Motivar Pessoas: Um desafio do século XXI



Hoje em dia, o vislumbre de um estilo de vida norte-americano vem perdendo espaço para um estilo de vida que alie carreira e vida pessoal. Há pouco tempo atrás, a ordem era ser rápido, trabalhar mais, ganhar mais, e isso implicava na perda da qualidade de vida. Mas, o que se vem notando agora é a forte influência de uma vida menos acelerada, com mais qualidade, porém isso, só é possível se o mercado de trabalho lhe permitir. É nesse contexto que entra o tema Motivar Pessoas.

Motivar pessoas; faze-las decididas, confiantes e comprometidas a alcançar os objetivos propostos; energizá-las e estimula-las para que sejam bem sucedidas através do trabalho na organização, compreendem alguns dos maiores desafios do administrador. Para que o administrador possa realmente contar com a colaboração irrestrita dos trabalhadores, torna-se imprescindível o conhecimento sobre motivação humana. Mesmo estando os estudos que abordam o tema, inseridos na área de Psicologia, a teoria administrativa se fundamenta neles para criar condições de aplicabilidade de seus conceitos na vida organizacional.

Existem pressuposições a cerca de motivação, como: considerar que pessoas com pouca motivação são preguiçosas e indolentes, ou pensar que a motivação é um traço da personalidade humana, que algumas pessoas possuem e outras não. A motivação, segundo Chiavenato, “funciona como resultado de interação entre o indivíduo e a situação que o envolve”. Cada pessoa possui o seu impulso motivacional básico. O mesmo indivíduo pode ter diferentes níveis de motivação que se modificam com o tempo. Dessa forma, o nível de motivação varia entre as pessoas e também, em uma mesma pessoa através do tempo.

A motivação geral trata do esforço em direção a um objeto pessoal. Entretanto, irei me concentrar na situação do trabalho. Portanto, a motivação é o desejo de exercer altos níveis de esforço em direção a determinados objetivos organizacionais, condicionados pela capacidade de satisfazer algumas necessidades individuais. A motivação está relacionada a três aspectos fundamentais:
- a direção do comportamento ( Objetivo);
- a força e intensidade do comportamento ( esforço);
- a duração e persistência do comportamento ( necessidade).

Assim, de acordo com a abordagem de Chiavenato, o conceito de motivação conjuga três elementos fundamentais: esforço, objetivo organizacional e necessidade individuai. É certo que, quando uma pessoa é devidamente motivada ela tenta trabalhar arduamente. Então, torna-se importantíssimo sublinhar que altos níveis de esforço nem sempre conduzem a um desempenho ou resultado favorável, a menos que o esforço seja canalizado na direção que possa beneficiar a organização. Assim, devemos considerar a direção do esforço tanto quanto a intensidade. O esforço bem-direcionado e consistente com o objetivo organizacional a alcançar é o tipo de esforço desejável. Finalmente, a motivação é um processo contínuo de satisfação de necessidades individuais. A necessidade significa uma carência interna da pessoa. O organismo se caracteriza por um estado de equilíbrio. Esse equilíbrio é rompido toda vez que surge uma necessidade.

Observa-se que hoje, as empresas não seguram mais seus funcionários com altos salários. Para mantê-los, elas estão buscando primeiramente mapear seus funcionários para conhecer suas reais necessidades. Os funcionários não são mais tratados como meros fatores de produção, mas parte fortemente integrada ao sucesso organizacional.

Até pouco tempo atrás, manter e motivar funcionários eram algo visto como uma questão de dinheiro e de perspectiva de ascensão hierárquica constante na empresa. Nas últimas décadas, muitas mulheres ingressaram no mercado de trabalho, elas, passaram a lutar para coordenar emprego e vida familiar. Além disso, muitos homens tentam chegar a acordos com seus patrões, pelos quais salários e cargos perdem importância diante de recompensas menos tangíveis, como passar mais tempo com a família.

O dinheiro é um instrumento poderoso para conquistar empregos e maximizar resultados, mas, por si só não basta. As empresas mais inteligentes procuram seduzir funcionários com recompensas não-monetárias que facilitam sua vida diária e acrescentam significados a ela. É importante ressaltar que as empresas não tomam essas atitudes por simples benevolência, mas sim porque estão plenamente conscientes de que essa posição é muito rentável.

O dinheiro não deixou de constituir motivação para os empregados, mas a tendência das empresas é recorrer a uma combinação mais inteligente de salário, bônus, opções, compensações, ações restritas da companhia e outros incentivos para estruturar um pacote financeiro total que seja mais adequado às necessidades do funcionário. Portanto, passe a pensar de maneira criativa, arrojada; dê valor a seu funcionário porque ele é o maior parceiro da organização.
Autor: Fernanda Viana Lanza


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