BNDES UMA GRANDE AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO



O BNDES TAMBEM É AGENTE DE CRESCIMENTO

Em que pesem todas as dificuldades, particularmente em decorrência da limitação de recursos, para que se viabilize rápido o desenvolvimento econômico deste País, O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social afigura-se, na atualidade, um poderoso e proficiente instrumento de alcance dessas metas. Com competência e eficiência, a instituição apresenta, hoje, um novo perfil e uma respeitável estrutura que a torna uma das mais importantes agencias de desenvolvimento do mundo. Com um corpo técnico qualificado e capaz, o Banco vem conseguindo diversificar suas linhas de crédito e ampliar seu raio de ação, atendendo aos mais diferentes segmentos da economia nacional.
Em mais de 50 anos de operação no mercado, os financiamentos do BNDES acresceram-se de U$ 27,8 mil em 1953, U$ 13 bilhões em 1997 e, no presente exercício, para mais de U$ 30 bilhões. Trata-se de um acréscimo significativo para uma instituição de um País em desenvolvimento, como o Brasil. Esses números o colocam entre os maiores bancos de fomento do mundo e revelam que a instituição está pronta a prestar inestimáveis serviços ao desenvolvimento do País, em especial na área de infra-estrutura e social, priorizando a interiorização dos seus investimentos, visando ao combate às nossas desigualdades sócio-regionais, ainda gritantes. É inconcebível que, dispondo de uma instituição com essa magnitude e tamanha capacidade de investimentos, a União, Estados e Municípios, ainda busquem diretamente a liberação de recursos junto ao Banco Mundial – Bird- Bid e outras agenciam governamentais que financiam programas e projetos de órgãos e entidades do setor público, sem a intermediação do BNDES, como principal agente de fomento.
Relatório do Tribunal de Contas da União, de 1997, sobre o endividamento público com créditos internacionais, particularmente junto ao BID e BIRD, revela o quanto foi oneroso esses recursos para o País. De 1987 a 1997, U$ l0 bilhões ingressaram no Brasil oriundos de financiamentos envolvendo essas duas instituições. Todavia, no mesmo período, o País pagou, em decorrência desse montante e de outros compromissos acumulados junto ao BIRD e BID U$ 14 bilhões a titulo de principal sobre as dividas, 8 bilhões de juros e U$ 228 milhões de comissões que representou no período uma sangria superior a U$ 12 bilhões em nossa economia. Créditos que se tornaram cada vez mais caros, na medida em que os tomadores, no caso a União, Estados e Municípios atrasavam o desembolso das contra partidas e, mesmo assim, passaram a pagar custos das parcelas não liberadas pelo agente financeiro.
Como o BNDES está bem estruturado, qualificado e vocacionado, cada vez mais, para o social, por que não estreitar uma parceria com o Bird, o Bid e com outras agencias governamentais estrangeiras, transformando-o num intermediário, no Brasil, desses organismos financeiros internacionais? Com um projeto integrado com os dois bancos internacionais, o BNDES fortaleceria sua carteira de financiamentos, com uma rigorosa analise de crédito e garantias reais, para retorno do principal e juros e teria uma atuação mais abrangente em todo o País, além de operar os financiamentos a custos menores. Como nessas operações com os Estados e Municípios já se exige a garantia do aval da União, independente do tomar do empréstimo, o BNDES poderia muito bem servir de elo entre o Governo brasileiro e essas agencias de fomento, tornando mais acessíveis e ágeis os financiamentos.Pela importância do Brasil no cenário internacional, instituições como o BNDES deve mudar o conceito de suas relações com o País.
A redução de custos dos financiamentos deve ser um objetivo comum. O BNDES teria, ainda, maiores e melhores condições de fomentar o desenvolvimento econômico e social do País e acelerar o processo de transferências de recursos para União, Estados e Municípios, com um maior empenho, no sentido de que prevaleçam os interesses do País quando da definição das políticas de investimentos. Hoje, instituições financeiras como o Bird e Bid, estão redirecionando sua política, seu posicionamento perante o mundo e, mais especificamente, perante os paises e desenvolvimento, priorizando os investimentos sociais, nas áreas de educação, saúde e infra-estrutura.. A diretoria do Banco Mundial reconhece que o modelo atual de metas da instituição não logrou êxito no combate à pobreza onde houve a sua ingerência.Devemos aproveitar essa retomada de consciência do Banco Mundial, cabendo, sem duvida, ao BNDES o grande papel de alçar-se em parceria com essa instituição, intermediando os financiamentos estruturais de que carece o País, a prazos e ônus mais apropriados à realidade de um Brasil que se lança na globalização mundial da economia e do comercio.No entanto, é oportuna, necessária e providencial, uma ingerência mais efetiva do BNDES, a fim de que, nas negociações com organismos multilaterais , prevaleçam, sempre, os interesses do Brasil.
Autor: João da Rocha Ribeiro Dias


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