A Desobediente Economia Brasileira à Ordem Mundial
Dito isso, parte-se para o caso específico do Brasil. Desde a abertura econômica dos anos 90, pelo então presidente Fernando Collor, o país vem tentando adotar os princípios e fundamentos econômicos neoliberais. Tais como, Estado-mínimo, autoregulação do mercado, desregulamentação, regras e legislações mais flexíveis por parte do estado. Tudo isso em prol de uma inserção no moderno mercado internacional mais ágil
A distância entre a pretensão e a realidade é visto quando se constata uma das mais complexas e cumulativas cargas tributárias do mundo, o desrespeito a contratos e a lentidão do ineficaz sistema judiciário, a informalização do mercado de trabalho devido às rígidas regras e opressão ao investimento privado pelos juros extorsivos e um sistema previdenciário em falência.
O ideal neoliberal seria um estado mínimo que fornecesse infra-estrutura, leis e regras claras e confiáveis, uma moeda forte, com políticas que estimulassem o empresariado com tributos leves e justos que gerem resultados visíveis e compatíveis às necessidades através dos gastos públicos. Obviamente, atingir o ideal não é uma exigência para um país emergente, mas pelo menos estar em direção a esse, ainda que distante, significa uma evolução
Voltando à realidade, o que se verifica é a necessidade imediata de reformas institucionais para que o Brasil comece aos poucos a remar na direção que o resto do mundo já constatou ser a mais correta e eficaz, obtendo assim um crescimento acima de 5%, pelo menos.
Autor: Zenon Bittencourt
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