Biodiesel: realidade ou sonho?



Os estudiosos mais otimistas que tem o petróleo como o centro de seus estudos afirmam que as reservas de petróleo irão acabar. Não se tem a certeza de quando. Há várias previsões, para uns iremos ter petróleo por mais 30 anos, já outros afirmam que teremos por mais 50 anos e ainda há quem diga que teremos até o início do próximo século. A única certeza é que o petróleo não é renovável.
Uma das alternativas para substituir o petróleo é o álcool e outra é o biodiesel que ainda é um negócio modesto no Brasil. Uma planta que vem sendo uma das mais cotadas para se tornar uma fonte renovável de óleo combustível é a mamona.
As pessoas mais antigas que já viveram em sítios e fazendas já conhecem a mamona, pois dela extraiam um óleo que era colocado nas lamparinas. A mamona é uma planta nativa da África que se adaptou muito bem no Brasil, prova disso basta andar pelas rodovias da região e de grande parte do Brasil e observar a grande quantidade de pés de mamona que é encontrado.
Dos grãos da mamona podemos extrair um óleo lubrificante muito nobre que é utilizado em aeronaves. Da mamona se extrai produtos que vão ser utilizados na produção de cosméticos e tecidos. Agora o mais importante é que o óleo da mamona pode se tornar um importante combustível, o chamado biodiesel. O óleo vegetal a partir da semente da mamona após um processo pode ser transformado em óleo combustível.
A mamona possui um custo de produção muito baixo e se houver seriedade e continuidade no programa de apoio a produção do biodiesel poderíamos utilizá-la como uma agricultura de inclusão social e de estímulo a agricultura familiar. Essa cultura poderia ser uma alternativa de diversificação das propriedades rurais e de geração de empregos e renda. O governo brasileiro já autorizou a mistura de 2% de biodiesel nas bombas de combustível de todo o país, isso representa uma demanda de 800 milhões de litros por ano. Devemos lembrar que é possível produzir biodiesel a partir do óleo de várias plantas como o dendê, a soja, o girassol e até mesmo do abacate.
Agora, nesse período tumultuado que o Brasil vive, resta saber se o Governo do Presidente Lula terá fôlego para continuar esse programa e os demais, ou se ficará inerte respondendo as inúmeras perguntas que parecem não ter respostas.
Autor: Marçal Rogério Rizzo


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