Ela só pensa em beijar



Quem é que não gosta de beijar? Para que não caia no esquecimento é preciso praticar sempre, além de causar uma sensação agradável, o beijo faz com que os hormônios fiquem saltitantes e ainda levantem a auto-estima. Segundo a Relate, principal agência de terapia sexual britânica, o beijo também é o melhor remédio para superar a depressão, só tem duas ressalvas. A primeira: pressupõe a presença de uma segunda pessoa para funcionar. A outra: não vem com a bula.

O estudo da organização é simples: o beijo “estimula a parte do cérebro que libera endorfina na corrente sanguínea, criando uma sensação de prazer e agindo como um antídoto natural para combater a depressão”, destaca a agência, que só em 2005, atendeu mais de 150 mil casais ingleses com problemas no relacionamento. Segundo a agência, quanto mais apaixonados os beijos, mais adrenalina é liberada no sangue, trazendo mais benefícios à saúde.

A tese da Relate é aparentemente óbvia, mas tem como foco outro tema um pouco mais complexo. Um dos motivos para o beijo ter sido deixado de lado, de acordo com a organização, é a preocupação excessiva com o ato sexual. E isso sim pode se tornar um problema.

O jornalista Pedro Paulo Carneiro, investiu pesado nos estudos sobre o beijo. Durante dez anos, entrevistou mais de 30 mil pessoas no Brasil e em países como Inglaterra, Estados Unidos, França, África do Sul e Bélgica. O resultado da sua pesquisa é o livro Dossiê do beijo, com depoimentos, histórias e uma lista de 484 formas de beijar.

O mais curioso que o jornalista descobriu é que o gosto da saliva do outro permite identificar se ele está envolvido no seu beijo ou não. Muita serotonina produz saliva salgada ou amarga. Ou seja, a pessoa está dando um beijo superapaixonado. Pouca serotonina dá em saliva doce. Isso quer dizer que quem beija está afim, mas nada sobrenatural. Quando o beijo não tem gosto, é sinal de falta de serotonina. Isto é, beijo sem vontade, nem prazer.

Simples ou trabalhosos, rápidos ou demorados. Não importa qual o tipo escolhidos. O beijo aumenta os batimentos cardíacos, melhora a circulação e deixa aquela sensação de bem-estar. No entanto, mesmo as melhores coisas da vida têm suas contra indicações.

Passada a folia, porém, nem tudo é festa para os amantes do beijo. Afinal, eles são vítimas de uma série de doenças causadas justamente pelo excesso de "bitocas". O herpes é apenas uma das inúmeras doenças transmissíveis pelo beijo. Entre as mais comuns estão a gengivite e a mononucleose, chamada de "doença do beijo". Segundo o especialista em odontologia estética e reconstrutora Héber Lopes, também não é difícil encontrar por aí casos de gripes, faringites, amigdalites, cáries e até fungos, popularmente conhecidos como "sapinho", contraídos na hora do beijo. Não existe uma doença específica do beijo, mas há possibilidade de contaminação de doenças por meio dele. O que aumenta proporcionalmente se a pessoa estiver com a imunidade baixa.

Quanto maior for a quantidade de pessoas que ela beijar numa mesma noite, maiores as chances de adquirir alguma doença. Para aqueles que só pensam em beijar, beijar e beijar, vale a dica: cuide da saúde da boca. Isso é essencial não só para reduzir a incidência de doenças, mas para dar um pouco mais de tranqüilidade na hora do beijo. Além de ir ao dentista freqüentemente e escovar os dentes e a língua, usar anti-séptico bucal é uma boa pedida para quem deseja manter a saúde em dia e beijar todas (e todos).
Autor: Camila Vassalo


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