Colapso hídrico
Neste início de século, dentre os assuntos relacionados ao meio ambiente, a água vem sendo um dos mais discutidos em todo o planeta. Sabemos que existe a necessidade dos seres humanos utilizarem a água para várias funções, especialmente como fator vital para a sobrevivência.
Além disso, a água cumpre um importante papel no saneamento básico, na produção de alimentos, na geração de energia, no uso industrial, na navegação, no lazer, entre outros. A água é um recurso indispensável para a humanidade.
Entretanto, esse tesouro tem ficado cada vez mais escasso e já existe o risco de uma diminuição súbita, devido a sua má conservação e má utilização do mesmo. Destacamos o grande desperdício que a humanidade pratica em relação à água.
Augusto Jose Pádua, em uma matéria publicada no jornal Folha de São Paulo do dia 05 março 2006, afirma que: “Um bilhão de seres humanos não tem acesso adequado à água potável, assim como 2,5 bilhões não dispõem de nenhum tipo de saneamento. Uma realidade que, em seus efeitos sistêmicos, acarreta a morte silenciosa de 8 bilhões de pessoas por ano, bem mais do que o provocado pelas guerras ou pela epidemia de Aids.
A escassez generalizada, a falta de conscientização, o agravamento da poluição dos recursos hídricos afetam o mundo inteiro, mesmo os países considerados desenvolvidos. Os problemas de abastecimento e de desperdício existem no mundo todo sem exceção.
Pádua também ressalta que “algumas projeções chegam a prever que três quartos da humanidade poderão estar submetidos, em 2050, ao fantasma do ‘estresse hídrico’, em que o consumo é maior do que a oferta”.
A crise mundial de abastecimento hídrico está se tornando cada vez mais drástica. Tem que haver uma conscientização de que o futuro da água está em nossas mãos, só com a participação de todos, poderemos deixá-la para as futuras gerações.
Com a atual progressão da crise da água, cabe à população mundial conscientizar-se, preservar esse precioso recurso, pois o desafio é evitar o desperdício e a poluição. Cuidar dos recursos hídricos e de sua distribuição é uma obrigação de todos, pois a água que, aparentemente, é tão abundante, está, paradoxalmente, cada vez mais escassa em todo o Planeta Azul.
Marçal Rogério Rizzo: Economista, professor universitário, especialista em Economia do Trabalho pela Unicamp, especialista em Gerenciamento de Micro e Pequenas Empresas pela Universidade Federal de Lavras, mestre em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Unicamp e doutorando em Dinâmica e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP de Presidente Prudente - SP).
Lívia Patrícia Pereira: Acadêmica do 2º. Semestre do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Toledo – UniToledo.
Observação: Artigo publicado inicialmente no jornal Folha D’Oeste de Jales (SP) na edição no. 4.050 do dia de 29 de setembro de 2006.
Autor: Marçal Rogério Rizzo
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