COMO SÃO FÁCEIS OS BÔNUS E DIFÍCEIS OS ÔNUS



COMO SÃO FÁCEIS OS BÔNUS E DIFICEIS OS ÔNUS


Cobram do Governo Federal e todos os dias, providências para que o PIB de 2007 não tenha crescimento inferior a 5%. Colocam com tanta simplicidade, que esquecem que o Governo, sozinho, é impotente para realizar os sonhos de muitos empresários. Alegam que a Selic continua sendo o grande problema para acelerar o desenvolvimento do Brasil, mas esquecem, por outro lado, que as linhas de créditos do BNDES, para os setores comerciais e indústrias, estão com remuneração inferior a 30% da taxa Selic. Tem ainda os Fundos Constitucionais com disponibilidade de recursos para investimentos, a juros inferiores a 8% ao ano. Logo, precisa de imparcialidade para entender não só as partículas, mas o conjunto das prioridades. Tem ainda um volume grande recursos para atender as demandas no setor habitacional

Sinceramente, os entraves para o crescimento desejado estão no conjunto de medidas que devem ser implementadas com a participação de todas as forças produtivas do País. O Governo não faz milagre e deve agir com objetividade, respeitando a estabilidade da economia e o controle da inflação. A primeira delas seria sacar dos quase 84 bilhões de dólares de reserva internacionais, pelo menos 14 bilhões de dólares, para antecipar, junto aos bancos, o pagamento de títulos do tesouro vincendos e a valor de face. Somente esses recursos, dariam uma sobra de quase um bilhão e duzentos milhões de dólares, decorrente da diferença da Selic com a taxa de remuneração que recebe no exterior. Com esses ganhos reais, o governo teria recursos suficientes para concluir em 50% as ferrovias norte e sul e a transnordestina, sem nenhuma agressão ao orçamento monetário e sem forçar a inflação. Com mais de 28 bilhões de reais em circulação, o sistema financeiro ficaria com uma liquidez e disponibilidade invejável no meio circulante. Seria obrigado, então, a buscar tomadores de curto, médio e longo prazo, passando a circular riqueza e não somente papel.

As duas obras citadas, indiscutivelmente, de integração nacional, por agregar uma infinidade de benefícios diretos e indiretos, com a geração de milhares de empregos, com a aceleração da agroindústria e a saída para Pacifico. O potencial do CO, do NO e NE , com escoamento de produção através dos Portos de Pernambuco e do Maranhão, abrem uma nova fronteira para minimizar as gritantes desigualdades regionais. Mas são soluções simples e totalmente viáveis, daí dificultar a sua implantação.

Outra decisão simples, que pode gerar mais empregos e renda e também com efeito multiplicador, seria os Bancos públicos e privados e o comércio varejista, limitarem os seus ganhos nominais a 300 (trezentos por cento) acima da inflação, ficando muito acima das taxas de juros praticadas na China, no México, no Chile e em uma infinidade de outros paises em desenvolvimento. Em decorrência disso, as industrias trabalhariam com a capacidade de produção ideal e o universo de consumidores aumentaria. O sistema financeiro e o comércio têm que aprender a traduzir ganhos com economia estabilizada e inflação controlada e que veio para ficar. Mas o sistema financeiro ainda continua na categoria dos mais privilegiados, pois administra depósitos à VISTA DE QUASE 90 BILHÕES, PAGANDO REMUNERAÇÃO ZERO, SEM CONTAR OS QUARENTA POR CENTO DOS RECURSOS DA POUPANÇA. O que precisa é do governo Avocar todas essas forças para viabilizar o crescimento possível em 2007.
Autor: João da Rocha Ribeiro Dias


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