A Evolução Profissional Numa Era Mutante



Você se lembra deste gráfico?



Ele costuma aparecer nos cartoons e tirinhas em quadrinhos.
Entre altos e baixos, essa ilustração descreve o processo evolutivo das empresas tal qual o conhecemos. Observe como o gráfico nos leva a pensar que a evolução é apenas uma questão de esforço, que existe “chegar lá” e que um belo dia poderemos “deitar em berço esplêndido”. Nada errado com essa idéia, a não ser o fato de que ela não funciona mais.
Pense bem: quando nosso produto tem sucesso, a concorrência copia, adapta, melhora ou vende mais barato. Além disso, o consumidor ou cliente pode simplesmente se cansar de nós e ir atrás de novidades. Ou nossa forma de operar pode ser destruída do dia para a noite com uma nova tecnologia.
É por isso que o autor americano George Land acredita que, atualmente, a evolução das empresas e carreiras não ocorre de forma linear, mas de forma sinuosa e em saltos. A partir de uma apresentação sobre o tema feita por Bill Sturner, outro consultor americano, comecei a estudar os estágios desse processo, chamado de “Evolução em S”.
Veja como a evolução ocorre em nossos dias:



Detalhando os diferentes estágios teremos:

1. Largada – É o momento no momento no qual determinamos um caminho. Quanto mais claro o objetivo, maior a motivação. Nessa fase, precisamos muito dela, pois é o único instrumento que dispomos.

2. Ensaio – Nesse estágio a produtividade cai, pois tudo é novo e, portanto, difícil. O ensaio requer persistência e permissão para o erro, pois a tentação de retomar a forma antiga é muito grande.

3. Criação – “Pegamos no embalo”. Já há prazer no novo procedimento e as coisas começam a dar certo.

4. Sucesso – Os resultados são visíveis. É hora de celebrar.

5. Acomodação – Novo momento perigoso: a ilusão de conhecer o caminho nos impede de perceber a necessidade de novas mudanças. Aparentemente ainda estamos evoluindo, o mercado ainda responde bem, mas a concorrência já se mexeu...

6. Decadência – É o preço que pagamos pela acomodação.

Acomodação e decadência não são passagens obrigatórias. É no auge do sucesso que devemos pular para o próximo S, ou como dizem elegantemente “é a hora do salto quântico”.

Enquanto ele não vem, mais um estágio:

7. Vácuo – Temos que saltar, mas não sabemos para onde. Novamente a tentação é voltar para trás. Mas o momento é de olhar para o mercado, descobrir novas oportunidades.

Assim, a evolução numa era mutante acontecerá conforme uma das ilustrações abaixo – de preferência a segunda, claro.



Aos líderes, recomendo uma reflexão: em qual estágio está sua equipe, sua empresa, cada um de seus colaboradores? E agora, como fazer para dar mais o próximo passo? Qual a tática a ser empregada em cada etapa?
Autor: Gisela Kassoy


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