O Habibs à Luz da Global Entrepreneurship Monitor – GEM 2004



RESUMO
Considerando as teorias e estudos mais recentes sobre o empreendedorismo, esse artigo teve como objetivo principal identificar e relatar o modelo de gestão do empreendedor de uma franquia do Habibs de Brasília e identificar pontos comuns com o perfil do empreendedor do relatório GEM 2004. O referencial teórico revisado foi formado pela consolidação de estudos recentes e por grande parte por informações oriundas do Relatório de pesquisa GEM o que permitiu identificar o empreendedor como sendo uma pessoa que possuía experiência administrativa para identificar as oportunidades, capacidade de diferenciar a concorrência, intuição, tenacidade, criatividade, toleram incertezas, usam bem os recursos disponíveis, assumem riscos moderados, envolvem-se com suas tarefas, trabalham com afinco, são visionários e líderes, além de fazer uso de suas redes de contatos moderadamente. A pesquisa de caráter qualitativa e exploratória foi elaborada e conduzida de forma eficiente, por meio de entrevistas não-estruturadas e de questionários que serviram para a comprovação de fatos, percebemos que os objetivos iniciais foram prontamente alcançados. Os resultados apresentados mostraram um estilo único de empreender pequenos negócios, bem como mostraram uma grande aproximação do perfil traçado pelo relatório GEM 2004.
Palavras-chaves: Perfil empreendedor; Empreendedorismo; GEM 2004.


INTRODUÇÃO
O empreendedorismo é uma realidade cada vez mais presente no contexto brasileiro, onde grande parte da população adquire seu sustento através de atividades autônomas ou trabalhando em pequenos negócios.
No Brasil, a tendência crescente de escassez do emprego em grandes indústrias e no setor de serviços, tem propiciado, além do aumento do desemprego, o surgimento de novas formas de trabalho. São microempresas formais, estabelecimentos informais e trabalhadores autônomos, cooperativas, dentre outras formas, que absorvem grande número de trabalhadores, conforme apresentado por um estudo do Sebrae (2005) na tabela abaixo.
As pequenas empresas, no Brasil, são responsáveis por:
48% da produção nacional 60% da oferta de emprego
98,5% das empresas existentes no país 42% do pessoal ocupado na indústria
95% das empresas do setor industrial 80,2% dos empregos no comércio
99,1% das empresas do setor de comércio 63,5% da mão-de-obra do setor de serviços
99% das empresas do setor de serviços 21% do Produto Interno Bruto
Fonte: Sebrae (2003).
Ainda é grande o desconhecimento sobre os microempreendimentos, seu funcionamento e o trabalho envolvido neles. Estudá-los significa, primeiramente, conhecer detalhadamente seus agentes econômicos e a sua dinâmica econômica. Apesar de perceber a importância dos microempreendimentos nas economias locais, a maioria dos estudos acadêmicos ainda estão voltados para o setor industrial (KORNIJEZUK, 2004).
Caracterizar o que seja um empreendedor empresarial ainda é uma missão difícil pelo fato de existir uma grande diversidade de variáveis que influenciam o perfil de um empreendedor. Mas para Filion (1999), é a seguinte:
O empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos, e que mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios. Um empreendedor que continua a aprender a respeito de possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões moderadamente arriscadas que objetivam a inovação, continuará a desempenhar um papel empreendedor [....]. Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões.
Segundo Dolabela (1999), uma das principais características das pequenas empresas, é o papel do empreendedor, ou seja, a necessidade fundamental do proprietário-gerente em sua ambição profissional perante a sociedade capitalista.
Filion (1996), por meio de estudos sempre buscou identificar características que fossem comuns aos empreendedores. Suas pesquisas concluíram que esses atores possuíam contato com pelo menos um modelo empreendedor durante a sua infância e juventude, com o qual adquiriam valores de suma importância para o seu sucesso. Além disso, os empreendedores, para o autor, possuem experiência administrativa para identificar as oportunidades, capacidade de diferenciar a concorrência, intuição, tenacidade, criatividade, toleram incertezas, usam bem os recursos disponíveis, assumem riscos moderados, envolvem-se com suas tarefas, trabalham com afinco, são visionários e líderes, além de fazer uso de suas redes de contatos moderadamente.
Outra fonte que tem contribuído bastante para o desenvolvimento deste tema é o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), um projeto de pesquisa que tem a finalidade de aprofundar o conhecimento sobre questões relacionadas ao empreendedorismo, tais como: as diferenças entre os países em termos de capacidade empreendedora; a contribuição do empreendedorismo para o crescimento econômico e tecnológico; relações entre riquezas de oportunidades empreendedoras e a capacidade dos indivíduos de explorar novas oportunidades e o potencial dos governos para promover o empreendedorismo (GEM 2004).
O GEM foi criado em 1997, como uma iniciativa de pesquisa consorciada entre o Babson College e a London Business School com amplo apoio do Kauffman Center for Entrepreneurial Leadership ligado à Fundação Ewing Marion Kauffman. O propósito central foi o de aproximar o que há de melhor nos meios acadêmicos e de pesquisa, na área do empreendedorismo no mundo, para investigar o intrincado e complexo relacionamento entre empreendedorismo e crescimento econômico. Desde a sua origem, o projeto foi concebido para transformar-se em um empreendimento multinacional de longo prazo (SEBRAE 2005).
Conforme o Sebrae a pesquisa anual GEM - Empreendedorismo no Brasil, sempre buscou investigar a situação do empreendedorismo em um determinado contexto, desde o ano 2000, o que permite investigar:
i) as condições nacionais de natureza sociocultural e econômica que afetam o empreendedorismo;
ii) levantamento junto à população adulta sobre o nosso nível de empreendedorismo;
iii) o comportamento da força de trabalho brasileira em relação aos negócios em geral; e
v) e pesquisa com informantes e especialistas no tema do empreendedorismo, ligados a órgãos governamentais, à universidade e à iniciativa privada.
Para Dias (2001), os grupos de referência externa podem ter influência nos valores de um indivíduo. Muitos valores originam-se na mais tenra idade e na forma pela qual o indivíduo foi criado. Os valores dos indivíduos se desenvolvem, na realidade, como conseqüência do aprendizado e da experiência que eles encontram no ambiente cultural em que vivem. Tendo em mente que o aprendizado e experiências diferem de indivíduo para indivíduo, isso resulta em diferenças de valores.
Como por exemplo Dias cita, valores existenciais referindo-se aos fatores intrínsecos relacionados ao desejo; os valores estéticos não são só aqueles que têm relação com a beleza, mas são aqueles que possuem relacionamento com a sensibilidade e a beleza, sendo percebidos pelos cinco sentidos humanos; os valores intelectuais é nesse valor que é processado todo conhecimento que nos permite alcançar objetivos pré-estabelecidos; valores morais são os fatores que auxiliam na tomada de decisão do que é certo e errado e os valores religiosos que são indispensáveis a todo ser humano que acredita em algo superior.
Desta maneira, por meio de uma análise comparativa, o estudo buscou inicialmente relatar o modelo de gestão do empreendedor do Habibs de Brasília e identificar pontos comuns do perfil deste empreendedor com o relatório GEM 2004.
MÉTODO
Para o desenvolvimento desta Pesquisa pesquisou-se uma Franquia do Habibs, a Unique Foods & Investments Ltda, sediada em Brasília no bairro Asa Norte. Por motivos pessoais foi solicitado que os verdadeiros nomes dos proprietários fossem mantidos em sigilo, portanto para mérito de discussão usou-se o nome Sr. João para se referir ao proprietário. Os critérios de escolha basearam-se na condição de uma perspectiva empreendedora ao longo de sua história, disponibilidade de tempo, e a existência de um relacionamento informal.
O artigo do ponto de vista de seus objetivos possui características que o classificam como uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, por buscar maior familiaridade com o foco da pesquisa, com vistas a torná-lo explícito ou a contribuir com hipóteses sobre ele, assumindo também a forma de um estudo de caso, (GIL, 1996).
O referencial teórico restringiu-se a dois focos, o primeiro teve o objetivo de apresentar um breve histórico contextual sobre empreendedorismo no Brasil, e o segundo focou-se no relatório GEM de 2004 que tem por objetivo servir de base para comparar o perfil empreendedor do empresário pesquisado com os resultados do relatório.
A coleta de dados foi feita por meio de observações feitas em entrevistas não-estruturadas e pela aplicação de dois questionários que buscaram identificar os valores presente e o perfil empreendedor do empresário. A utilização de questionário fundou-se na vantagem de ser impessoal e por ser a forma mais usada para se coletar dados, possibilitando medir com exatidão os objetivos iniciais, (GIL, 1996).
Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram os mesmos utilizado por Dias (2001), o primeiro, (Anexo I), é formado por questões sucintas que buscam identificar o grau de concordância para os valores existenciais, estéticos, intelectuais, morais e valores religiosos, o segundo questionário, (Anexo II), também formado por questões sucintas, mas fechadas que exigem somente respostas “verdadeiras” ou “falsas”, mas com o intuito de ajudar a identificar e compreender melhor as tendências empreendedoras e o perfil empreendedor do empresário.
Como parte da pesquisa os resultados foram tabulados em analisados no MS-Excel, utilizando-se de quadros, gráficos e tabelas, sendo valiosos no esclarecimento e na apresentação dos dados obtidos. A análise foi feita de forma descritiva o que proporciona maior amplitude para as considerações, Gil (2004).
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Em 1990, o Sr. João mudou-se de Brasília juntamente com a família, atendendo a um processo de transferência profissional. Foram transferidos para Salvador, com o propósito de permanecer por quatro anos. Após onze meses, foram novamente transferidos agora para São Paulo. Um ano depois, para Curitiba. Dois anos e meio depois, novamente para São Paulo. Nesta ocasião, com os filhos entrando na adolescência, percebeu que seria muito ruim viver em São Paulo, lugar de tantos conflitos.
Passaram a pesquisar uma forma de voltar para Brasília, onde estava toda família, amigos, e onde concluíram que seria um lugar ideal para criar seus filhos.
Por intermédio da empresa não seria impossível voltar. Surgiu então a idéia de tentar iniciar um acordo com a empresa, para que pudesse empreender um negócio próprio.
Surgiu, então, a possibilidade de abrir uma franquia de uma grande empresa americana, no ramo de alimentação, que contava, na época, com vinte e seis lojas no estado de São Paulo. Prontamente elaborou um business plan bastante estruturado e, após apreciação devida, concluiu que seria viável, logo buscou efetivar todas as alternativas para a realização do negócio, que se consolidou em 1996, ocasião em que conseguiu retornar a Brasília juntamente com a família e mais conseguiu a franquia da empresa, iniciando o processo de implantação da marca. Neste negócio adquiriu o direito de exploração da marca na região centro-oeste, com planos de abertura de sete lojas, num período de cinco anos.
Inicialmente o Sr. João abriu uma loja de rua. Um ano depois, abriu a segunda loja, em um shopping center da cidade. Quando se preparava para implementar o terceiro ponto, foi comunicado de que a empresa americana estaria abandonando o negócio e que estaria fechando a sua operação no Brasil nos próximos três meses.
Completamente atordoado com a informação, Sr. João buscou todos os meios que possibilitasse manter a marca sozinho. Com esta nova configuração ele conseguiu operar durante um ano, tentativa esta que se mostrou absolutamente inviável, tendo em vista que grande parte dos produtos utilizados eram importados, o que demandava um alto custo para a operação, portanto tendo somente uma pequena escala de compras (abastecimento de apenas duas lojas) os custos se elevaram muito.
Diante das circunstancias o Sr. João começou a analisar algumas propostas de conversão de nossas lojas, por outra franquia, no caso o Habis, por possuir lojas localizadas em pontos privilegiados da cidade, ele resolveu assumir os devidos riscos.
Foi feito as devidas adequações de estrutura e layout das lojas e, uma de cada vez, transformaram o negócio para a outra operação, que exploramos até hoje.
Para o Sr. João todo o processo revelou-se em um grande aprendizado, algumas vezes bastante sofrido, outras, bastante prazeroso. Mas o que importa e, sem dúvida, que continuamos aprendendo ainda hoje, a difícil arte do comércio.
Analisando os dados do questionário focado nos valores empreendedores, percebemos que:
Valores empreendedores Média
Valores existenciais 7.00
Valores estéticos 7.00
Valores intelectuais 5.33
Valores morais 6.57
Valores religiosos 5.00
Fonte: elaborado pelo autor

• Valores Existenciais – Com a nota máxima para este preceito Sr. João considera ser muito importante que o empreendedor tenha certa audácia, ou seja, sempre ter vontade de aumentar seus clientes, alcançar novos horizontes e para isso deve-se utilizar eficientemente os procedimentos administrativos.
• Valores estéticos – Também com nota máxima neste preceito, ele demonstra que valoriza os bons relacionamentos e sensibilidade ao belo e harmonioso.
• Valores intelectuais – Neste ele demonstra que não é de extrema importância para a sobrevivência de empreendimento.
• Valores Morais – Outro item valorizado pelo Sr. João, e o que se percebeu foi que estes valores são os podem orienta-los em qualquer situação de decisão. Por isso este valore possuir quase nota máxima.
• Valores Religiosos – foi o valor de menor média, contudo devemos perceber que este possui um cunho mais pessoal.
Para o segundo questionário referente as tendências empreendedoras, o Sr. João demonstrou-se muito estável conforme demonstrado no quadro abaixo das médias.

Dimensão Pontuação do Questionário
Sucesso 09
Autonomia/Independência 08
Tendência criativa 08
Riscos calculados/moderados 08
Impulso e determinação 08
Fonte: elaborado pelo autor
DISCUSSÃO
Os resultados encontrados pelo questionário utilizado se mostrou um bom instrumento para ser utilizado no embasamento da entrevista. Os resultados da tabela abaixo servem de comparação com os dados de uma série histórica.
Dimensão Pontuação Média do Questionário Pontuação Máxima do Questionário
Sucesso 09 12
Autonomia/Independência 08 12
Tendência criativa 08 12
Riscos calculados/moderados 08 12
Impulso e determinação 08 12
Fonte: Dias (2001), modificado pelo autor
Conforme Dias (2001), cada dimensão pode ser mensurada, sendo que quanto maior a pontuação atribuída maior as qualidades pertencente ao respondente. Analisando cada dimensão apresentamos os resultados:
• Dimensão 1 – Necessidade de Sucesso
O Sr. João obteve um valor 08, se comparado com os dados da tabela acima, é uma boa média. Juntando com as informações obtidas nas conversas identificamos que o empreendedor possui uma visão sistêmica, possui características otimistas, desempenha e repassa bem as tarefas, possui um foco orientado para resultados e possui um alto grau de persistência e determinação.
• Dimensão 2 – Necessidade de autonomia / independência
Nesta dimensão o ele acompanhou a média, ficando com quatro pontos. Nesta mesma orientação percebemos que o mesmo prefere trabalhar sozinho, sempre buscar resolver seus problemas, gosta de expressar seus pensamentos, toma suas próprias decisões e muito compromissados com suas atividades.
• Dimensão 3 – Tendência Criativa
Este foi o ponto mais deficitário, enquanto a média se encontra em oito pontos o Sr. João alcançou 03. Porém a percepção nas conversas foi outra, como empreendedor ele possui uma bagagem de experiência muito vasta o que sempre contribuiu para sobrepor os obstáculos no decorre do percurso. Mas também identificamos que ele se encontra em um estágio de equilíbrio, sem fatores que o forcem a criar e inovar.
• Dimensão 4 – Assume riscos calculados / moderados
A média encontrada pelo questionário, para esta dimensão, também ficou a baixo da media. Enquanto a média encontra-se em oito o respondente alcançou seis. percebemos que gosta de se manter bem informado, participa ativamente de entidades como sindicatos, câmara dos lojistas e outras.
• Dimensão 5 – Impulso e determinação
A única dimensão do empreendedor que ultrapassou a média da pesquisa, ficando em nove contra oito pontos. A tendência encontrada pela análise conjunta ficou baseada na determinação e compromisso existente no perfil do empreendedor.
Veja abaixo a comparação em escala das médias encontradas pela pesquisa original e as médias pertencente ao empreendedor do Habibs.

Fonte: Questionário da Entrevista, aplicado em 07 de outubro de 2005.
Agora analisando os dados coletados das entrevistas apresentamos as seguintes considerações.
Considerando o grau de empreendedorismo percebemos com a entrevista com o empreendedor do Habibs uma Constancia na mesma área de negócio, porque em várias ocasiões o Sr. João mencionou sobre as áreas de atuação dele, sempre na área de serviços de alimentação. Importante mencionar que na GEM observou-se que o perfil dos negócios brasileiros continua sendo composto por empresas que atuam com produtos e serviços tradicionais, com pouco potencial de expansão de mercado e conquista de mercados externos
Em uma de suas respostas o empreendedor declarou que o principal fator para ele iniciar um novo negócio seria o grau de oportunidade deste, o que foi confirmado também na pesquisa GEM 2004 que apontou para uma elevação da motivação para empreender baseada na “oportunidade de um novo negócio”, que alcançou 53%, superando o motivo “necessidade de geração de renda em situação de alto desemprego” com 47%.
E no que se refere aos fatores limitantes ao empreendedorismo do país, a pesquisa GEM identificou três fatores: Apoio Financeiro, Políticas Governamentais e Educação e Treinamento. E na entrevista percebeu-se também que o empreendedor possuía a mesma percepção, contudo ele considerou a existência de vários empreendedores com um grau de educação baixo, e explicou que isso acontece onde desde cedo uma pessoa vivencia a experiência empreendedora.
Abaixo alguns quadros da pesquisa GEM de 2004, em que se apresentam as condições que afetam favoravelmente e desfavoravelmente o empreendedorismo no Brasil.

Comparando estes dados com a percepção coletada pela entrevista, também se identificou pontos comuns, como por exemplo, o empreendedor acredita que o Governo poderia contribuir muito mais do que faz hoje, bem como o setor financeiro que poderia ser um agente propulsor para o desenvolvimento sustentável do empreendedorismo. Como pontos incomuns destacamos o ponto de vista do empreendedor quanto a participação da mulher neste mercado, porque ele considera que a mulher está mais presente e que este fator não teria tanta relevância para o Brasil.
Também podemos perceber que o Sr. João faz parte de uma minoria encontrada pela pesquisa GEM, no que se refere ao nível de escolaridade, onde podemos considerar que somente 14% dos empreendedores possuem nível superior.

CONSIDERAÇÕES GERAIS
De forma concisa, para se chegar às considerações, o artigo buscou se ater fielmente a seus objetivos iniciais e foi observado que, basicamente, o modelo de gestão do empreendedor do Habibs é muito bem compreendido pela pesquisa GEM 2004, no que diz respeito principalmente do perfil empreendedor.
A pesquisa desenvolvida é passível de apresentar algumas limitações a serem consideradas quando da sua leitura. Uma delas, reside no fato de que este estudo ter sido feito especificamente em cima de um empreendedor, sendo possível esta situação não ser uma realidade para uma amostra maior. Logo percebemos a necessidade de ser ter novos estudos com estes objetivos e outros, como por exemplo, o de explorar as necessidades, habilidades e conhecimentos empreendedores.
No que diz respeito a utilidade deste estudo, podemos considerar como uma ferramenta a ser utilizada por novos empreendedores que buscam ingressar em um novo negócio, por corroborar com informações práticas do dia-a-dia de um empreendimento, e mais podendo abreviar as frustrações e/ou investimentos de tempo e capital.
Por fim, espera-se que os resultados desta pesquisa possam vir a ser úteis para estudos científicos sobre o perfil empreendedor.
REFERÊNCIAS
Dados Gerais Sobre o Segmento Empresarial. http://www.sebrae.com.br . Acessado em 11 de outubro de 2005.
DIAS, Edson Luiz. Um estudo comparativo entre empreendedores e intraempreendedores sobre os valores referentes ao trabalho. 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.
Dolabela, Fernando. Oficina do empreendedor. São Paulo: Cultura Editores.
Empreendedorismo no Brasil. GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR. GEM 2004.
Filion, Louis J. “Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios”. Revista de Administração - USP, Vol 34/2 (abril-junho 1999), pp 5-28.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996.
KORNIJEZUK, Fernando B. Sacenco. Características Empreendedoras de Pequenos Empresários de Brasília. Dissertação de Mestrado. UNB, 2004.
Autor: Wesney Nogueira Bazilio


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