ANALISANDO MATEMÁTICAMENTE....



ANALISANDO MATEMÁTICAMENTE A DENGUE:

Conforme noticia a Secretaria de Vigilância Sanitária-SVS (Ministério da Saúde), em 2002 o País registrou maior número de incidências de casos de dengue: 794.219 casos entre estes 2.714 casos de Febre Hemorrágica (FHD).
Entretanto, em 2003 o número de casos NÃO CAIU EM 57,2% COMO SUGERE O SISTEMA DE VIGILÂNCIA e sim estas 57,2% pessoas que tiveram a dengue em 2002 estão temporariamente imunes (período de 04 a 05 anos). E para comprovar, basta olhar os dados de 2006, no País, os índices altíssimos de casos de dengue.
Matematicamente, a ocorrência de epidemias de dengue em diferentes estados cidades ou país os dados apontam que a cada 04/05 anos pessoas que tiveram dengue são reinfectadas, em epidemias explosivas que atingindo altos percentuais.
Casos de dengue ocorrem anualmente, atingindo pessoas pela primeira, segunda, terceira ou quarta vez, pois os casos de dengue são uma constante desde sua reintrodução em 1980, com epidemias se repetido a intervalos de 04 /05 anos.
A cada ano, 14 milhões de pessoas morrem por doenças infecciosas e parasitárias, sendo a Dengue e a Tuberculose um dos mais graves problemas de saúde pública.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) avalia que, sem uma intervenção concreta, por volta de 2.020 surgirão no mundo mais de 1 bilhão de novos casos de tuberculose no mundo e mais de 50 milhões de pessoas continuarão a sofrer Dengue a cada ano, necessitando 500.000 internações. Mas se a própria OMS não intervir, quem irá tomar providências?!

MIASMAS CONTINUAM...

Quando Oswaldo Cruz e Emílio Ribas provaram que os “micróbios da Febre Amarela” estavam no ar sim, mas não em forma de “miasmas” mas tinham asas e voavam (Aedes aegypti), carregando o vírus e infectando pessoas, hoje os “miasmas” retornam através de outra afirmativa errônea: Em importantes publicações científicas costumamos ler que “o sorotipo tal está em algum país vizinho, podendo ser introduzido no Brasil”! Explicando mais claramente Sorotipos diferentes (constatados através de Sorologias com isolamento viral, (para identificação) certamente estes exames apresentarão sorotipos para DEN 1,DEN 2, DEN 3 e raros DEN 4. Por que raros: Devido as reações provocadas pelo vírus no organismo, bem como uso indevido de certos medicamentos sobram poucos indivíduos depois de sofrer DENGUE 03 vezes! Seria necessário que a Saúde Pública exigisse a cada caso suspeito, SOROLOGIAS e ISOLAMENTO VIRAL.

O COMBATE AO VETOR

Não basta o uso de larvicidas, pois a eficácia atinge apenas as formas imaturas (larvas) e, evidentemente apenas nos criadouros identificados, restando milhares de outros onde o desenvolvimento do inseto irá se completar, e este mosquito irá iniciar seu processo de vetoração do vírus a cada repasto que fizer, durante 30 a 35 dias (tempo aproximado de vida do inseto).
Necessário se faz o uso do fumacê, para eliminação do vetor. Ou então matar o mosquito à tapas, como já sugeri em matéria publicada no jornal A Tribuna.
Brincadeiras à parte, este assunto é muito grave e se não houver providências as conseqüências serão lamentáveis.
Alguns pesquisadores costumam dizer que existe um “NOVO VÍRUS DA DENGUE CIRCULANDO”, e mesmo o tempo já tendo provado o erro de tantas teorias apregoadas ao longo dos tempos, as coisas continuam do mesmo jeito e as epidemias se sucedem a cada 04/05 anos.
Assisti e li o artigo dos pesquisadores australianos, Barry Marshall e Robin Warren que receberam o Premio Nobel sobre a H. pylori, a bactéria causadora de gastrite e úlceras, a falta de apoio e incentivo para sua pesquisa e, apesar de tudo, eles conseguiram provar sua teoria fiquei feliz, talvez nem tudo esteja perdido em relação a dengue...


BEATRIZ ANTONIETA LOPES
Bióloga-Entomologista
Autor: Beatriz Antonieta Lopes


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