O Arremessador de Estrelas



O ARREMESSADOR DE ESTRELAS


Essa passagem do livro “O Arremessador de Estrelas” chamou-me muito a atenção pelo conteúdo e mensagem que traz. Esta é uma versão livre que eu adaptei do livro.

“O cientista-poeta Loren Eiseley, em seu livro O Arremessador de Estrelas, menciona que certa vez ele estava caminhado numa praia onde havia milhares de estrelas do mar esparramadas pela maré. A certa altura viu, bem ao longe, uma pessoa que parecia estar dançando próximo ao mar. Ele sorriu, imaginando alguém dançando na praia.

Quando se aproximou mais percebeu que se tratava de um rapaz, pegando uma a uma as estrelas do mar e jogando-as de volta ao oceano. Eiseley ficou observando o jovem por alguns minutos e, em seguida, perguntou-lhe o que estava fazendo.

“Talvez eu devesse ter perguntado por que estava fazendo aquilo, ao invés de inquirir o que estava fazendo”, escreveu Eiseley mais tarde em seu livro.

O rapaz respondeu que estava atirando estrelas do mar de volta para o oceano, porque logo a maré iria baixar e elas morreriam.

Eiseley retrucou: “ Mas há milhares delas ao longo da praia. Que diferença fará você salvar algumas poucas, quando tantas estão condenadas?”

O rapaz ouviu atentamente, pegou mais uma estrela do mar e jogou-a no oceano. Em seguida, voltou-se para Eiseley e disse:
“Vai fazer uma tremenda diferença para essa aí.”

Eiseley ficou desnorteado. Não sabia o que pensar. Deixou o rapaz e foi para casa. A noite não conseguiu escrever, pois a cena do rapaz na praia não lhe saia da mente.

Finalmente, ele se apercebeu de uma coisa que nem o cientista, nem o poeta nele haviam entendido: aquele rapaz fizera uma opção de agir no mundo em vez de ser um mero espectador. Ele optou em fazer uma diferença.

No dia seguinte, cedinho, Eiseley levantou-se sabendo que tinha alguma coisa de importante a fazer. Voltou a praia e passou o dia todo ajudando o rapaz a jogar estrelas do mar de volta ao oceano.”

E agora?? Não só como consultor mas, principalmente, como ser humano, freqüentemente eu venho me perguntado: “Quantas estrelas do mar eu tenho lançado de volta para o mar ao longo da minha vida? Que diferença eu tenho feito?”

E você, amigo leitor, já se perguntou quantas estrelas do mar você tem arremessado ao mar? Que diferença tem feito?

A resposta morrerá com cada um de nós, mas certamente não os resultados, que falarão por si, sejam eles bons ou maus.
Autor: Ernesto Artur Berg


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