Esperanças, Gotas que Molham



O que seria de um poeta se não houvesse as emoções para se tornarem, pela despreza da caneta em um papel, belo poema. É a força dos sentimentos que fazem com que possamos ter esperanças na reconstrução do outro, é em nome da esperança, enquanto experiência de amor, que mantemos relacionamentos, nos sujeitando, muitas vezes, a nossa própria anulação identitária.

Fazemos de nossa vida a vida do outro, nos fundimos nele, todavia esquecemos que este por sua vez, como ser legítimo, pode estar apenas passando o tempo, pois não tem dever com nossas expectativas. E eis que a frustração bate a nossa porta, em fortes toques, razão e emoção brigam se dilaceram. Nossa razão grita como o eco de uma fênix que tenhamos amor próprio, que saibamos nos resguardar do sofrimento, que tenhamos discernimento para nos respeitarmos enquanto ser humano. Já nossa emoção roga pela renúncia de si mesmo, pede que corramos aos braços do outro, que lhe imploremos por atenção, carinho, afeto e zelo.

Mas lembremos do sábio provérbio: “Ninguém pode dar aquilo que não tem”, é preciso que saibamos que todo o relacionamento se consolida na renúncia e na compreensão de ambos, é inviável amarmos por duas pessoas. Porém precisamos amar, faz parte de nossa essência o amor, nascemos para as paixões, por isso é inevitável o sofrimento da partida, a separação de dois amantes.

A vida, em sua sabedoria, nos desafia a renascermos, na esperança, que brota em gotas, esperando que o reencontro se consolide ou que novo amor se manifeste, por isso amemos muito: as pessoas, as flores, o pôr- do- sol, a grama verde, o mundo.

Assim esta esperança, que em gotas nos banha, nos reveste de forças para que desejemos a felicidade a todos e busquemos a nossa, com a coragem de quem acredita na onipotência do amor.
Autor: Rodrigo Dalosto Smolareck


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