O TURISMO COMO ALAVANCA DE DESENVOLVIMENTO



Turismo – uma opção de combate ao desemprego


Diante da crise do desemprego – e dos problemas sociais e econômicos dele decorrentes – só resta ao Governo continuar estimulando e fortalecendo os segmentos econômicos que tradicionalmente mais absorvem mão de obra de baixa classificação, como a agricultura, a construção civil e o setor turístico.

Aqui, ressalto este último, funcionando 24 horas por dia, durante toda a semana, não estando sujeito a flutuações sazonais do mercado, o turismo é um valioso instrumento de geração de empregos, de divisas externas e de redução das desigualdades regionais-que tanto defendi no Senado. Também propicia a livre concorrência entre empresas de qualquer porte, sejam nacionais, sejam estrangeiras, sem falar na sua importância como meio de intercâmbio cultural entre os povos de todos os continentes.

Tanto é sua importância econômica que, no ano passado movimentou mais de US$ 7 trilhões em todo o mundo, A Organização Mundial do Turismo – OMT – atesta que ele representa mais de 10 por cento da atividade econômica do Planeta. Emprega, mundialmente, mais de 300 milhões de pessoas. A Europa recebe mais de US$ 250 bilhões por ano, quase 40 por cento do total arrecadado pela demanda turística mundial. A França, mais de US$ 70 bilhões e os Estados Unidos, um total de US$ 75 bilhões.

Quanto ao Brasil, o número de seus visitantes já passa de 4 milhões anuais. Dados da Embratur evidenciam que a nossa receita com turismo já passa de US$ 5 bilhões e tem crescido a cada ano.As exuberantes potencialidades turísticas do Brasil e a obviedade, perante a qual já se quedou o mundo contemporâneo, de que o turismo é um extraordinário manancial de geração de divisas, de empregos e de renda, clamam por uma política brasileira séria e competente e de incentivo permanente ao setor. O elevado prêços nas cidades mais visitadas, o proibitivo preço das passagens aéreas e de serviço de hospedagem. Malesas urbanas, tais como a violência, o lixo urbano, a deficiência na sinalização de pontos atrativos, são sem dúvida, fatores de desestímulo ao turista estrangeiro.

O Governo já entendeu que o turismo também é, a médio e curto prazo, uma perspectiva de reversão de quadro de desemprego no País. O turismo é solução não só para empregos diretos, como também estimula 52 itens da nossa economia, haja vista a hotelaria, o transporte, o mercado de locação de veículos e o de combustíveis, a indústria e o comércio. Todavia, se quisermos transformar a atividade turística em fonte permanente de ingresso de divisas e de solução para que se minimize o índice de desemprego no País, há que se manter uma séria política nacional para o desenvolvimento desse importante setor, em que não haja lugar para improvisações e amadorismo. Finalizando, deve o Brasil, numa visão ampla, moderna e inteligente, adentrar o Terceiro Milênio sedimentando esse poderoso filão econômico, capaz de render considerável dividendo ao País, fortalecendo-lhe a economia, possibilitando uma distribuição de renda mais justa e melhores condições de vida aos brasileiros.
Autor: João da Rocha Ribeiro Dias


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