Jornalismo e o seu progresso



A revolução tecnológica dos últimos anos trouxe modificações profundas na comunicação de massa. A própria imprensa se beneficiou muito com o progresso, principalmente no campo da eletrônica, o que lhe permite divulgar informações mais amplas e rápidas.

A imprensa sofre o impacto do cotidiano e precisa sobrepor-se ao rádio e a televisão. A cultura de massa, afirma Edgar Morin "é o produto de um diálogo entre a produção e um consumo". Cada jornal luta de todas as formas para vencer a concorrência dos outros meios de comunicação e também dos demais periódicos, que difundem a notícia impressa.

Para vencer a concorrência é necessária a constante preocupação, desde a escolha da notícia, até a melhor maneira de apresenta - lá. Pesquisas e planejamentos, tanto na área redacional, como na administrativa, fazem parte do trabalho diário. Melhorar e conquistar são o grande objetivo para se alcançar à massa.

Até 1947, data do início dos cursos de comunicação no Brasil, aprendia-se jornalismo nas redações. O aspirante a qualquer cargo ingressava na revisão e, se revelasse pendor, passava a colaborar nos setores da redação, de polícia, de esportes ou na local. Muitos chegaram as funções de editorialistas, ou de chefes de reportagem e secretários. Alguns acumulavam várias atribuições, porque os jornais eram pequenos e não exigiam técnica.

A primeira tarefa do jornalista é saber o que deve publicar. Cabe-lhe fazer a seleção entre milhares de notícias que chegam à redação, colocadas pelas agências, repórteres, redatores, informantes, órgãos particulares e repartições governamentais, além dos correspondentes e enviados especiais. Cada uma delas, depois de selecionada, precisa ser medida, dentro do valor exato que possua para a classe de leitores do jornal.

Se a televisão dá a notícia e mostra as fotos do fato, a imprensa precisa ir além e publicar muito mais, em linguagem fácil e sem cansar o leitor. Com essa finalidade surgiu o jornalismo interpretativo, que mostra os antecedentes e as conseqüências de uma ocorrência.
Autor: Camila Vassalo


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