem e desenvolvimento do ecoturismo no Brasil



Um grande impulsionador do turismo ecológico no mundo, foi sem dúvida os documentários em vídeo sobre viagens, que apresentavam a natureza como cenário principal, muito populares nos finais da década de 70.O Ecoturismo teve o crescimento da atividade acentuado, no final dos anos 80 e início 90.

O ecoturismo foi introduzido no Brasil no final dos anos 80, seguindo a tendência internacional. Já em 1989 foram autorizados pela Embratur os primeiros cursos de guia desse tipo de turismo. Em 1992, com a Rio 92, o termo ecoturismo ganhou maior visibilidade, agradou de vez o brasileiro e impulsionou um mercado promissor, que desde então não pára de crescer. Aos poucos, órgãos e instituições ligados ao setor também foram sendo criados.

Fundado em 1995, o Instituto de Ecoturismo do Brasil - IEB, surge no contexto nacional com o objetivo de organizar e unificar toda a cadeia ecoturística que compreende desde empresários, operadoras e agências de viagem, meios de hospedagem, entidades ambientalistas, entre outras pessoas ligadas a área. Uma de suas prioridades é incentivar o ecoturismo através da elaboração de um código de ética visando certificar o profissional do setor.

O Ecoturismo é uma atividade que busca valorizar as premissas ambientais, sociais, culturais e econômicas conhecidas de todos nós, e inclui a interpretação ambiental como um fator importante durante a experiência turística.

Os roteiros são elaborados através das Agências Operadoras, ou outras formas desenvolvidas pelo marketing, onde os consumidores irão desfrutar dos serviços de hotelaria, gastronomia, condutores, transportes, equipamentos, etc.Utilizarão ainda, a infra-estrutura básica da região (hospitais, farmácias, saneamento, coleta de lixo, posto de saúde, telefonia, etc.) adequada e ecologicamente corretas.

Como uma indústria, esta atividade é composta de vários sócios proprietários, presidente, diretores, setores, operadores,etc. Os sócios são compostos pela sociedade civil, governo e instituições não governamentais. Neste caso, os sócios dividem a presidência, mantendo a
interligação de informações automatizadas e de acesso aos outros sócios quando necessários independentes de presença ou não.

Cada gerente cuidará de um segmento da indústria e o gerente geral (Gestor Administrativo Ambiental), será responsável pela preservação do meio ambiente. É o sujeito que irá monitorar as atividades ambientais, gerenciar e fiscalizar o fiel cumprimento das leis e atividades produzidas pela grande indústria.

No entanto cada sócio, deterá um estrutura organizacional competente e treinada, com capacitações periódicas para aperfeiçoamento do seu corpo técnico, aumentando o diferencial da produção.

A Prefeitura, como sócia , cabe a infra-estrutura urbana e rural através de suas Secretarias Municipais, tendo como umas prioridades do município controle do saneamento e destinação de resíduos, por tratar-se do cartão de visitas ao município, pois, um município sem saneamento e destinação de resíduos afugentam os consumidores, que proverão o desenvolvimento sustentável da região, além de interferir diretamente na qualidade de vida.

A sociedade civil, cabe a consciência e a responsabilidade de conservar o meio ambiente urbano, rural e ambiental, considerando que o produto está agregado a preservação e conservação, para atrair os turistas , garantindo essa fonte de riquezas.

Se o ecoturismo no Brasil encontra-se em um estágio de desenvolvimento recente, este é o momento para incentivarmos a introdução de uma política de âmbito nacional para o setor . Tal política deve orientar governos e legislativos para a implantação de suas estratégias de regulamentação e controle, assim como orientar agências de fomento para criar e facilitar o acesso a incentivos fiscais e financiamentos.

Ressaltando-se, a importância do estímulo a qualificação profissional, a capacitação e aquisição de tecnologias apropriadas, a serem viabilizadas pelo empresariado .

Existem empreendedores querendo investir, de
forma séria, em ecoturismo com bons projetos, como aqueles , proprietários de área natural que transformam sua terra em RPPN, ficando obrigado, de forma perpétua, a conservar a propriedade.

Por isto é preciso implantar projetos bem embasados , dentro de uma política nacional integrada que aproxime o desenvolvimento do ecoturismo aos objetivos de sustentabilidade social, econômica e ambiental.

A falta de uma política nacional clara para o desenvolvimento do setor, aliada à forma desorganizada e, muitas vezes, irresponsável com que as pessoas tem praticado o ecoturismo, têm motivado uma série de preocupações aos governos locais, às organizações ambientalistas e às comunidades anfitriãs.
Autor: Vininha F. Carvalho


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